O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol [SJPF] reagiu com «repúdio» a novas denúncias de incumprimentos no Freamunde. De acordo com Joaquim Evangelista, o clube que agora compete nos escalões distritais do Porto é uma «maça podre» que está a contaminar o futebol português.

«Aparentemente, há um conjunto de interessados que criam expectativas, pensando devolver o clube aos campeonatos profissionais para ganharem dinheiro, mas temos de ter mais olhos do que barriga, sobretudo nesta fase, e dar resposta aos graves problemas que existem», afirmou líder sindical, em declarações à agência Lusa.

Para Joaquim Evangelista, a prioridade de atuação do sindicato é a «situação mais difícil» que envolve «cinco jogadores estrangeiros» recentemente despejados de casa, devido ao atraso no pagamento de salários, conforme denúncia feita pelo treinador do Freamunde, Pedro Barroso a uma rádio local.

Evangelista admitiu regressar a Freamunde e garantiu que vai ser acionado o fundo de garantia salarial, de forma a responder aos problemas imediatos dos jogadores, sejam os que comprovadamente têm remuneração e os restantes.

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O presidente do SJPF prometeu também começar a trabalhar com a FPF numa solução jurídica que permita a desvinculação dos jogadores que assim o desejem, ultrapassando o vínculo aos clubes válido por um ano, conforme estipula o estatuto amador.

Por último, Evangelista teceu duras críticas à SAD presidida por Carlos Carvalho – que detém 70% das ações.

«Começa a ser recorrente haver um conjunto de dirigentes que se prestam a estas práticas, pondo em causa os valores desportivos e o trabalho das pessoas, geralmente mais vulneráveis e muito jovens. A responsabilidade tem de ser assacada aos dirigentes, mas também aquelas pessoas que andam envolvidas com estes jogadores não podem assistir a isto e ficar de braços cruzados», denunciou antes de acrescentar.

«O Freamunde é uma nódoa negra no futebol português, é a maçã podre que está a descredibilizar o futebol.»