DESTINO: 80s é uma rubrica do Maisfutebol: recupera personagens e memórias dessa década marcante do futebol. Viagens carregadas de nostalgia e saudosismo, sempre com bom humor e imagens inesquecíveis. DESTINO: 80s.

DUÍLIO: Sporting (1985 a 1988); Estrela da Amadora (1988 a 1991); Ovarense (1991/1992); Portimonse (1992 a 1995)

O Estrela da Amadora voltou às ligas profissionais, o Sporting estreia-se a oficialmente em 2020/21 e o FC Porto foi contratar um avançado chamado Evanilson ao Fluminense. O que há em comum nisto tudo? Duílio. 

Vamos por partes. Duílio foi um dos melhores centrais a jogar em Portugal nas décadas de 80 e 90. Brilhou no Fluminense, foi chamado duas vezes à seleção do Brasil e o Sporting contratou-o em 1985. Três anos depois, saiu de Alvalade e assinou pelo Estrela. 

Foi no emblema da Reboleira que ganhou a Taça de Portugal em 1990, com a braçadeira de capitão no braço. Em 1995 voltou ao Brasil e nos últimos anos tem coordenado a formação do Fluminense. Conhece, como poucos, o menino Evanilson

Com tantas pistas a acabarem no mesmo nome, o Maisfutebol só podia telefonar a Duílio, hoje com 63 anos, e desafiá-lo a entrar pela porta do DESTINOS. A conversa foi tão boa que, lá pelo meio, Duílio ficou a saber que era avô. É isso mesmo, o bebé Lucas nasceu durante a entrevista. Parabéns, vovô Duílio!

Duílio (terceiro a contar da esquerda, em cima) na noite da vitória na Supertaça

Maisfutebol – Como vai o Duílio? Já saiu de Portugal em 1995, há 25 anos.
Duílio – Que bom voltar a ouvir esse sotaque! A vida trouxe-me para o Brasil, mas essa não era a nossa ideia. Na altura, alguns familiares nossos morreram e houve uma pressão grande sobre a minha família. A nossa intenção era continuar em Portugal depois de deixar de jogar.

E como está a sua vida no Brasil, continua ligado ao futebol?
Sim, sou o coordenador da base [futebol de formação] do Fluminense. Eu fiz os cursos de treinador ainda na altura em que estava em Portugal. No início não foi fácil, porque toda a gente no Brasil sabia que eu tinha jogado no Sporting e pensavam que eu era milionário e que não precisava de trabalhar (risos). Não é bem assim, precisamos de trabalhar. Finalmente, em 1998 comecei a trabalhar nas equipas técnicas do Fluminense, cheguei a ser treinador principal, ganhei a Copa Rio com os meninos dos sub19 e depois tive várias experiências. Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão e Portugal.

Treinou em Portugal?
Sim, no Machico [2001/2002]. Infelizmente, apanhei pessoas com uma mentalidade muito retrógrada. Fui avisado, todos queriam ser o treinador, o presidente disse que eu não trocava ideias com ele e eu saí. Passei a equipa da 18ª para a 12ª posição, mas a única coisa que recebi depois dessa última conversa foi o bilhete de regresso ao Brasil. Agora estou a ajudar o Fluminense a revelar novos meninos, como o Evanilson, que foi para o FC Porto. Há muita matéria prima de qualidade. Eu vivo em Vargem Pequena, uma zona do Rio de Janeiro muito bonita, ao lado de Recreio de Bandeirantes e demoro cerca de uma hora a chegar ao centro de treinos do Flu. Quem fica parado, enferruja. E eu ainda não consigo estar parado.

… (ouve-se alguém a chorar)
Olha, só um minutinho aí, por favor. Eu acabei de ser avô. A minha mulher está aqui muito emocionada.

Muitos parabéns, Duílio.
O menino nasceu agora. A minha nora entrou em trabalho de parto hoje de manhã e acabou de nascer, soubemos agora mesmo.

Nasceu agora mesmo?
É isso, vocês estão a saber em primeira mão (risos). É o meu netinho, vai ser atacante. O avô foi zagueiro e ele vai ter de ser atacante.

