Vamos diretos aos factos. Michael Jordan é o atleta já reformado da atividade desportiva que mais dinheiro ganhou em 2014. O antigo basquetebolista dos Chicago Bulls e Washington Wizards teve rendimentos de 100 milhões de dólares no ano que passou (cerca de 94,8 milhões de euros).

As contas são feitas pela revista «Forbes» de acordo com as receitas de 2014 provenientes de «salários, patrocínios, direitos, palestras e presenças, configuração de campos de golfe, livros e contratos de produção – a importância dos golfistas já será justificada.

A parceria de Air Jordan com a Nike dando o seu nome a uma linha de artigos da marca de material desportivo é a fonte de rendimento mais lucrativa para MJ numa rede de patrocínios que inclui mais cinco marcas que vão das bebidas ao vestuário.

E o calçado desportivo da Jordan Brand é, pelo seu lado, o maior filão da marca vendida pela Nike. De 2013 para 2014, as vendas destes ténis e sapatilhas aumentaram 17% para um valor de 2,6 mil milhões de dólares (cerca de 2,4 mil milhões de euros). Num mercado de 4,2 mil milhões de dólares (quase quatro milhões de euros) em 2014, 58% do calçado desportivo é da marca de Michael Jordan (mais 4% do que no ano anterior).

A Jordan Brand patrocina inclusivamente cerca de 30 atuais basquetebolistas da NBA, como Carmelo Anthony ou Chris Paul, assim como atletas de outras modalidades. Aos 52 anos e 12 depois do abandono da carreira desportiva, Michael Jordan mostra que continua profissional a ganhar dinheiro.

[Ah... E, a propósito, Jordan é o atleta que mais dinheiro ganhou em 2014, ponto final. Ou seja, o que mais ganhou no total entre retirados e no ativo.]
 


O segundo da contagem da «Forbes» é David Beckham. O futebolista inglês ganhou 75 milhões de dólares (cerca de 71 milhões de euros) no ano em que se retirou (a um de se tornar quarentão) – nunca antes tinha Beckham ganho tanto num ano numa carreira de duas décadas.

O «spice boy» tem aproveitado da melhor forma a gestão da sua imagem vendendo-a várias marcas, mas também fazendo parte e detendo vários negócios que ganham dimensão pela fama do seu coproprietário – com os mercados emergentes na China como apostas preferenciais de Beckham no presente.

O outro futebolista da enumeração da «Forbes» - que tem 12 elementos devido aos empates – é Pelé. Aos 74 anos, o «rei» do futebol ganhou embalagem com o Mundial no seu país e teve uma série de patrocinadores a pagarem pela sua imagem. Em 2014, Pelé ganhou 16 milhões de dólares (cerca de 15 milhões de euros). E, como lembra a revista norte-americana, os Jogos Olímpicos do Rio estão a um ano de distância – mesmo que o futebol não seja o mesmo neste acontecimento.



O terceiro mais rico do ano entre reformados é o habitual Arnold Palmer. A máquina montada pela figura simpática que precede este parágrafo corre sobre rodas há anos e dá milhões há anos. Em 2014, o antigo golfista com 85 anos – cujo último PGA ganho data de 1973 – ganhou 42 milhões de dólares (cerca de 40 milhões de euros).

O ícone mundial do golfe rentabiliza o estatuto com linhas de produtos Arnold Palmer e uma cadeia de lojas a caminho das 700 casas. E mostra também por que esta modalidade tem quatro antigos praticantes presentes. O basquetebol volta também a ser representado por duas estrelas de tempos diferentes.

Magic Johnson foi referência da NBA na década de 1980. Shaquille O`Neal foi craque já neste século. Mas apenas um milhão de dólares (948 mil euros) os separam nos lucros relativos a 2014. Jerry Richardson e Michael Strahan representam o futebol americano nesta lista – o primeiro apoiado na vida empresarial a que deu seguimento. Li Na fecha o rol incluindo o ténis entre os mais ricos no ano que passou – aquele em que a chinesa também deixou de jogar.