DESTINO: 90's é uma rubrica do Maisfutebol: recupera personagens e memórias dessa década marcante do futebol. Viagens carregadas de nostalgia e saudosismo, sempre com bom humor e imagens inesquecíveis. DESTINO: 90's.

ARTUR: Boavista (1992 a 1996) e FC Porto (1996 a 1999)

FC Porto na Liga dos Campeões, 16 pontos, recorde igualado. Já não se via tal coisa desde a temporada de 1996/1997. 22 anos passam a correr à velocidade de Artur, Rei Artur.

Quem? Nada mais, nada menos do que o autor do primeiro golo do FC Porto nessa Champions. Onde? No mítico San Siro e numa vitória extraordinária dos dragões no templo do Milan, 3-2.

Coincidência das coincidências: onde anda Artur? Tchan-tchan-tchan-tchaaaan! Na cidade do Porto, a visitar o filho Arturzinho e a matar saudades. Pois bem, após dois telefonemas, o Maisfutebol marca encontro com Artur numa unidade hoteleira da Invicta, minutos depois do jogo do Oliveira do Douro.

«É, o meu filho joga no clube que tem o João Pinto como presidente honorário».

Artur mantém o porte elegante, o sorriso contagiante e o discurso carregado de boas histórias. Altura perfeita, pois, para voltar a esse icónico AC Milan-FC Porto, mas também para recordar as proezas do antigo avançado, agora treinador, com a camisola do Boavista.

No inverno da cidade do Porto, que tão bem conhece, Artur faz uma viagem no tempo e confessa ter enorme vontade de voltar a viver no nosso país. «Realizei-me aqui como avançado, acho que também o posso fazer como treinador.»

Artur Duarte de Oliveira, 48 anos, o menino de Rio Branco, no Estado do Acre. Treinador de futebol e proprietário da arena Artur Soccer.

Se o leitor passar por aquelas bandas, já sabe onde pode jogar uma futebolada com amigos.

VÍDEO: o golo de Artur no AC Milan-FC Porto (1m20s)

Maisfutebol – O FC Porto fez agora 16 pontos na Champions. Igual só na época 1996/97, com o Artur na equipa. E uma vitória épica em San Siro a abrir.

Artur – Não me esqueço do dia: 11 de setembro de 1996, a minha estreia na Liga dos Campeões. Vencemos um poderoso Milan, o papa-tudo da Europa. Esse jogo deu-nos uma força maravilhosa, provou-nos que podíamos ganhar a qualquer equipa em qualquer lugar. Percebemos em Milão que tínhamos tudo para chegar ao ‘tri’. Depois desse jogo fomos jogar à Luz e demos cinco ao Benfica. Fiz um jogo quase perfeito e no final da partida recebi os parabéns de um homem muito especial.

MF – De quem, Artur?

A – Do senhor Eusébio. Essa noite foi mágica também. Aliás, acho que os meus três jogos mais marcantes são esses de Milão, 5-0 na Luz e a final do Jamor em que marquei de pontapé de bicicleta ao Sp. Braga.

Os jogadores utilizados no Benfica-FC Porto: 0-5

MF – Como é que o António Oliveira preparou esse jogo no San Siro?

A – O António sabia que o Milan era nessa altura, talvez, a melhor equipa da Europa. Se vencêssemos ali… bem, a equipa ia ter uma força emocional enorme. Jogámos com três centrais [Aloísio, Jorge Costa e Lula], dois médios muito fortes [Paulinho e Barroso] e depois gente com velocidade e técnica. Fomos muito fortes trás e talentosos na frente. A minha melhor memória desse jogo é a camisola que tenho em casa. Pertencia ao senhor Paolo Maldini.

MF – O Artur sentou esse senhor no golo que marcou.

A – É verdade, sim. No final do jogo estávamos a sair e o Maldini olhou para mim. Pedi-lhe para trocar de camisola e ele foi um cavalheiro, mesmo depois de perder.

MF – Há outra imagem forte do Artur nesse jogo.

A – A vomitar? (risos) Foi depois do meu golo. Acho que bebi muito Isostar ao intervalo. E, claro, a sensação e a emoção do golo... tudo mexeu comigo. Ah, lembrei-me de outro jogo fantástico ao serviço do FC Porto.

MF – Fale-nos dele. Contra quem?

A – Benfica: saltei do banco, joguei 30 minutos, ganhámos 2-0 e eu marquei os dois golos. Esse jogo tem uma história engraçada.

