Diogo Valente é o convidado semanal da entrevista Maisfutebol/Rádio Clube. O extremo do Leixões fala do momento da possibilidade de ter sido lateral, diz que não afasta essa hipótese e garante que se tivesse sido aposta na defesa provavelmente já seria internacional AA.
Foi lateral-esquerdo na selecção, também o foi no F.C. Porto. Alguma vez considerou que poderia fazer carreira a lateral-esquerdo?
Tinha de melhorar alguns aspectos, particularmente a agressividade. O que é normal. Já há muitos anos que jogo a extremo e não tenho essa agressividade. Muitos extremos passado uns anos dão bons laterais, sendo bem trabalhados. Se fosse trabalhado, melhorasse alguns pormenores tácticos e aumentasse a agressividade, quem sabe se não daria um bom lateral-esquerdo?
Dada a falta de laterais, acha que era um bom nicho de oportunidade?
Sim, era sem dúvida uma boa oportunidade. Mas respeito as opções dos treinadores e se é a extremo-esquerdo que me querem, é lá que jogo. Sinto-me bem a extremo. Se pudesse escolher? Se melhorasse alguns pormenores, ia sentir-me mais confiante e iria gostar de ser um lateral. Podia ser um bom defesa-esquerdo.
Ficou à espera que o telefonasse tocasse por causa da Selecção Nacional?
Depois da chamada à Selecção B e das palavras de Carlos Queiroz, dizendo que quer dar oportunidades a novos jogadores e não limitar o leque de opções, todos os jogadores que foram à Selecção B tinham essa esperança. Sabia que era difícil, porque a Selecção tem muito bons extremos, que podem jogar nas duas alas. Mas acredito e tenho o sonho de vir a representar a Selecção Nacional A.
Sente que se fosse lateral já teria sido internacional A?
Acho que teria mais hipóteses de ser chamado. Temos o caso do Duda, que não é lateral, mas que foi chamado, cumpriu bem e vai ser aposta nessa posição. Se tivesse vindo a ser utilizado como lateral, acredito que nesta altura já teria sido chamado.
Teve uma ligação grande ao Boavista. Como tem acompanhado a queda do clube?
Com muita mágoa. Estive 16 anos no clube, que também impressiona pela paixão das suas gentes e marca quem passa por lá. Não tenho muita esperança que o Boavista possa sair deste buraco, porque financeiramente está muito debilitado. Mas espero que apareça alguém que leve este clube para cima. É sério e tem muita paixão das pessoas.
Acha que um fim e um recomeço, como aconteceu com a Fiorentina, era a melhor solução?
Acho que sim. Pela situação que se conhece, acho que era a melhor solução. A Fiorentina recomeçou do zero e está a ter muito bons frutos. Acho que a Fiorentina deve ser um exemplo para o Boavista.