Vai jogar cá em Portugal.
Se deus quiser! Ainda queremos voltar a Portugal, apesar de eu já ter mais de 60 anos. Temos de fazer uma visita a todos os nossos amigos, há muitas saudades. Eu tenho um filho português e o outro foi para aí com oito meses. Portanto, a ligação é enorme, passámos aí uma vida.

O Duílio chegou ao Sporting já perto dos 29 anos. Porquê tão tarde?
Foi uma questão de… eu queria sair do Fluminense. Comecei no Coritiba, mas o Flu projetou-me e é o meu clube do coração. Eu era o capitão da equipa, tinha recebido duas convocatórias para a seleção do Brasil, mas continuava a ser um dos jogadores com o salário mais baixo. Falei com presidente, disse que havia a proposta de um clube grande e que precisava de fazer o meu pé-de-meia. Senti que o Fluminense só valorizava os avançados, os extremos e os médios atacantes. Era o momento certo para sair. O presidente aceitou, mas uma semana depois ele saiu do clube e o sucessor, o vice-presidente, não me queria vender. E eu já tinha bilhete de avião para Portugal e o empresário Joaquim Oliveira à minha esposa. A minha mulher era advogada e tratou de tudo com ele. Tinha e tenho uma grande mulher, estamos casados há 37 anos. Eu só aceitaria sair para um dos maiores três clubes de Portugal e assim foi. Tive mesmo de sair do Brasil. Muita gente disse que Portugal seria o fim da minha carreira, mas foi o contrário. Só ganhei uma Supertaça e uma Taça de Portugal, mas tive o privilégio de fazer grandes jogos.

A rivalidade com o Benfica era enorme.
Um Sporting-Benfica, seja qual for o contexto, é o maior clássico do futebol português. Não quero menosprezar o FC Porto, mas tem a ver com a proximidade geográfica das equipas. Costumo dizer aqui no Brasil que quem nunca jogou um Sporting-Benfica não pode dizer que passou pelo Sporting.

O Duílio esteve no famoso 7-1 de 1986.
Entrei nesse dérbi, joguei os últimos 25 minutos. Estava 5-1 quando entrei. Participei nos últimos dois golos e tenho a certeza de que se o jogo durasse mais dez minutos seriam oito, nove ou dez. O Benfica levava mais golos. É como um boxeador que apanha o outro e esse já não tem reação. Só apanha, apanha, apanha. Se estivéssemos a jogar até agora, o Benfica continuaria só com um golo marcado e nós ainda estávamos a fazer golos. Esse foi o dia do Sporting. Espero que as coisas melhorem para o Sporting. Por mais que gostemos do clube, assim como está fica difícil de apoiar (risos).

Como é que uma equipa celebra no balneário uma goleada dessas num dérbi?
Não é uma coisa normal. Nós tínhamos levado 5-0 na Luz alguns meses antes e o balneário parecia um velório. Ninguém tinha coragem de levantar os olhos, era uma vergonha monstruosa. Nessa tarde em Alvalade, tudo saiu bem e os golos apareceram para nós com uma relativa facilidade. Tínhamos um avançado genial, um capitão e homem de excelência, o Manuel Fernandes. Ainda foi meu treinador no Estrela da Amadora. Vi uma foto dele e está com mais cabelo branco do que eu (risos). Tive o prazer de ainda jogar com o Rui Jordão. Joguei com grandes atletas no Sporting. Nessa altura era mesmo obrigatório saber jogar, agora alguém dá três toque na bola e o empresário leva-o para o Milan, para o Real Madrid ou para o Porto, o clube que continua a ser o clube da moda em Portugal. Mas o Sporting voltará a rugir.

Segue os resultados do Sporting com atenção?
Sim, sim, sempre. De vez em quando até ponho aqui a tocar as músicas da claque Juve Leo e disse ao meu filho: ‘filho, sinta saudades disso aqui’. Fiz grandes amizades, guardo ainda um cachecol da claque. Eles ofereceram-me o cachecol e disseram-me isto: ‘guarde bem o cachecol, nós só o damos aos grandes leões’. Recordar é viver, faz bem ao ego.

