DESTINO: 80's é uma rubrica do Maisfutebol: recupera personagens e memórias dessa década marcante do futebol. Viagens carregadas de nostalgia e saudosismo, sempre com bom humor e imagens inesquecíveis. DESTINO: 80's.
Paulo Pereira: FC Porto (1988 a 1992; 1993/94), V. Guimarães (1992/93) e Benfica (1994 a 1996)
O FC Porto do final dos 80’s e primeiros anos da década seguinte tinha qualidade para dar e vender no centro da defesa. Já aqui recordamos Geraldão ou José Carlos, sem falar nos mais mediáticos Aloísio ou Fernando Couto, entre vários outros. E nesse grupo cabe, naturalmente, Paulo Pereira.
Central ou lateral, jogava onde fosse preciso, num FC Porto em remodelação e, mais tarde, já a dominar o futebol português. «Nunca vi uma equipa reerguer-se tão rapidamente», assume.
Paulo Pereira é hoje treinador de futebol. Trabalha como adjunto do irmão gémeo, Paulo Silas, que jogou no Sporting. «Estivemos perto do Marítimo há dois anos. Mas os valores que nos apresentaram não chegavam aos que recebíamos cá. Agora paga-se melhor no Brasil. Mas gostava muito de treinar em Portugal, seria um prazer», garante.
A conversa com o Maisfutebol começa com uma saudação à «terrinha» que o viu chegar em 1988. É o termo carinhoso que os brasileiros ainda usam para se referir a Portugal.
Mas viajemos, então, no tempo. Naquele ano, Paulo Pereira estava no Monterrey, do México. Em dezembro assina pelo FC Porto. Tinha 23 anos. «Era ainda muito jovem. Acho que não fui contratado para ser logo titular, a ideia era ir crescendo, vir com expetativa de futuro», explica. Luciano D’Onofrio, empresário historicamente ligado aos dragões, tratou da transferência. A integração correu de forma perfeita, mesmo chegando num ano complicado: «Assinei por quatro anos e em julho renovei logo por mais dois.»
«Vim para uma equipa que tinha conquistado tudo muito recentemente. Em 1987 o FC Porto foi campeão europeu e campeão do mundo. Mas como acontece muitas vezes, a equipa estava a precisar de uma renovação, havia muitos jogadores acima dos 30 anos. Acredito que já fui contratado a pensar nisso. Depois começaram a aparecer logo muitos jogadores novos: Vítor Baía, Domingos, Secretário, Fernando Couto, Rui Jorge, Folha, Jorge Couto, Jorge Costa…», enumera.
«FC Porto? A única vez que vi uma equipa mudar tanto e ser campeão»
Quando Paulo Pereira chegou ao FC Porto, a experiência com Quinito já tinha terminado. Artur Jorge estava de volta e deu início, na época seguinte, a uma limpeza de balneário. Uma renovação urgente.
«Foi a única vez na vida que vi um clube mudar tanto de um ano para o outro e ser logo campeão. Todas as equipas têm de fazer renovações mas normalmente levam dois ou três anos a voltar a ganhar. O FC Porto, cheio de gente nova, trocou praticamente oito ou nove jogadores, mas ganhou logo. Foi incrível. Tanto que depois o Artur Jorge tentou fazer o mesmo o Benfica e já não correu bem», recorda.
Geraldão foi o homem escolhido para passar a mensagem, a famosa mística. «Ficou ele a comandar esta gente nova», brinca Paulo Pereira. Além dele, só para o centro da defesa, chegava Aloísio, depois José Carlos. Fernando Couto despontava. Era muita gente.
Paulo Pereira recorda mesmo que a abundância de opções o obrigou a mudar de posição. Começou a ser, muitas vezes, lateral esquerdo.
