DESTINO: 80's é uma rubrica do Maisfutebol: recupera personagens e memórias dessa década marcante do futebol. Viagens carregadas de nostalgia e saudosismo, sempre com bom humor e imagens inesquecíveis. DESTINO: 80's

BASAÚLA: V. Guimarães (1986/87 e 1990 a 1995), O Elvas (1987/88), Estrela da Amadora (1988 a 1990), entre outros

O antigo Zaire deu ao futebol português alguns dos seus nomes mais míticos dos anos 80 e 90. De Mapuata a N’Dinga, passando por Tueba, N’Kama ou o malogrado N’Kongolo. Basaúla Lemba poderia ser apenas mais um, mas a história que construiu em vários clubes, com Estrela da Amadora e Vitória de Guimarães à cabeça, fazem dele um dos nomes mais sonantes deste clã que vingou no futebol luso de outros tempos.

Chegou a Portugal no verão de 1986, depois de fugir de barco do atual Congo. Guerras de clubes, explica ao Maisfutebol. Na altura, aliás, até pensou que seria apenas um ponto de passagem para o destino final, a Bélgica, mas a ação do Vitória de Guimarães de Pimenta Machado revelou-se decisiva. Basaúla e N'Dinga ficaram. 

Representou O Elvas no momento mais alto da história do clube, esteve com o Estrela da Amadora na conquista do troféu mais importante da história do clube e deixou um marco no Minho, no Vitória. Está na história do clube. 

Hoje está mais a Sul, pela Amadora, mas não esconde as saudades de Guimarães. Se pudesse, voltava já.

OS NÚMEROS DE BASAÚLA EM PORTUGAL

1986/87 - V. Guimarães, 10 jogos

1987/88 – O Elvas, 29 jogos (4 golos)

1988/89 – Estrela da Amadora, 36 jogos (4 golos)

1989/90 – Estrela da Amadora, 29 jogos (3 golos)

1990/91 – V. Guimarães, 34 jogos (2 golos)

1991/92 - V. Guimarães, 22 jogos (2 golos)

1992/93 - V. Guimarães, 19 jogos (2 golos)

1993/94 - V. Guimarães, 21 jogos (2 golos)

1994/95 - V. Guimarães, 5 jogos; Belenenses, 18 jogos

1995/96 – Tirsense, 5 jogos

1996/97 – Moreirense, sem dados

1997/98 – Moreirense, sem dados

1998/99 – Vasco da Gama de Sines, sem dados

1999/00 – União de Montemor

Basaúla, tudo bem? O que faz por estes dias?

Estou num projeto um bocado diferente. Chama-se 12-15. É dentro do desporto, quase como uma escola, mas que acaba por substituí-la, de certo modo. É um projeto com os miúdos com problemas de abandono escolar, na Amadora. Dou prática desportiva.

Parece um projeto interessante. Pode explicar melhor em que consiste?

Temos aqui na Amadora miúdos com problemas, em risco de abandono escolar. Como as escolas, digamos, normais, não os querem, nós recrutámos esses miúdos para tentar dar-lhes o necessário para poderem continuar a estudar. Aliás, depois encaminhamos para as escolas normais outra vez. Neste momento, são 60 miúdos, com grau de escolaridade diferente. Eu estou na parte do desporto, nas atividades extracurriculares, para os tentar entusiasmar com a escola novamente.

Arranjou uma bela ocupação...

Mas não só. Isto é o que faço durante o dia. À noite sou diretor desportivo dos seniores do Damaiense, um clube que está no Pro-Nacional. Já estive na formação, também. É assim que passo os meus dias.

É uma boa forma de continuar ligado ao futebol.

Sim, sim. E também vou ajudando alguns amigos meus, que precisam de informações sobre jogadores e pedem-me para seguir um ou outro. Tenho amigos na França, na Bélgica e aqui que me pedem este tipo de serviços. Vou vendo e dando indicações. Mas não sou empresário (risos).

Nunca quis ser?

É uma área interessante, mas a ocupação que tenho, neste momento, não me permite. Só ao fim de semana me poderia deslocar. Durante a semana estou mesmo entusiasmado com este projeto que falei. E gosto mais do campo, do treino.

Foi sempre assim ou ganhou esse gosto em Portugal?

Sempre. Mas claro que o futebol português despertou muito em mim. Quando vim para cá não conhecia nada, sabe? Nem falava português. Era uma língua estranha.

Como foram esses tempos?

Complicados. Vim para o V. Guimarães mas o destino nem era esse. Quando viemos para cá, viemos de passagem, porque já tínhamos contrato com o Nice, de França. Vim com o N’Dinga. O N’Kama já estava a treinar no Benfica e nós viemos a seguir. Depois o Pimenta Machado entrou em contacto connosco. Tinha sido avisado pelo Valter Freire que tinha sido treinador no Congo e já nos conhecia. Acabámos por ficar por aqui. E eu fiquei até hoje.

