A FIFA proibiu o Desp. Aves de inscrever novos futebolistas no dia 3 de agosto, devido às dívidas da SAD avense a três clubes avaliadas em 37,5 mil euros.

«No processo de Bruno Xavier, o CD Aves foi condenado a pagar 7.500 euros mais juros ao Nacional AC e 10.000 euros mais juros ao Sport Recife. Em relação ao litígio sobre Andrés Cabrera, deve pagar 19.948,63 euros mais juros ao Forjadores de Campeones», informou um porta-voz da FIFA, à Lusa.

Estrela Costa, acionista da SAD do Aves, explicou também à Lusa que a entidade tentou levantar esta interdição.

«Andámos numa luta diária para levantar esta interdição. Como o despacho do Processo Especial de Revitalização suspende as nossas sanções executivas, estávamos convictos de que o conseguíssemos fazer em relação à FIFA, mas só são suspensas as sanções ocorridas após a publicação do despacho.»

De resto, Estrela Costa associou a «falta de viabilidade económica» da SAD à «herança das rescisões» que se registaram nos últimos meses.

«Em 2019/20 montámos um plantel novo, com 23 reforços e diversos jovens contratados por três anos. Quando alguém rescinde por justa causa, temos de pagar a caducidade do vínculo laboral. Esta SAD agora ficou sem viabilidade pela herança das rescisões e não pela pandemia de covid-19. Só em salários é um balúrdio», justificou.

Refira-se que a SAD do Desp. Aves, que está a tentar evitar a insolvência com um Processo Especial de Revitalização, falhou os requisitos de licenciamento nas provas profissionais devido a incumprimentos salariais. Em setembro, os avenses desistiram também do Campeonato de Portugal.