A Guarda Nacional Republicana anunciou nesta segunda-feira a mobilização para o Rali de Portugal de dois mil militares, mais de 500 viaturas e patrulhas a cavalo e equipas cinotécnicas.

Os números da operação de segurança delineada para a sexta prova do Mundial de Ralis (WRC), que vai decorrer no norte do país entre quinta-feira e domingo, foram revelados em conferência de imprensa pelo comandante do Comando Territorial do Porto da GNR, Mesquita Fernandes.

Numa operação que abrange os comandos territoriais de Porto, Vila Real, Braga e Viana do Castelo, como noticia a Lusa, os militares (que terão de estar no terreno diariamente cinco horas antes da partida do primeiro concorrente) "terão percorrido no final da prova cerca de 57 mil quilómetros".

"Presente nos 350 quilómetros cronometrados da prova", a GNR elaborou o plano de segurança com base na "experiência colhida nas edições anteriores e que, por exemplo, em 2017 teve cerca de 1,2 milhões de pessoas a acompanhar a prova" junto aos troços cronometrados.

O diretor de operações do Comando Operacional da GNR, Paulo Gomes, apelou às pessoas para que acompanhem as classificativas "exclusivamente nas zonas de espetáculo criadas para o efeito", pois fora daquelas "é proibido o acesso e permanência de pessoas".

Vincando o facto de grande parte da prova decorrer em troços florestais, o responsável da GNR apelou também à "consciência ambiental dos adeptos" alertando-os para "não fazerem lixo nem deitarem cigarros para o chão".

O diretor do Rali de Portugal, Pedro Almeida, explicou que a tecnologia tem evoluído no "sentido de dar cada vez mais proteção aos pilotos no interior dos carros", em competições em que a "sua condução está muito próxima dos limites da física", pelo que, entre os adeptos, "ninguém pode garantir que está cem por cento seguro".

"Um espetador só tem a prudência como arma para evitar um acidente", vincou Pedro Almeida reforçando o apelo para que as pessoas "vejam a prova nas zonas de espetáculo". O responsável da prova advertiu ainda o público de que “quem não respeitar as indicações de segurança incorre num duplo risco: a sua integridade física e o futuro do Rali de Portugal no WRC".