Dez anos de Roger Federer em Wimbledon. A primeira vitória do suíço no Grand Slam britânico foi em 2003. Desde então, ele confunde-se com o torneio londrino. Vestido no seu branco impecável, fleumático, preciso, Federer é a imagem de Wimbledon. Ganhou lá sete vezes, nunca ninguém ganhou mais. Chega lá, em 2013, como detentor do troféu. Será que vai voltar a fazer história e tornar-se o primeiro a vencer Wimbledon por oito vezes?

No dia em que Federer entrou no Court Central londrino e eliminou o romeno Victor Hanescu na primeira ronda (6-3, 6-2 e 6-0), oportunidade para recordar os grandes marcos do senhor Wimbledon. Da primeira vez em 2003 à vitória de 2012, passando pelas batalhas épicas com Rafael Nadal.

Aquele que muitos dizem ser o melhor tenista de sempre já é recordista de vitórias em Grand Slam, tem 17, mas se conseguir o oitavo título em Wimbledon acrescenta a sua própria lenda. Para já, os sete títulos igualam a marca de Pete Sampras.

Federer, o senhor da relva, persegue a oitava vitória em Wimbledon pouco depois de Nadal ter conseguido vencer exatamente oito vezes Roland Garros, que representa para o espanhol o que Wimbledon representa para o suíço.

A grande questão é se Federer vai consegui-lo. É verdade que ganhou em 2012, quando já não partia como favorito, mas desde então venceu apenas dois torneios. O último foi na semana passada, Halle. Chega aqui como nº 3 do mundo. E o sorteio do quadro de Wimbledon abriu caminho a um cenário em que pode defrontar Rafa Nadal e Andy Murray antes da final. Federer não se assusta. «Estou pronto para o desafio», disse: «Gosto de sorteios difíceis.» Mas também não quer falar muito sobre o que representaria uma oitava vitória. Não vá dar azar: «Só posso falar sobre depois do torneio, não mesmo antes de começar.»