Em três épocas, o Duílio fez 81 jogos pelo Sporting.
Até num campo pelado joguei. Foi contra o Oriental, para a Taça de Portugal, e marquei um golo. Caí de joelhos, levantei-me e estava todo esfolado (risos). O Oriental queria pressionar, fazer uma linha alta na defesa e eu disse ao Virgílio para lançar nas costas deles. Eu isolei-me, fintei o ‘goleiro’ e marquei. Sempre gostei de marcar golos [seis no Sporting, 15 no Estrela e sete no Portimonense], mas na época em que eu jogava não havia nada consentido. Campos irregulares, marcações duras, bolas pesadas, meias de lã (risos). Outros tempos. Hoje o jogador tem um dodói no mindinho e diz que não pode entrar em campo.

Qual foi o golo mais importante que marcou em Portugal?
Marquei o golo mais importante da minha vida contra o Portimonense.

Contra o Portimonense?
É uma história que mexe comigo, mas conto com todo o gosto. Eu estava na concentração da equipa, no hotel, e recebi um telefonema às duas horas da manhã no quarto. Era difícil fazer essas ligações, mas isso era uma urgência. O meu filho mais novo tinha ido para um hospital privado, em Lisboa, e a minha esposa gritava e dizia que o meu filho estava a morrer. Os médicos tinham-lhe dito que já não conseguiam fazer mais nada. Eu desci do quarto a correr e lá em baixo estavam reunidos a direção e a equipa técnica.

Pediu para sair, claro.
O treinador era o Keith Burkinshaw. Eu disse-lhe que o meu filho estava a morrer no hospital e que eu tinha de ir lá. Ele ainda disse que eu não podia e eu fui claro: ‘faça o que o senhor quiser, não vou ficar aqui com o meu filho no estado em que está. Espero que entenda um pai. Se acontecer alguma coisa, não terei condições para jogar’. Então ele disse para eu ir e para levar comigo o nosso massagista. Já estava um amigo de carro à porta do hotel e seguimos para o hospital.

O que se passava com o menino?
Entrámos na urgência, o meu filho estava deitado e rodeado de médicos, a minha esposa só chorava. O meu filho parecia um boneco, sem reação, gelado. Havia gelo e toalhas molhadas por todo o lado, porque a febre dele não baixava. O menino já não se mexia. Eu cheguei perto do ouvidinho dele e disse: ‘O papá está aqui. Se abrires os olhos, o papá vai marcar um golo para ti hoje’. Os olhos dele, de repente, puuum. Os médicos vieram, ele foi recuperando a consciência, melhorou e eu acabei por voltar ao hotel.

E marcou mesmo um golo nesse dia.
Uma bela jogada, uma tabela, limpei o guarda-redes e golo. No jornal escreveram que foi um golo antológico. São coisas que nos acontecem… todos os meus colegas me abraçaram, eles sabiam o que se tinha passado. Não procurei o golo, aconteceu. Mas todos me ajudaram. Tenho aqui mais de 50 álbuns de fotografia, vários jogos em cassetes VHS, mas sou preguiçoso e ainda não passei para DVD (risos). Esse menino que estava doente, hoje vive na Suíça, tem 33 anos, trabalha e ainda joga futebol.

VÍDEO: o golo de Duílio para o filho doente (imagens RTP, aos 50 segundos)

Falou do senhor Burkinshaw. Qual foi o treinador que mais o marcou em Portugal?
O João Alves era diferente, muito inteligente. Aprendi muito com o Manuel José também. Tivemos uma conversa olhos nos olhos, porque ele não gostava de brasileiros na altura. ‘Todos os livros que o senhor lê têm a mesma capa?’, perguntei eu. Pedi-lhe para não me julgar baseado nos jogadores que o tinham prejudicado. Excelente treinador, de detalhe. Também trabalhei com o Jesualdo Ferreira, uma pessoa fantástica, um estudioso. Ainda tive o Manuel Fernandes e no Portimonense tive o Amílcar Fonseca. Era muito folclórico. Quando jogávamos ao sábado, íamos jantar ao cais umas sardinhas maravilhosas. Criámos esse hábito de juntar as famílias. O Keith Burkisnhaw era bom, mas como todos os ingleses tinha dificuldades em mexer na equipa. Em Inglaterra não havia muito a tradição de fazer grandes substituições.

