O diário de Nuno Alves (dia 1)

O diário de Nuno Alves (dia 2)

O diário de Nuno Alves (dia 3)

Liverpool, 14 de Abril de 2010 (dia 4):

« - 10h00: o dia começou mais cedo. Ontem o trabalho foi duro e as pessoas do Liverpool deram-nos uma manhã de folga. Aproveitei para tomar o pequeno-almoço um pouco mais tarde, mas quando cheguei à sala já não havia nada. Tive de ir pedir uns croissants e lá me safei. Os meus pais têm-me ligado todos os dias e dão-me muita força. São eles que atenuam a minha saudade de casa. O meu colega de quarto é espanhol e chama-se Cristian. É um bom jogador, sem dúvida, e um tipo excelente.

« - 15h00: depois do almoço tive o único treino do dia. Estava cheio de vontade de jogar à bola. Infelizmente, grande parte da sessão de trabalho foi voltada para o trabalho físico. Treinaram todos os escalões juntos e os rapazes mais velhos acabaram por destacar-se. Há jogadores que nasceram em 1993 e são mais fortes e robustos do que eu. Taparam-me um bocado e fui muito marcado. O Liverpool é um clube difícil, de grande exigência. Mas admito que se calhar não estou a jogar o meu máximo por minha culpa. No domingo tenho um jogo importantíssimo, no Algarve, contra o Farense e não me quero lesionar. Noto que os treinadores do Liverpool ainda não viram todo o meu futebol.

« - 20h00: estou no quarto a colocar as ideias em ordem. Amanhã há treino de conjunto à tarde e vai ser a minha última oportunidade para me destacar. É como se fosse uma final para mim. Vou dar tudo de mim, lutar até à última gota de suor. De manhã vamos trabalhar a força e velocidade, ou seja, vou chegar esgotado ao quarto. Mas tudo vale a pena.»

Ass: Nuno Alves

«PS: tenho-me esquecido e aproveito esta oportunidade que o Maisfutebol me dá para agradecer publicamente o trabalho que o fisioterapeuta Celso fez comigo. Uma semana antes de jogar pela selecção do Algarve andava de muletas, devido a uma entorse. Ele fez um trabalho fantástico comigo, recuperou-me e consegui jogar. Foi nesses jogos que chamei a atenção do Liverpool, por isso é também graças a ele que aqui estou.»