António Dias da Cunha sente-se traído pela confiança depositada em Soares Franco, que lhe entregou «de bandeja» a presidência do Sporting. O ex-presidente do clube sente-se também «completamente sozinho», e revela que, se soubesse antes o que sabia hoje, tinha continuado como líder máximo do clube.
«Sinto-me completamente sozinho», confessou. «Só não o estou agora porque estou com vocês», disse, com alguma piada, referindo-se aos jornalistas presentes numa pequena sala do Hotel Bairro Alto que serviu para uma conferência de imprensa de esclarecimento.
Depois, Dias da Cunha revelou o «absoluto arrependimento» pela sucessão que provocou na presidência do Sporting. «Estou. Se soubesse o que sei hoje não era a ele [Filipe Soares Franco] que deixaria a presidência do Sporting e se viesse a imaginar que o Dr. Ernesto Ferreira da Silva iria desistir de ser presidente, eu continuaria à frente do clube e seria eu a abrir o processo eleitoral. E iria ter em conta escolher um momento para não desestabilizar a equipa de futebol. Mas isto é como jogar no totobola», confessou.
Dias da Cunha, no discurso que distribui pelos jornalistas, escreveu que «Filipe Soares Franco desempenha as actuais funções a título precário ¿ como ex-vice presidente substituto ¿ e apenas a conduzir o Sporting a eleições e, portanto, com a obrigação de mão alterar o programa com o que o seu antecessor ¿ e ele próprio ¿ foram eleitos». Mais adianta que «foi esse o compromisso que Filipe Soares Franco tornou público quando substituiu o presidente». Algo que Dias da Cunha contesta não estar a acontecer.
Pelo contrário, Dias da Cunha acusa Soares Franco de «estar a fazer campanha eleitoral com os recursos do clube e que coloca em desvantagem todos aqueles que desejam ser candidatos».