Já se sente um bocadinho português?

Já vivi mais tempo em Portugal do que no Congo (risos). Vim com 21 anos e já tenho 52. E vivi muitas histórias praticamente desde início. Tive de fugir de barco para vir. Por comparação, antigamente, um jogador sair do Benfica e ir para o FC Porto era um problema sério. O nosso caso foi parecido e isso fez com que a vinda para cá fosse muito complicada.

Então?

A ver se me faço entender. Vou dar um exemplo. Era como estarmos no V. Guimarães e, de repente, no último ano para acabar o contrato, o Benfica, um clube maior, compra o passe mas não para jogarmos lá, para nos transferir para a Europa. Naturalmente o nosso clube não gostou muito e deu muita confusão. Tivemos de sair de barco para chegar aqui a Portugal. Já estávamos a ser ameaçados.

Tudo isso numa altura em que vinham muitos zairenses para Portugal...

Sim, veio o Kipulu. Veio o Mapuata. Veio o Makukula. Makukula pai, atenção. E mais alguns.

O jogador do Zaire era o jogador da moda.

Naquela altura sim. O que eu queria era que isso voltasse... Estou a trabalhar para isso.

Por que não é assim hoje em dia: falta de qualidade ou falta de interesse dos clubes?

Acho que é falta de interesse dos clubes portugueses. E também não há ninguém empenhado em abrir essa rota. A maioria dos jogadores do Congo vão para França, Bélgica e até Inglaterra. Ninguém em Portugal tem uma ligação forte para trazer jogadores de lá e o mercado português ainda não está muito inclinado para África.

Como era, então, o V. Guimarães que encontrou naquela altura?

Tínhamos o Paulinho Cascavel, Ademir, Nascimento, Costeado...O treinador era o Marinho Peres e o Paulo Autuori  era o adjunto. Era uma dupla de respeito. Aprendi muito com eles. Muito. Ainda hoje falo muito disso. A forma de estar deles serviu-me muito de exemplo. Digo isso muitas vezes aos meus rapazes aqui no Damaiense.

Que tipo de exemplos?

Têm de perceber que o futebol não é só rigor. Aprendi muito com o Marinho, que bebia uma cerveja com o jogador mas já estava a exigir a seguir. Qual é o mal de beber uma cerveja? Mas atenção, ele dizia que não se bebe duas, só uma (risos). Coisas assim. Aprendemos muito. Aprendi com ele também que o atleta que costuma beber um copo de vinho à refeição, deve manter mesmo no estágio. Porque isso vai alterar o sistema dele todo (risos). Se ele rende bem no treino a beber um copo de vinho à refeição, vai mudar no dia do jogo porquê? Não podemos mudar os hábitos do dia a dia, mas temos de ter sempre cuidados durante a semana.

Acha que hoje em dia há regras a mais em volta dos jogadores?

Há demasiada proteção. Os tempos mudaram. Hoje muitos em vez de terem a consciência de beber só um copo, esticam logo para três ou cinco. E, claro, os clubes pensam logo em cortar o mal pela raiz. É normal.

A primeira época que fez em Portugal foi das que menos jogou. Foi difícil a adaptação?

Foi difícil sim. A dois meses do início do campeonato fui internado com uma úlcera e perdi a pré-época toda. E depois havia atletas de qualidade. Perdi o comboio. Na altura só jogavam dois estrangeiros. Tínhamos o N’Kama para substituir o Paulinho Cascavel e tínhamos o N’Dinga que era insubstituível. Portanto, sobrou para mim. No final da época, pedi para sair. O Pimenta [Machado] não quis. Mas depois lá viu que a minha vontade era mesmo sair e fui para o Elvas no ano seguinte.

Como foi essa experiência?

Consegui fazer uma boa época e ir para o Estrela da Amadora e só depois voltei ao Vitória. No Alentejo fui muito ajudado pela família Vidigal. Como eram angolanos ficamos muito próximos, havia uma grande convivência. Joguei com o Beto, o irmão mais velho. A adaptação foi boa. Também facilitou ter vindo com outros jogadores do V. Guimarães para o Elvas: Soeiro, Luís Castro e o Vítor Pontes. Foi dos melhores campeonatos que fiz em Portugal. Correu tão bem que até havia um bolo com o meu nome!

Um bolo?

É verdade. Há dois anos fui a Elvas e ainda havia lá o bolo Basaúla. Fiquei espantado.

É bom?

