O presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), Joaquim Evangelista, acusou esta quinta-feira a SAD do Desp. Aves de se ter aproveitado da pandemia de covid-19 para deixar de pagar salários e cumprir as suas obrigações financeiras.
«Não tem havido casos de salários em atraso na I e na II Liga com esta dimensão. Em março, foi realizado o controlo financeiro e havia cinco clubes em incumprimento. Desses cinco, só um não regularizou: o Aves, invocando a pandemia e que o dinheiro vinha da China e não era possível pagar – uma desculpa de mau pagador, porque, do ponto de vista estrutural, já havia indícios de má gestão. Estas circunstâncias especiais da pandemia condicionaram a eficácia do mecanismo e o Aves aproveitou-se desse fator para não pagar aos jogadores», referiu, citado pela Lusa, acrescentando ainda que este «é um caso de polícia».
Evangelista explicou ainda que em março nenhum atleta quis acionar o fundo de garantia salarial do Sindicato porque «queriam rescindir contrato com justa causa e garantir que o fundamento se mantinha» e revelou o primeiro pedido por parte de um jogador registou-se na quarta-feira.