Na modesta seleção do Taiti, que nesta quinta-feira defronta a Espanha na Taça das Confederações, existe apenas um jogador profissional: o avançado Vahirua, que por acaso até está sem clube.
Mas para além do mundo do futebol há outras situações mais preocupantes. Entre os restantesjogadores, de estatuto amador, há oito que estão atualmente sem trabalho. É o caso do próprio capitão de equipa, Nicolas Vallar, de 29 anos.
«Estou à procura de trabalho. Antes trabalhava na organização do Mundial de futebol de praia, que este ano se vai disputar no Taiti. Gostava de trabalho no desporto, mas se encontrar outro trabalho aceito-o», disse o jogador, em entrevista à agência alemã DPA.
Enquanto espera por uma oportunidade de trabalho, Vallar vive o sonho (ou o pesadelo?) de defrontar a seleção campeã mundial e europeia. «Vamos dar o nosso melhor. No futebol tudo pode acontecer. Não estou a dizer que vamos vencer a Espanha, mas vamos tentar defender da melhor maneira para não sofrermos muitos golos», disse o jogador.
Vallar acrescentou depois que gostaria de não sofrer «mais de seis golos», e disse que marcar um «seria incrível». «Se marcar eu digo ao treinar para me tirar, que vou logo para o Taiti. Seria ainda mais incrível do que o golo que marcámos à Nigéria», afirmou.