«O FC Porto era muito forte no flanco direito, com o João Pinto e o Jaime Magalhães. Atacava muito por aí e o Artur Jorge pensou num esquema em que poderia ser eu a jogar por ali, porque como o André protegia bem as minhas costas eu aparecia na área a empurrar os cruzamentos da direita. Marquei muitos golos assim…», recorda.
Os números comprovam-no. Em 1990/91, na mais produtiva das temporadas, chegou a fazer nove golos, números pouco habituais para um defesa.
OS NÚMEROS DE PAULO PEREIRA EM PORTUGAL
1988/89 – FC Porto, 19 jogos (1 golo)
1989/90 – FC Porto, 23 jogos (2 golos)
1990/91 – FC Porto, 37 jogos (9 golos)
1991/92 – FC Porto, 30 jogos (4 golos)
1992/93 – V. Guimarães, 19 jogos (2 golos)
1993/94 – FC Porto, 15 jogos (3 golos)
1994/95 – Benfica, 18 jogos (2 golos)
1995/96 – Benfica, 11 jogos
Questionamos Paulo Pereira sobre o parceiro da defesa com quem se entendia melhor. Não soube escolher. Lembra que «era fácil» jogar com Aloísio, mas não separa ninguém.
«Ainda tive o prazer de jogar com outros mais velhos como o Lima Pereira ou o Dito. Depois o Couto e o Jorge Costa percebeu-se rápido que tinham qualidade, o que se prova pelas carreiras que construíram. Ainda cheguei a jogar com o N'Kongolo, já ia esquecendo. Acho que ‘mandei bem’ com todos…», atira, entre risos.
«Octávio Machado? Sabe aquele chato que todo o mundo gosta?»
Artur Jorge foi um dos treinadores mais importantes da carreira de Paulo Pereira. Recebeu-o no FC Porto, em 1988, levou-o para o Benfica, em 1994. Dele recorda, sobretudo, a postura nos treinos, quando o conheceu na Invicta.
«Não era de muita conversa. Ficava lá no seu canto a observar e quem dava os treinos até era o Octávio. Esse sim era chato para caramba!», ri.
«Pegava muito no pé dos jogadores, minha nossa…Às 10 da noite lá ia ele fazer a ronda pelos quartos a ver se estavam todos a dormir. Nós desligávamos a luz e a televisão e quando ele ia para o quarto voltávamos a ligar (risos). Era muito exigente, mas sabe aquele chato que todo o mundo gosta? Devo-lhe muito, sinceramente. Ajudou-me muito. Era exigente mas defendia os jogadores. Se precisasse ficar do lado deles contra alguém, se ele achasse que eram os jogadores que tinham razão, ele ficava mesmo. Se achasse que não, aí era melhor nem tentar (mais risos).»
Quando Carlos Alberto Silva achava que André era milionário
Depois de Artur Jorge, Paulo Pereira conheceu Carlos Alberto Silva. «Esse era muito desconfiado. Era incrível», diz.
O antigo central, que hoje, além de treinador, gere um Instituto de Formação de Profissionais da marca L'Oréal, conta que bastava ao seu compatriota ver três ou quatro jogadores a falar em grupo que chegava-se perto para ouvir. «Achava sempre que estavam a falar dele», explica.
E conta uma passagem curiosa, na antecâmara de um jogo com o Tottenham, em Londres, para a Taça das Taças de 1991/92
«Estávamos a fazer um treino num parque que tinha um rio por perto. Estavam lá uns barcos, umas lanchas, até, paradas e o André, para pegar com o Carlos, começou a dizer alto, para ele ouvir, que uma lancha que lá estava era igual à dele e que ele costumava ir nela de Vila do Conde para o Porto, para os treinos. O Carlos acreditou em tudo! (risos) Ficou a achar que o André era milionário e então depois daquilo estava sempre a dizer-lhe: ‘André, sei que você tem muito dinheiro, mas os títulos é que fazem a carreira de um jogador. Tem de continuar a dar tudo!’»