É, é (risos). Tenho uma filha com 19 anos, peguei nela e levei-a a Elvas. Disse-lhe: ‘vais visitar onde o teu pai jogou no segundo ano em Portugal’. Visitamos o clube. E quando estávamos à frente da pastelaria, alguém reconheceu-me: ‘é ele! É ele! O Basaúla!’ (risos). Fui visitar a sede do Elvas, queria muito voltar lá. Fiquei muito satisfeito e muito feliz.

Ainda encontrou muita gente do seu tempo?

Encontrei o Juanito que ainda vive lá. Visitei o Beto, também. O Elvas tinha muitos brasileiros, muita gente foi embora.

E nessa altura a língua não era um entrave?

Eu não falava nada de português naquela altura...Tive muitas ajudas. O Nascimento, no Vitória, explicava tudo o que o treinador dizia porque falava francês. E quando era para ir às compras?! Bem...Era a apontar para tudo. Hoje era só ir ao Google e escolher. Naquela altura só apontando (risos)

Depois do Elvas, veio então o Estrela da Amadora e o grande título da sua carreira...

Ah, claro! A Taça de Portugal! Fiquei muito ligado ao Estrela derivado a isso. Foi bom, conheci grandes jogadores. Paulo Bento, Marlon Brandão... Era uma boa equipa, com o João Alves a treinador. É outro treinador com quem aprendi muito. Era muito avançado para o tempo dele. Impunha disciplina, queria resultados e trabalhava em função das vitórias. No estilo era muito diferente do Marinho Peres.

Por que voltou ao Vitória de Guimarães?

Na campanha da Taça de Portugal com o Estrela da Amadora, fomos eliminar o V. Guimarães lá. Sinceramente fiz um grande jogo e marquei o golo que nos meteu na final. Muita gente questionava como é que eu continuava a ser emprestado e a fazer grandes campeonatos noutros clubes se eles precisavam de um jogador como eu. Esse jogo acordou toda a gente. Na semana a seguir ao jogo ligou-me o Pimenta Machado a dizer que no ano seguinte voltava.

E voltou satisfeito, não é?

Claro, porque consegui o objetivo que tinha quando pedi para ser emprestado. Foram cinco anos no Vitória. Foi lá que construí a minha vida. É diferente. Sou muito ligado ao clube.

Hoje em dia é mais difícil encontrar jogadores tão ligados a um clube.

É a realidade que temos. Hoje tenho saudades de viver em Guimarães, nem pensava duas vezes em voltar para lá.

O futebol de hoje ainda tinha lugar para um jogador como o Basaúla?

Acho que até me adaptava melhor. Eu era um jogador muito rápido e hoje em dia não são assim tantos. Vemos o Gelson Martins, por exemplo, que é muito rápido com a bola no pé e qualquer clube queria ter um jogador assim, com velocidade. Hoje mesmo os extremos, há poucos com a velocidade que eu tinha ou o Gelson Martins tem.

Olhando para trás, então, em jeito de balanço, quem foram os melhores jogadores com quem jogou?

Sempre fiquei espantado com o Paulo Bento. Com a maturidade que tinha para a idade. Joguei com ele no Estrela e no Vitória. Com 19 anos tinha a mesma postura que tem hoje. Dá para ver que é uma pessoa com carácter. Joguei com grandes jogadores. Joguei com o Pedro Barbosa, que era um jogador fabuloso. Esse homem encantava-me! Eu vivia com o N’Dinga e comentávamos muito que ele fazia coisas que não era normal. Lembro-me do primeiro treino dele no V. Guimarães. Fomos fazer um jogo ao Freamunde, o João Alves viu e disse: ‘ui, o que é isto?’. Comentou logo com o Acácio Casimiro e levaram-no para o Vitória. No ano que chegou começou logo a jogar. Hoje, já vi na televisão que está mais careca que eu (risos).

O Quinito é que dizia que se tivesse dinheiro comprava o Pedro Barbosa e punha-o a jogar no quintal...

(risos) Era um jogador fabuloso, sim senhor. Mas joguei com muitos. O Paulinho Cascavel, que não falhava golos na grande área. O Ademir, com a bola no pé, era uma coisa fora do normal. Sou feliz por ter jogado com estes craques todos. E depois havia os brincalhões...

Quem eram?

O Caetano acima de todos. Também o Pedro Barny e o Pedro Xavier. No Estrela, quando o tempo estava bom, começávamos o treino junto a um muro que fazia parte do estádio. E por cima ficavam os gabinetes. O Caetano e o Jaime Alves subiram lá acima, pegaram num balde e despejaram no Melo, o guarda-redes. Eu ainda hoje penso: que coragem! (Risos). Nós éramos muito mais novos, o Melo já tinha uma idade. Mas pronto, o Melo levou na brincadeira. Mas disse logo: ‘já sei quem é, só pode ser o Caetano’.

artigo atualizado: hora original 23:45, 21-03-2018

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