Domingo à tarde é uma nova rubrica do Maisfutebol, que olha para o futebol português para lá da Liga e das primeiras páginas. Do Campeonato de Portugal aos Distritais, da Taça de Portugal aos campeonatos regionais, histórias de vida e futebol.


Esta é a história do guarda-redes menos batido de Portugal, que tem apenas três golos sofridos em quinze jogos, e por aqui já merecia o destaque. Só que é também a história de alguém que já esteve à porta da I Liga três vezes, a um passo do PSV Eindhoven e que fez formação no Sporting ao lado de Nani, Djaló, Miguel Veloso, João Moutinho, Rui Patrício, Mário Felgueiras, Emídio Rafael, entre outros.

Paulo Bento, José Peseiro, Daúto Faquirá, Luís Boa Morte, Marco Silva e, especialmente, Paulo Fonseca são outros dos protagonistas de uma carreira que já podia ter contornos de fama, mas...que ainda não deu para chegar ao topo.

Senhoras e senhores, Hugo Cardoso, guarda-redes do Sacavenense.

Antes de regressarmos ao passado do guardião, apresentamos o presente.

À 12ª jornada, o clube de Sacavém é o segundo classificado da série G do Campeonato de Portugal (atrás do Real, adversário do Benfica na Taça) e tem o melhor registo defensivo do país: dois golos sofridos.

A este golo soma-se outro para a Taça de Portugal frente ao Olhanense, que ditou o afastamento da equipa.

As bolas que Hugo foi buscar ao fundo da baliza ficam por aqui e ele explica: «Por serem muito poucos uma pessoa consegue recordar-se. Claro que se fosse noutra época não me iria recordar de golos sofridos há umas semanas e da forma como foram.»

Por isso contou como aconteceram os primeiros dois, golos esses que ditaram as únicas derrotas esta época: «O golo com o Real foi mais demérito nosso, com o Olhanense foi um penálti que nem é penálti. Estou a desculpar-me do lance, mas é mesmo verdade. Foi um penálti que não era, acabei por adivinhar o lado, mas o Salim Cissé bateu bem.»

Este fim de semana, o Sacavenense sofreu pela primeira vez golos e venceu. Mesmo assim, Hugo ficou «frustrado».

«Foi o estar mal-habituado. As coisas estão a correr bem, temos sofrido poucos golos e temos tido alguma sorte, mas a sorte faz parte do trabalho que temos vindo a desenvolver. Mas sim, um guarda-redes que está há sete jogos sem sofrer golos e no oitavo sofre e da maneira como sofre é frustrante.»

Mas de que maneira foi o golo do 1.º Dezembro?

«Neste golo ele ajeita a bola com o braço, enganou bem o árbitro. Ajeitou para ele e cara a cara comigo fez o golo», contou.

Independentemente disso o registo é assinalável e o guarda-redes admite que há brincadeiras no balneário: «Alguns chamam-me Zé Gato, outros Santo Cardoso. Mas não é só com o guarda-redes, também brincam com os defesas pelos cortes que fazem.» E aproveitou para elogiar os companheiros mais recuados: «Os nossos defesas são muito fortes, mas o essencial é a base, a estrutura toda, é magnifíco.»

Este é o primeiro ano no Sacavenense e Hugo Cardoso não tem dúvidas que um dos trunfos para este registo é o treinador Tuck, antigo jogador do Belenenses.

«O registo defensivo tem a ver com a dinâmica que o Tuck e a sua equipa técnica impõe na equipa. Os primeiros a defender são os avançados, aconselho toda gente a ver um jogo nosso para ver como a nossa equipa defende. Este registo ajuda-nos a estar mais perto, não garante a subida, mas ajuda a estar perto de poder lutar por esses lugares, que neste momento acaba por ser o maior objetivo da nossa equipa.»

Depois, surgiu o elogio à organização do clube: «O segredo vem de trás. Da estrutura que o Sacavenense ofereceu a todos os jogadores, uma estrutura que muita gente não conhece, mas que é praticamente profissional. Somos amadores, mas o que o Sacavenense tem dado é profissional. Temos pequeno-almoço desde as 8h30 até às 9h, temos treino às 10 horas, vemos vídeos de outros jogos, dos nossos, a base é o trabalho. O Tuck é um grande treinador, então em termos defensivos é mesmo muito bom.»

Hugo Cardoso salienta que o facto de fazerem «vida de profissional» os leva a terem mais rendimento e entrosamento. Mas desengane-se quem pensa que tem tido pouco trabalho.

«A nossa série deve ser das mais equilibradas, praticamente todos os jogos tenho muito para fazer, só que as coisas este ano estão a correr demasiado bem (risos). Este ano está a ser perfeito, melhor era impossivel.»

A influência de Paulo Bento e um mês com Peseiro na equipa principal do Sporting

Época «perfeita» até agora para o guarda-redes, mas em conversa com o Maisfutebol contou que não é exceção. Teve várias que o colocaram na porta da Primeira Liga, mas houve sempre alguma coisa que o impediu.

O melhor é recuar mesmo até ao princípio de tudo: o Sporting Clube de Portugal.

Hugo Cardoso formou-se no Sporting ao lado de jogadores como Nani, Moutinho, Miguel Veloso, Rui Patrício, Djaló, Mário Felgueiras, entre outros. As amizades vão-se mantendo apesar do contacto ser menor por muitos deles jogarem fora. Nas férias lá encontra um ou outro, como aconteceu este ano com Nani e Djaló.

De todos anos destaca um: o que foi treinado por Paulo Bento, no primeiro ano de júnior em 2004/05.