Esse jogo com o Tottenham é ainda aproveitado por Paulo Pereira para contar outra história curiosa envolvendo Carlos Alberto Silva.
«Um jornalista fez-lhe uma rasteira, perguntou-lhe se preferia perder 1-0 ou 2-1. Ele não entendeu e respondeu 2-1. Caramba, era a primeira mão…(risos) Tinha que dizer que preferia era ganhar! No outro dia meteram no jornal «Perder 2-1 está bom!». E nós começamos todos: ‘então mister? Estamos aqui para perder?!’ Estava furioso ele», descreve. O FC Porto acabou por perder mesmo mas por…3-1. Foi eliminado em casa, com uma igualdade a zeros.
O jogo de Londres:
A personalidade de Carlos Alberto Silva nem sempre era bem recebida pelos jogadores. «Uma vez ficou dez dias no Brasil, voltou, chegou ao treino, estava o grupo todo reunido e ele só disse: 'Vamos treinar!'. Nem bom dia, nem nada. Andou dez dias por fora e nem uma palavra deu aos jogadores, pôs logo todo o mundo a correr.»
Uma coisa é certa, porém: resultava. Em dois anos de Carlos Alberto Silva, o FC Porto foi duas vezes campeão. O que leva a um último desabafo de Paulo Pereira: «Foi estanho ele ter saído do FC Porto. Nunca percebi bem. Em dois anos ganhou dois títulos e vai embora? Que clube deixa sair um treinador bicampeão?!»
O «doido» Ivic e uma invenção incrível em Barcelos
Em 1993/94, depois de uma passagem forçada, por empréstimo, ao V. Guimarães (já lá vamos), Paulo Pereira conheceu outro treinador nos dragões: Tomislav Ivic estava de volta depois do sucesso em 1987.
«Esse também era um doido. Que maluco!», comenta.
«Lembro-me de uma vez que fomos jogar ao Gil Vicente, que tinha aquele campo pequenino e com um péssimo relvado. Subimos ao campo e o relvado estava uma vergonha. O Ivic assustou-se com o que viu e deu logo o grito: ‘Tudo para os balneários!’. Sentou toda a gente e disse virado para mim: ‘Paulo, você hoje vai jogar a avançado. O Semedo vai jogar a central. Quero bolas diretas da defesa para o ataque!’»
«Se resultou? Que nada (risos). Empatamos ou perdemos, já não lembro bem. Há uma regra óbvia de qualquer treinador que é nunca tentar nada que não se treinou. Mas o Ivic tinha estas coisas que não tinham muito cabimento», afirma.
O tal jogo com o Gil Vicente (1-1):
Falta apenas recordar Bobby Robson, o último treinador que conheceu nas Antas. «Uma excelente pessoa e um grande treinador. Um cavalheiro», elogia.
Foram, contudo, poucos meses de trabalho com o inglês. No ano seguinte deixou o FC Porto num processo que lhe marcou a carreira.
A naturalização, com FC Porto, Benfica e Jesualdo à espera no aeroporto
A verdade é que desde 1992 que Paulo Pereira não tinha vida fácil no FC Porto. Nesse ano fez quatro anos da chegada a Portugal e Pinto da Costa acreditava que seria possível que o jogador obtivesse passaporte português. Naquela altura, as vagas para estrangeiros eram limitadas e se Paulo Pereira se naturalizasse abria mais uma. O jogador acedeu. Mas não foi tão fácil como parecia.
«Eles estavam mesmo convencidos que ia dar. Contrataram até mais quatro estrangeiros nesse ano, uns argentinos e um avançado peruano que não me recordo o nome [ndr. Ronald Baroni]. O problema é que o Governo não liberou a naturalização», lamenta.
Estava criado um problema. Como o FC Porto tinha excelentes opções para o centro da defesa, Paulo Pereira começou a ficar encostado
«Não jogava, ia ter com o Pinto da Costa e dizia-lhe que queria sair. Ele pedia-me para ter calma e ia logo ligar outra vez para o Governo, mas nada. Não havia jeito de me darem a naturalização. Em dezembro saí para o V. Guimarães», recorda.
