No cair do pano. O Desp. Aves preparava-se para fechar com chave de ouro um campeonato histórico, estava a vencer ao minuto noventa e já pensava no Jamor, mas o Desp. Chaves ainda operou a cambalhota no marcador e agarrou o sexto lugar. Campeonato histórico para os dois conjuntos.

Em menos de vinte minutos, num início avassalador, Aves e Chaves prometeram um grande espetáculo. Jorge Felipe e Baldé deram vantagem ao conjunto da casa, tendo pelo meio Tiba reestabelecido o empate. Quando os cachecóis avenses já estavam em riste nos festejos o Chaves aplicou dois socos no estômago de um Aves que merecia mais.

Desp. Aves-Desp. Chaves, 2-3: ficha de jogo

Sem se conseguir abstrair da final da Taça de Portugal, embora assumindo querer vencer o encontro, José Mota operou uma pequena revolução no onze do Deps. Aves, poupando os principais elementos da sua equipa para o embate com o Sporting no Estádio do Jamor.

Com o campeonato definido, sem hipóteses de chegar ao quinto lugar mas procurando a melhor pontuação de sempre dos flavienses no principal escalão do futebol português, Luís Castro apresentou um onze

Mais Aves em jogo aberto

Este cenário proporcionou que as duas equipas jogassem de forma aberta e desinibida, deixando de lado as cautelas que normalmente se emprestam aos embates em que a tabela classificativa ainda pesa.

Desinibido o Aves adiantou-se no marcador logo aos cinco minutos na sequência de um lance de bola parada. Arango apontou o livre na quina da área a sancionar a falta que o próprio sofreu e no coração da área, no meio da confusão, o central Jorge Fellipe fez o desvio com o pé para o fundo das redes.

Com um jogo mais laborado, o Desp. Chaves respondeu. Assumiu um ligeiro ascendente o emblema transmontano e pouco após os vente minutos Pedro Tiba transformou uma grande penalidade a punir mão na bola de Fariña a obstruir um remate de Matheus Pereira. Facchini ainda adivinhou o lado, mas Pedro Tiba levou a melhor no frente a frente a partir da marca dos onze metros.

Desp. Aves-Desp. Chaves, 2-3: destaques

Um empate que, contudo, nem durou um minuto. Na resposta Mama Baldé meteu o turbo e rapidamente foi à cara de Ricardo fazer o segundo dos avenses. Remate por entre as pernas do guarda-redes após passe de Ryan Gauld. A vantagem mínima com que os avenses chegaram ao intervalo acabou por ser demasiado curta, uma vez que o conjunto de José Mota construiu diversas oportunidades para ampliar o marcador.

Derrota com a cabeça no Jamor

Com Artur Moraes na baliza na segunda metade, a estreia do guarda-redes com a camisola do Desp. Aves, a equipa da casa perdeu parte do gás com que acabou a primeira parte. Voltou a assumir as rédeas do jogo o Chaves, por força da necessidade de responder à desvantagem e devido a um desacelerar natural do Aves.

Correu o cronómetro acompanhado por um diminuir exponencial das incidências. As promessas do arranque do encontro não tiveram sequência, mas o Desp. Chaves ainda tinha um último fôlego guardado para os instantes finais. E que fôlego.

Primeiro, ao minuto noventa, Jorginho íntima correu pelo corredor direito e deu o golo a William e já nos descontos, três minutos para lá da hora, Matheus Pereira fez o terceiro a passe de Tiba, batendo Artur Moraes.

Triunfo no soar do gongo por parte dos flavienses. Sexto lugar histórico com recorde de pontos para o Chaves de Luís Castro. Triunfo feliz perante um Aves que pagou cara a displicência das oportunidades desperdiçadas, perdendo igualmente uma maior dose de motivação para a final da Taça de Portugal.