O problema dos salários em atraso que afecta o Estrela da Amadora traz algumas recordações menos positivas a Diamantino Miranda. O treinador adjunto do Benfica passou por situações idênticas e por isso está solidário com a equipa da Reboleira, que defronta as «águias» no domingo.
«Vejo com alguma bastante tristeza esta situação, pois já passei por clubes que já nem existem, como o Felgueiras. Já estive nove meses sem receber. Era tempo de isto acabar. Vivi o drama de jogadores que iam buscar água às fontes e que tinham velas em casa, pois não havia electricidade», recordou o adjunto de Quique Flores.
Diamantino considera mesmo que está entre as pessoas mais habilitadas a falar do problema, e por isso entende que devem ser adoptadas medidas: «Não é um problema apenas do Estrela da Amadora e de mais três ou quatro clubes. Têm de ser tomadas medidas para que no futuro não aconteçam outros casos», disse.
Os problemas existentes na Reboleira levantaram até a possibilidade de uma greve ao jogo com o Benfica, mas Diamantino tinha a convicção de que os jogadores do Estrela iam dar mais uma prova de profissionalismo. «Os jogadores do Estrela são bons profissionais. Podem não estar nas melhores condições psicológicas, mas vão querer estar na Luz», defendeu.
«Os jogadores têm de estar sempre motivados»
Diamantino Miranda voltou, nesta quarta-feira, a orientar a equipa do Benfica na Liga Intercalar, com uma vitória sobre o Belenenses (2-1). No final do encontro o adjunto de Quique Flores (viu da bancada) mostrou-se satisfeito.
«Foi um jogo dentro daquilo que tínhamos perspectivado, que era dar minutos a quem tem tido menos oportunidades, e dar ritmo aos juniores. Foi um jogo razoável e entretido. Cumprimos os objectivos», disse.
Em relação aos jogadores do plantel principal que foram utilizados, Diamantino garante que todos se empenharam: «Os jogadores têm de estar sempre motivados. A alguns correu bem, a outros nem tanto.»