MF – Vamos ouvi-la.

A – O Paulo Autuori estava no Flamengo e desafiou-me a ir para lá. Disse-me até que se eu fosse para o Flamengo ele tinha a indicação de que o Mário Zagallo me levaria à seleção do Brasil. Bem, expus a situação ao presidente, ao treinador Oliveira… era uma oportunidade única, mas o FC Porto não me deixou sair. O presidente do Flamengo veio às Antas ver-me nesse jogo e por isso o Oliveira colocou-me no banco. Para me esconder (risos).

MF – Ficou chateado?

A – Sim, fiquei, mas depois tive uma conversa com o mister e ficou tudo certo. Foi uma conversa boa, longa. Eu expliquei-lhe de onde vinha, como tinha chegado ao Porto e sublinhei a importância de jogar no Flamengo e pelo Brasil. Mas o Oliveira queria o tetra e não me libertou. Principalmente depois do que eu fiz nesse jogo contra o Benfica.

MF – Lembra-se do jogo?

A – Claro. Estava 0-0, o Benfica estava a jogar melhor, o Porto estava mal. E eu consegui mudar tudo. Tudo o que o mister me mandou fazer, eu fiz ao contrário (risos). Na primeira bola saí da direita para o meio e na segunda também foi um lance individual, fintei o PreudHomme. O Oliveira tinha-me pedido outras coisas, mais posse de bola, mas eu senti que aquela defesa do Benfica era frágil e lenta.

VÍDEO: os dois golos de Artur ao Benfica em 1998

MF – O Artur fez 82 jogos em dois anos no FC Porto, mas saiu a meio da terceira época. Porquê?

A – Tive um convite do Vitória da Bahia, do Ricardo Gomes. E nessa terceira época no FC Porto estava a jogar menos vezes. Sempre a sair do banco de suplentes. E houve um jogo em que stressei com o Fernando Santos. Eu queria estar sempre em campo e reagi impulsivamente contra ele. Achei que era bom voltar ao Brasil. Se fosse hoje, provavelmente, decidiria de forma diferente.

MF – É verdade que recusou representar a seleção de Portugal?

A – Sim, confirmo isso. O selecionador Artur Jorge chegou a reunir comigo. Mas eu não achava justo ocupar a vaga de um português e tinha a esperança de jogar pelo Brasil. Fiquei no meio das duas seleções e não joguei por nenhuma (risos). Mas, se pudesse voltar atrás, teria jogado por Portugal.

MF – Chegou a Portugal e ao Boavista em 1992. Há 26 anos.

A – E eu lembro-me de tudo. Digo sempre aos meus atletas que um jogo pode mudar uma vida e esse foi o meu caso.

MF – Como assim?

A – Vim para o Boavista à experiência. Alguém me observou numa cassete VHS, quando eu jogava no Remo, e o presidente Pinto da Costa mostrou logo interesse em mim.
 

Artur com a famosa camisola axadrezada do Boavista

MF – Pinto da Costa? Mas não veio para o FC Porto.

A – Calma, eu explico (risos). O Pinto da Costa viu a cassete e pediu ao saudoso Carlos Alberto Silva para me observar ao vivo no Brasil. Mas o CAS disse que já tinha escolhido outro avançado, o Paulinho César, e que o plantel do FC Porto já estava bem servido de atacantes. É aí que aparece o Boavista.

MF – Numa conversa entre o Pinto da Costa e o major Valentim?

A – Presumo que sim. As imagens chegaram ao major e ele pediu ao Remo se eu podia vir treinar à experiência alguns dias. Queriam ver se eu era o mesmo jogador da cassete. Eu aceitei de imediato, claro. Sem problema. Se eu jogava bem lá, também podia jogar bem cá. Cheguei ao Boavista e fui logo lançado num jogo do Torneio Internacional da Cidade do Porto.

MF – Contra quem?

A – FC Porto (risos). Marquei um golão, ganhámos a final e as pessoas do Boavista já não me deixaram voltar ao Brasil. A minha esposa estava grávida, mas o major disse que a minha filha tinha de nascer no Porto. E nasceu. Foi uma estreia abençoada num jogo com os dois clubes que representei em Portugal. O Boavista abriu-me as portas, preparou-me para jogar no Porto e ser campeão de Portugal. Ganhei uma taça, disputei uma Liga dos Campeões, enfim, fui muito feliz nos dois lados. Amo os dois clubes.

