O Gil Vicente venceu pela primeira vez no pós-quarentena. Os galos ainda não tinham somado qualquer ponto na retoma do campeonato e não tiveram dificuldades em bater o cada vez mais último Desportivo Aves e chegou aos 33 pontos, ficando muito perto de garantir manutenção.

Os avenses, moralizados com a igualdade alcançada frente ao FC Porto, foram presa fácil para um galo esfomeado e estão com um pé na II Liga. Quando faltam disputar 18 pontos, a turma orientada por Nuno Manta Santos está já a 14 pontos da linha d’água. Só um milagre evitará a descida de divisão.

Depois de três desaires consecutivos após a paragem da Liga, os gilistas queriam regressar rapidamente aos triunfos e nada melhor do que defrontar o lanterna vermelha. Vítor Oliveira, ausente do banco devido a castigo, apostou no mesmo onze que defrontou na Madeira o Marítimo. Já o técnico avense fez quatro alterações em relação ao empate com os dragões.

Desde cedo se percebeu que os galos tudo iriam fazer para chegar rapidamente ao golo. Com boa dinâmica ofensiva, a formação local chegava com facilidade à baliza de Szymonek. E só foi preciso esperar dez minutos para ver o placard a funcionar. Após canto, Rodrigão ganhou nas alturas e ofereceu o golo a Henrique Gomes, que apareceu solto a encostar.

Ato contínuo, Kraev voltou a colocar o esférico no fundo das redes, mas o lance foi anulado por fora de jogo do búlgaro, confirmado pelo VAR. O Desportivo Aves não conseguia reagir e só por uma vez, durante todo o primeiro tempo, criaram algum perigo junto da baliza de Denis – remate à malha lateral de Mohammadi.

Depois de tanto insistir, os barcelenses chegaram mesmo ao segundo. Alex Pinto ganhou em velocidade pela direita e tirou um cruzamento com conta, peso e medida para a cabeça de Rúben Ribeiro, fazendo o 2-0. Corria tudo de feição aos galos, levando uma confortável vantagem para o segundo tempo.

Na segunda metade era esperada uma reação dos avenses, mas nunca conseguiram incomodar verdadeiramente os gilistas. Já o Gil Vicente baixou o ritmo do jogo e controlou as operações, tentando manter uma maior posse de bolo. Com isso, perdeu o futebol. O jogo ficou muito mastigado e com muitas paragens, facto que as muitas substituições ajudaram a tornar-se realidade.

O golo que poderia lançar o Desportivo Aves na partida nunca chegou e o mais perto que teve de o conseguir foi já perto do final. Mohammadi, após jogada de Rúben Macedo, fez o gosto ao pé e reduziu. No entanto, após consulta do vídeo-árbitro o golo foi anulado por fora de jogo - e uma bola no ferro em cima dos 90'. Quem não marca, sofre... já diz a velha máxima do futebol e Samuel Lino confirmou-a fazendo o 3-0 final. 

Os barcelenses acabaram por vencer com justiça e voltar a conquistar os três pontos quatro meses depois – última vitória foi no Bessa, em fevereiro.