Cal Crutchlow foi o vencedor do GP da Argentina de MotoGP, que foi tudo menos monótono. Pelo contrário, a segunda prova do calendário esteve envolvida numa tremenda confusão que começou ainda antes da partida...

No final, Crutchlow ganhou à frente de Johann Zarco e Álex Rins fechou o pódio. Mas antes disto...

O GP da Argentina de MotoGP arrancou no meio de muita confusão tendo desde logo a partida adiada devido à chuva que caiu no Circuito Termas de Rio Hondo no fim de semana.

A partida estava marcada para as 19h00 (hora portuguesa), mas as condições da pista levaram os pilotos que já estavam na grelha a recolher às boxes – com exceção do homem da pole-position que se manteve na grelha à espera de uma decisão.

Jack Miller foi para a grelha com pneus slick – numa aposta idêntica como tinha feito na véspera que deu frutos –, mas os restantes pilotos recolheram às boxes para mudar os pneus de chuva que tinham escolhido (para slick).

E a direção da corrida adiou a partida para prevenir situações de perigo com as saídas do pit lane. O determinado foi fazer a partida recuando todos os pilotos, com exceção de Miller, cinco linhas na grelha numa nova ordem de partida para uma prova que ficou com menos uma volta

A aumentar a confusão, Marc Márquez ainda deixou a moto ir abaixo antes da partida e retomou a sua posição na grelha sem ter de ir ao pit lane...

Quando o GP da Argentina finalmente começou Jack Miller conseguiu segurar o primeiro lugar na volta inicial – marcada logo pela queda de Dani Pedrosa.

Mas Márquez subiu ao comando na segunda volta e a polémica foi mais alimentada... Acabou por se resolver com a direção da corrida a obrigar Márquez a fazer uma passagem pelo pit lane («Ride Through») por ter circulado na reta da meta em sentido contrário antes da partida.

Márquez regressou no 19.º lugar depois da passagem pelas boxes. Miller recuperou o comando.

O espanhol foi fazendo uma grande recuperação com manobras no limite do risco que voltariam a ter consequências...

Na frente, foi-se destacando um quarteto com apenas uma moto de fábrica. A Suzuki de Álex Rins juntamente com Jack Miller (Pramac Ducati), Johann Zarco (Tech 3 Yamaha) e Cal Crutchlow (LCR Honda).

Miller não resistiu aos adversários e o sonho ficou com a pole-position da véspera. Nas últimas voltas, a discussão ficou com o trio que Cruthlow acabou por liderar na passagem pela meta – para passar a liderar o Mundial.

Festa para uma Honda satélite, embaraço para a Honda oficial – e não foi pela queda de Pedrosa...

A atitude temerária de Márquez ainda antes da partida manteve-se ao longo da prova e o espanhol acabou por ser três vezes castigado pela direção da corrida. Além do «Ride Through», o espanhol foi obrigado a perder uma posição após um embate com Aleix Espagaró.

Mas não ficou por aí. O campeão do mundo continuou a sua cavalgada a todo o gás e, em mais uma ultrapassagem a toda a força, atirou Valentino Rossi ao chão. O terceiro castigo da tarde para o espanhol foram 30 segundos de penalização por «condução irresponsável» que lhe tiraram o quinto lugar e o atiraram para o 18.º posto da classificação final.

O drama prolongou-se no pit lane já depois da bandeira de xadrez quando Márquez foi à box da Yamaha pedir desculpa a Rossi. O italiano não estava à vista e na Yamaha não quiseram falar com Márquez mandando-o embora.

Classificação final do GP da Argentina do MotoGP

Classificação do Mundial de MotoGP