VÍDEO: a estreia de Artur com um golaço ao FC Porto (57s)

MF – Já falou do major. E o Manuel José, como era a sua ligação a esse treinador?

A – Tive dois presidentes extraordinários, no Boavista e no Porto, e dois grandes treinadores, Manuel José e António Oliveira. Os dois eram exigentes, adoravam bom futebol, nunca estavam satisfeitos, davam broncas todos os dias, mas faziam tudo por nós. Souberam tirar o melhor de mim. Cheguei ao Boavista como um bom jogador, o Manuel José lapidou-me e no FC Porto já era um avançado de topo.

MF – Esse Boavista já ameaçava os três grandes.

A – Era muito difícil alguém vencer o Boavista no Bessa. Podíamos perfeitamente ter sido campeões nacionais antes de 2001. O problema é o peso que os três grandes têm no país: adeptos, comunicação social… agora vejo o Boavista a lutar, a reerguer-se, tem um treinador [Jorge Simão] muito competitivo. Aproveitei estes dias em Portugal para ver o Boavista, o FC Porto e também fui ver o Paços de Ferreira do Vítor Oliveira.

MF – Quem eram as grandes figuras desse seu Boavista?

A – Marlon Brandão, o meu amigo Marlon. Ele dizia sempre ‘Artur, quando eu tiver a bola fica atento, porque a bola vai ter contigo’. Enfim, as coisas no Boavista começaram a correr-me bem desde o início e o Marlon teve grande responsabilidade nisso. O ambiente no Boavista era fantástico e no FC Porto também fui muito bem recebido. Mal cheguei lá o João Pinto agarrou-me no braço e disse: ‘queremos o Artur que jogava contra nós e nos marcava golos, ouviste’? (risos)

MF – Brincadeiras no balneário do Bessa, muitas?

A – Muitas, muitas, principalmente com o Bobó. Nos dias de banhos e massagens, ou quando íamos para a sauna, atirávamos sempre um balde de água gelada ao Bobó. Ele detestava água fria e vinha sempre atrás de nós, a dizer palavrões. Uma figuraça.

MF – O Artur chegou a ser o terceiro melhor goleador do campeonato ainda no Boavista: 18 golos em 94/95.

A – E nessa época estive dois meses sem jogar. Tive um grave acidente de viação, num cruzamento na Senhora da Hora, e apanhei o maior susto da minha vida. Só me lembro de acordar no hospital com três costelas partidas, o baço perfurado, a clavícula fraturada. Foi sério. O meu primeiro jogo depois dessa paragem foi em Espinho.

FC Porto 1996/97: Rui Correia, Lula, Kenedy, João M. Pinto, Capucho e Chippo (em cima);
Doriva, ARTUR, Sérgio Conceição, Paulinho e Rui Barros (em baixo)
 

MF – O Artur levava muita pancada. Era um avançado franzino, rápido e que procurava os duelos individuais.

A – Quanto mais me batiam, mais eu ia para cima deles. Eu não tinha medo. Pegava na bola e só tinha olhos na baliza. Aprendi isso com o meu ídolo Marecildo, que eu via jogar na minha cidade. Era um ‘10’ extraordinário. O meu pai era torcedor do Rio Branco e levava-me aos jogos e treinos. O Marecildo foi sempre a minha inspiração. Eu era muito rápido com bola e sem bola, o que é diferente.

MF – Qual foi o defesa mais agressivo que apanhou na vida?

A – Tantos, tantos… enfrentei defesas fantásticos. Ricardo Gomes e Mozer, Fernando Couto, Aloísio e Jorge Costa, Bermudez e Gamarra, Marco Aurélio e Valckx. Só grandes nomes. Depois Maldini, Baresi e Hierro na Champions. Agora é mais fácil jogar.

MF – Ficou quatro anos no Boavista e em 1996 chegou ao FC Porto. Consequência lógica de tudo o que fez no Bessa?

A – Sim, sem dúvida. Tanto é assim que antes de assinar pelo FC Porto eu cheguei a ter tudo apalavrado com o Benfica.

MF – O que falhou para não ter ido para a Luz?

A – Reuni-me com o Paulo Autuori e o Toni, os técnicos. Aceitei o que eles me ofereceram, mas os clubes não chegaram a acordo e acho que houve uma discussão entre o Gaspar Ramos e o major. Entretanto, o senhor Pinto da Costa soube que eu andava a falar com o Benfica e disse ao major que eu não ia para lado nenhum, ia era para o Porto (risos).