O Duílio era titularíssimo no Sporting, mas em 88 saiu para o Estrela da Amadora. Porquê?
O Estrela tinha acabado de subir. Estava de férias no Brasil, recebi o bilhete de avião e disseram-me que o novo treinador [Pedro Rocha] queria falar comigo. Cheguei a Alvalade e no balneário havia duas listas: a lista dos que ficavam e a lista de dispensas. No meio estava o meu nome e o de mais dois jogadores. Pedi para esclarecer a minha situação com o treinador. Os dirigentes pediram-me calma, disseram que estavam à espera de outro central… ‘Se o craque vier, quem não presta vai embora; se craque não vier, quem não presta vai ficar. É assim?’ Eu tinha jogado com o Pedro Rocha, o novo treinador, no Brasil e pedi para falar cinco minutos com ele. Tivemos uma conversa de homem para homem, tínhamos sido colegas no Coritiba. Eu até lhe tinha dado uma pancada forte num treino (risos). Perguntei ao Pedro se podia sair e ele disse-me que sim. Risquei o meu nome da lista e saí. O Sporting devia-me ainda quatro meses de salário. O novo presidente, o Jorge Gonçalves, assumiu mais tarde que fez mal em deixar-me sair.

E como aparece no Estrela?
O senhor Armando Biscoito, ex-dirigente do Sporting e que iria para o Estrela, disse-me que o mister João Alves estava à minha espera na Churrasqueira do Campo Grande. Fomos almoçar, o João disse que eu seria um dos pilares da equipa e que se eu aceitasse chegariam, certamente, mais nomes fortes. Dali a dois dias falaríamos na Reboleira mas, entretanto, ainda recebi um convite do senhor Pimenta Machado [Vitória de Guimarães] e outro do António Morais [Leixões]. Optei pelo Estrela porque a minha família não queria sair da zona de Lisboa.

O Estrela já era um clube interessante para jogar.
Tinha um projeto ambicioso e o presidente José Gomes fez-me uma coisa que jamais esqueço. Perguntou-me que tipo de bónus eu queria, além do salário. E deu-me um cheque em branco. Estava assinado por ele e o homem disse para eu preencher com a quantia que eu queria.

Duílio é o primeiro em cima, à esquerda, na tarde em que o Estrela ganhou a Taça de Portugal em 1990

E o Duílio?
Eu gelei. O que podia eu colocar ali? O Estrela tinha acabado de subir, o mister João Alves ainda precisava de mais jogadores, eu não queria abusar e ir contra os meus princípios. Mas, enfim, lá pus um valor baixinho e entreguei o cheque a tremer. Ele abriu o cheque, leu e colocou-o no bolso da minha camisa. Levantou-se e disse: ‘Temos homem na Reboleira’. Fiquei três anos e ganhei uma Taça de Portugal.

Quais são as memórias mais fortes dessa final do Jamor?
Bem, além do jogo naquela atmosfera fantástica há, claro, outras histórias. Antes do primeiro jogo da final, o mister João Alves concentrou a malta uma semana num hotel no Estoril, ali perto do autódromo onde se corria a F1. Ficámos uma semana lá, não jogámos nada e o Farense quase que nos surpreendia. Para a finalíssima, só nos juntámos na véspera. ‘Vocês estão tão acostumados a ficar à vontade que eu vou deixar-vos assim’. A equipa soltou-se, estava mais leve e foi um prazer levantar aquele troféu no Jamor. Adorei jogar no Estrela, mas depois do falecimento do presidente José Gomes e da entrada do Jaime Salvado o clube perdeu um pouco do seu encanto.

Que história sobre Portugal o Duílio gosta de contar aos seus amigos?
Há uma que conto sempre. E só estamos a ter esta conversa à distância porque essa história aconteceu. Quando deixei o Portimonense, no final da carreira, eu decidi ficar a viver lá porque vimos um apartamento fantástico. Tinha piscina e até um piano na sala.

Comprou o apartamento?
Não (risos). E não comprei porque a senhora da agência imobiliária quis ficar com ele. Sempre que íamos fazer a compra, ela inventava mais um documento. Sempre, sempre. Eu avisei no banco e avisei o senhor inglês que queria vender o apartamento. Se houvesse mais alguma burocracia, eu saltava fora. E assim foi. Na quinta ou sexta tentativa, ela disse ‘falta aqui não sei o quê’. Eu só lhe disse isto: ‘A senhora convenceu-me agora mesmo a voltar ao Brasil. E assim foi’. Se eu tivesse comprado esse apartamento, estava a viver em Portimão até hoje.

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