Voltou no ano seguinte, já havia mais espaço e foi de novo opção com a camisola azul e branca. A naturalização é que não saía. Entra, então, em cena o Benfica.
«Fizeram-me uma proposta e só me pediam que tratasse da desvinculação do FC Porto e exigiam que estivesse naturalizado», explica. Estávamos em 1994. Paulo Pereira conseguiu a desvinculação, mas a naturalização continua a ser objetivo inalcançável. Por isso, nem FC Porto, nem Benfica…
«Estive quase quatro meses em casa sem fazer nada. Em dezembro o Toni ligou-me. Estava no Bordéus com o Jesualdo Ferreira e queria que fosse para lá. Era uma saída perfeita. Tratei de tudo e num dia de manhã liguei para o Estádio da Luz. Atendeu-me a secretária e eu disse para avisar o presidente que ia para o Bordéus», conta.
O voo para França era naquele próprio dia, pelas 15 horas. Paulo Pereira já estava a fazer as malas quando recebe, em casa, um telefonema de um alto dirigente do Benfica. Era Gaspar Ramos.
«Disse-me para não ir para França. Para ir para o Hotel Ritz e esperar que alguém ia lá ter comigo. Como o Benfica tinha falado comigo primeiro aceitei. Ia embarcar para França e embarquei para Lisboa. O Jesualdo ficou horas à minha espera no aeroporto. Ligava-me e eu não atendia. Só falei com ele dois dias depois, a pedir desculpas e a explicar tudo», assume.
O Benfica vendeu Paulão, central brasileiro, e inscreveu Paulo Pereira na vaga para estrangeiros que ficou aberta. Mas ocupou-a por pouco tempo.
«Dois meses depois saiu a naturalização. Estive dois anos no FC Porto e não conseguiram, no Benfica chegaram dois meses. O Pinto da Costa ficou furioso, usou isso para falar das diferenças de tratamento norte-sul. Foi uma grande confusão, mas eu não tive culpa nenhuma, só queria jogar», sublinha.
«Benfica? O futebol é mentiroso, sabe?»
Nunca foi e continua a não ser muito comum jogadores saírem diretamente do FC Porto para o Benfica. Paulo Pereira foi um deles, mas, mesmo que tenha visto da Luz a sua ex-equipa sagrar-se campeão nas duas épocas em que jogou de águia ao peito, garante que não se arrependeu.
«Há alturas em que precisamos de um entusiasmo novo. No FC Porto, em seis anos fui quatro vezes campeão. Precisava de um desafio novo. E o Artur Jorge foi decisivo claro, sempre me dei muito bem com ele», explica.
Tal como quando chegou ao FC Porto, em 1988, encontrou no Benfica um clube em renovação. «Mas não deu o resultado que deu no FC Porto», lamenta.
«Porquê? Não sei explicar. O futebol é mentiroso, muitas vezes, sabe? Há clubes que fazem tudo certinho e não ganham. Há outros que não pagam salários, não têm campos para treinar, se for preciso jogam com bolas emprestadas e a equipa encaixa e ganha. Aquele Benfica era assim, inexplicável. Tudo funcionava ao contrário. A equipa era boa, tinha jogadores que chegaram à seleção, como o Paulo Bento, o Dimas, Vítor Paneira, João Pinto. Mas ali não resultava…»
Mudar do FC Porto para o Benfica deve ter-lhe provocado dissabores com adeptos azuis e brancos, não? «Para ser sincero, tive mais com os do Benfica», atira entre risos.
«A equipa não ia bem e quando é assim os novos é que pagam. Houve um jogo da Taça de Portugal contra o V. Setúbal em que fui bater um penálti, o Silvino defendeu e caiu tudo em cima de mim. Enfim, coisas do futebol», encerra.
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