MF – E assim foi.

A – Eu não queria sair de Portugal sem ser campeão nacional. E cheguei a entendimento com o Porto. Continuei na cidade e fui para o clube mais forte do país. Era um namoro antigo, até foi o senhor Bobby Robson a fazer o primeiro contacto.

Boavista 1992/1993: Alfredo, Bobó, Nogueira, Barny, Nelo e Rui Bento (em cima);
Paulo Sousa, Ricky, Marlon Brandão, ARTUR e Tavares (em baixo)

MF – E no FC Porto, muitas memórias de brincadeiras também?

A – No FC Porto ganhei tudo, treinei como nunca, vi o que era de facto um clube conquistador. Mas havia tempo para brincar e no balneário tínhamos dois reis: o João Pinto e o Paulinho Santos. Praxavam sempre os jogadores novos. O rapaz chegava, sentava-se numa poltrona e começavam a falar com ele, muito sérios. De repente aparecia o João ou o Paulinho com um balde. Era cada banho!

MF – Como vai a carreira de treinador do Artur no Brasil?

A – Bem, fiz agora um excelente trabalho no Bragantino. O clube estava há 11 anos na segunda divisão estadual e conseguimos finalmente subir. Em 2019 o clube terá o privilégio de disputar a Copa do Brasil.

MF – O Artur vai continuar por lá?

A – Não, não vou. Vou trabalhar noutro clube, tenho alguns convites e estou a decidir.

MF – Algum convite é aqui de Portugal?

A – Infelizmente não (risos). Gostaria de triunfar em Portugal como técnico, depois de ter triunfado como avançado. Tudo depende de uma oportunidade. Tenho-me preparado para isso e gostaria muito, claro.

MF – O Artur era um avançado que ‘ia para cima’ do defesa, sem medo. Como são as suas equipas agora?

A – São a minha cara (risos). Gosto de treinar equipas ambiciosas, ofensivas, sempre com a preocupação de jogar bom futebol. Detesto equipas encolhidas. Claro que tem de haver equilíbrio, mas com bola exijo um futebol atraente e muito ofensivo.

MF – Tem prazer na sua vida como treinador ou preferia ser futebolista?

A – Ser avançado era muito mais fácil. O importante agora é ser respeitado pelo grupo de trabalho. Sinto que tive sempre os meus grupos na mão. E é fundamental ser justo com os atletas. Se isso não acontecer, o treinador perde o balneário.

MF – Chegou a ter um cargo político no Estado do Acre. Isso está colocado de parte?

A – Foi uma experiência fugaz. Um amigo meu pediu-me uma ajuda, mas a política não faz parte da minha vida. Ainda bem que isso está ultrapassado.

MF – Tem um filho, o Artur Júnior, a jogar no Oliveira do Douro. Faz questão de seguir de perto a carreira dele?

A – Venho a Portugal duas ou três vezes por ano. Tenho três filhos. Uma menina de 6 anos e outra de 25. O Artur tem 23 e nasceu cá no Porto. Morei oito anos em Portugal, fui muito feliz, fiz vários amigos e Portugal vai estar sempre ligado à minha vida. Acima de tudo quero que os meus filhos sejam felizes também e sigam os exemplos de simplicidade dos pais. O Arturzinho fez um ano na formação do FC Porto, nos Sub19, e depois voltou ao Brasil. Mas agora já está cá pelo terceiro ano seguido. Jogou no Coimbrões e está no Oliveira de Douro, um clube que tem como presidente de honra o grande João Pinto. Nesta visita não estive com o meu capitão, mas dei um abração ao Rui Barros, ao Tulipa, ao Semedo, ao Fernando Gomes, a essa gente maravilhosa.

MF – E esteve com o Mário Jardel.

A – Os nossos filhos foram colegas de equipa na Ovarense. Estamos velhos (risos)! Com o Jardel nós sabíamos que o golo andava sempre por perto. A jogar de cabeça, sinceramente, nunca vi ninguém como o Mário. Ele ajudou muito o Porto, acho que os mais jovens não têm a noção de quem foi ele. É um rapaz bom, meio infantil, brincalhão. E mortífero na área. Eu, o Drulovic e o Edmilson aproveitávamos bem.

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