Diogo Valente é o convidado semanal da entrevista Maisfutebol/Rádio Clube. O extremo do Leixões fala das razões de assinatura de contrato com o F.C. Porto, diz que não se arrependeu, revela que tem recebido bom feedback dos responsáveis e elogia Co Adriaanse, que se tivesse ficado seria novamente campeão.
É portista de coração. O dia em que assinou pelo F.C. Porto foi o mais feliz da sua carreira?
Sim, foi uma alegria enorme. Quando estava no Boavista apareceram alguns clubes, mas como era portista desde pequenino e como era um sonho jogar no F.C. Porto, achei que o F.C. Porto era a melhor opção. Não pus de parte a hipótese de jogar no estrangeiro, porque tenho o sonho de jogar no futebol inglês, mas não me arrependo de nada. Os empréstimos só me fizeram bem e acredito que para o ano possa regressar e mostrar que tenho qualidade para jogar no F.C. Porto.
Que razões lhe têm dado para estas sucessivas saídas por empréstimo?
Fui uma contratação de Co Adriaanse e supostamente ia ser aposta dele. Co Adriaanse saiu na pré-época, chegou Jesualdo Ferreira uma semana antes do início da Liga e ele procurou apoiar-se em jogadores experientes. Não estava para grandes apostas em jogadores novos e eu compreendo perfeitamente isso. Acabei por só jogar vinte minutos em Alvalade, não queria estar sem jogar e por isso preferi ser emprestado ao Marítimo.
Tem tido contacto com os responsáveis do F.C Porto no sentido de voltar?
Eles estão atentos, têm um departamento de scouting que está sempre em contacto com os emprestados. A pessoa que me acompanha esta época fala muito comigo e diz-me que os responsáveis estão a gostar do meu trabalho. Sei que só tenho de trabalhar e concentrar-me no Leixões. Vou trabalhar bem para evoluir e regressar ao F.C. Porto.
A próxima época será o seu último ano de contrato. No caso de não ficar no plantel, aceita ser outra vez emprestado ou prefere desvincular-se?
Já pensei nisso, é uma situação que temos de falar. Ainda não me comunicaram nada, mas gostava muito de integrar o plantel. Se isso não acontecer há que dar continuidade. Esta época está a correr bem e há interesses de alguns clubes no estrangeiro. Como tenho mais um ano de contrato, têm de ser coisas faladas. A seu tempo vamos reunir-nos e vamos ver o melhor para a minha carreira.
Quando vê os jogos do F.C. Porto pela televisão, sente que tinha lugar na equipa?
Acho que sim, porque o F.C. Porto está presente em muitas competições e é necessário fazer a gestão dos jogadores. O F.C. Porto tem um excelente extremo, que é o Rodriguez, mas penso que poderia ter uma oportunidade, como disse. Na gestão de jogadores, haveria espaço para mim. Mas há que respeitar as decisões dos responsáveis.
Já disse que quando assinou pelo F.C. Porto tinha uma hipótese do Benfica. Pensou no que podia ter mudado se tivesse ido para a Luz?
Também tinha uma hipótese de ir para o estrangeiro. O coração falou mais alto e optei pelo F.C. Porto. Não me vejo a jogar em outro clube em Portugal que não o F.C. Porto. Quem passa pelo F.C. Porto, fica com o clube no coração. O F.C. Porto é um clube enorme, com excelentes condições e um excelente acompanhamento dos jogadores.
A saída de Adriaanse na pré-época surpreendeu-o?
Estive no balneário nessa época e todos os jogadores gostavam de Co Adriaanse, todos elogiavam os seus métodos de trabalho. Mas na pré-época houve alguns problemas com Co Adriaanse e as pessoas optaram por dispensá-lo.
Se Co Adriaanse continuasse no F.C. Porto acredita que ele teria sucesso?

Sem dúvida. Todos os jogadores me falavam bem de Co Adriaanse, que era exigente e que com ele jogaria quem estivesse bem. Por isso todos os jogadores se iam aplicar. Isso é bom para qualquer plantel. Foi um treinador diferente, até pelo sistema táctico que usava, mas o que é certo é que chegou e conseguiu ser campeão. Se continuasse não tenho dúvidas que iria ser campeão outra vez.