Um problema de expressão. A conferência de antevisão do treinador do Atlético de Madrid sobre o jogo desta quinta-feira, em Coimbra, acabou por ter um protagonista inusitado: o tradutor.

Em claras dificuldades com a língua de Cervantes, o intérprete chegou a irritar o próprio Diego Simeone, que, depois de lhe pedir para apressar o ritmo, chegou mesmo ao ponto de o dispensar, pois conseguia perceber as perguntas.

A Académica pediu entretanto desculpas pelo sucedido, pois a pessoa, devidamente habilitada, que estava designada para a função teve de ir ao hospital, levando o clube a encontrar uma solução de recurso.

«Espero um início forte da Académica»

Diego Simeone mostrou respeito pela Académica, apesar de deixar subentendido o estatuto híper-favorito do emblema de Madrid. «Como disse anteriormente, é uma equipa muito rápida, vertical, com bons jogadores, como Marinho, Cissé, Wilson Eduardo... com médios de boa capacidade de passe, como o Clayton.»

«Aquilo que fizeram no final da partida lá está mais perto do seu jogo habitual e amanhã esperamos esses últimos minutos que tiveram em Madrid. Aliás, no jogo de há 15 dias, também já esperava a Académica como jogou nesses últimos instantes: rápida, atrevida, com boa leitura, e forte nas bolas parada. Estou à espera de um início forte da Académica», completou.

De qualquer forma, o Atlético está a apenas um ponto de conseguir o apuramento, mas Simeone não se mostra muito preocupado com a questão.

«Tentamos em, cada jogo, não pensar no que pode vir. Sabemos que podemos fazer um bom jogo, encaminhar definitivamente a qualificação, e é isso que buscamos. Repito, contra um rival duro, rápido, entusiasmado, que perdeu em casa, e joga com o Porto no próximo domingo. Será, portanto, uma semana importante para eles e temos de fazer o nosso jogo para conseguimos o que queremos.»

«Se o empate é bom? Buscamos o melhor, que é sempre ganhar», concluiu.