Legenda

«Ganhámos tudo com o mister Paulo Bento. Os juniores do Sporting não ganhavam o campeonato há oito anos. Tínhamos um grande treinador que nos passou toda a experiência que tinha como jogador e foi uma grande ajuda. Lembro-me do último jogo com o Benfica, em que nós nem podíamos empatar e estávamos a perder 1-0. Em dez quinze minutos, a partir dos 75’, demos a volta para 4-1 e fomos campeões.»

O guarda-redes dividiu o posto com Mário Felgueiras na fase regular, mas na fase final foi suplente, até porque era mais novo. «Fiz praticamente metade dos jogos do campeonato e não estava à espera por ser mais novo. O mister Paulo Bento foi um treinador que me ajudou bastante. Foi o melhor treinador que apanhei na formação do Sporting, tanto ele com o mister Ricardo Peres [treinador de guarda-redes] ajudaram-me muito a evoluir», confessou.

Mesmo assim esteve no plantel principal com Peseiro por culpa de... Enakarhire.

«Lembro-me que o Mário foi no primeiro jogo à equipa A porque o Nélson e o Tiago estavam lesionados, acho que o Enakharire tinha partido a cana do nariz aos dois. Eu fiz um grande jogo contra o Barreirense e depois fiquei um mês na equipa A com o José Peseiro», contou.

Hugo refere que esse foi o seu melhor ano na formação do Sporting e no final saiu para o Estrela da Amadora, para ser o terceiro guarda-redes da equipa principal e o titular dos juniores. Foi aí que encontrou o amigo Paulo Fonseca.

Um acidente de mota quase travou o sonho, Paulo Fonseca deu-lhe a mão

O atual técnico do Shakhtar era o treinadores dos juniores do clube da Reboleira e viria a tornar-se fundamental na sua carreira.

Fez um ano «incrível mesmo», refere o próprio, mas um acidente de mota rasgou-lhe uma ida para o PSV Eindhoven.

«Tive uma proposta do PSV, após um jogo com o V. Setúbal. O falecido Sr. Formosinho (empresário) falou comigo e perguntou se eu estava interessado em ir», começou a contar.

A transferência abortou com as lesões que teve devido ao acidente, mas não foi só:

«Ia ser o segundo guarda-redes do Estrela, era eu e o Paulo Lopes. Entretanto tive o acidente e eles foram buscar o Pedro Alves. Depois foi mau, estive meio ano a curar as lesões, tentei acelerar a recuperação, mas tive outra lesão no joelho. O Estrela deu mesmo dispensa, disse para eu procurar clube.»

O resumo do final de época foi este:

«O ano no Estrela foi o meu melhor ano da formação, o Sporting na altura até pediu ao Estrela para eu regressar para fazer um torneio na Holanda com eles, acabei por não ir e depois a história do PSV. Esse fim da época foi mesmo uma desgraça.»

Não tem dúvidas que sem o acidente já estaria há muitos anos na I Liga: «Não digo que era o melhor dos melhores, mas estava no topo.»

Para além das mazelas, dos contratos não rubricados ficou com uma reputação má: «Acabou por me condicionar, se você for um presidente de um clube e está a pensar contratar-me você pensa: ‘Espera aí que ele teve um acidente de mota, é maluco’. Isso acabou por me deixar menos positivo em relação ao futuro.»

É nesta altura que entra Paulo Fonseca na sua carreira e o faz acreditar que é possível recuperar:

«O Paulo Fonseca era o meu treinador nos juniores, adorava-me e dizia-me que eu ia ser o melhor guarda-redes de Portugal e então pegou em mim. Fiz três meses no Alcochetense para ganhar forma e ele disse-me ‘Cardoso, preciso que arranjes um clube para manter a forma e depois no final falámos’.»

Assim foi, o Estrela da Amadora fez um protocolo com o 1.º Dezembro, Paulo Fonseca assumiu o clube e levou o guarda-redes para lá.

Fez mais uma grande época e surgiu o interesse do Vitória de Setúbal.

«Faço outra grande época com ele e nova história. O mister Daúto Faquirá estava no Vitória e acordaram a minha transferência para ir para o V. Setúbal, mas o Fonseca quando soube, ele tinha assinado pelo Odivelas, disse para eu não ir, que o mister Daúto não apostava nos jovens, que para mim não era benéfico estar a ir já para a I Liga com 21 anos.»

O passado fez Hugo Cardoso decidir: «Lembrei-me que quando estava no fundo foi ele que me deu a mão, então eu pensei: ele deu-me a mão, também lhe vou dar e vou com ele para o Odivelas. A I Liga há de chegar, não há pressa.»

O que encontrou no Odivelas não foi do seu agrado, sobretudo a pressão que o presidente lhe colocava em cima. A expectativa foi muito alta.

«Dizia-me ‘Cardoso, no domingo está aí o Guimarães para te ver. Cardoso, está aí o Sp. Braga para te ver’. Dizia a todos os jogadores que eram apresentados no Odivelas: ‘Estás a ver este guarda-redes? Vou ganhar muito dinheiro com este gajo’», contou.

Não gostou da experiência e a meio do ano surgiu uma proposta de contrato profissional vinda do Madalena, clube açoreano.

Fez uma boa primeira época e no final o nome de Paulo Fonseca voltou a aparecer no seu telemóvel: «O Fonseca volta-me a ligar no ano em que vai para o Pinhalnovense, para ir para o pé dele, mas eu tinha contrato profissional e o presidente não me deixou ir. O Pinhalnovense ainda chegou a pedir empréstimo, mas o Madalena não aceitou. Esse ano acabou por ser mau porque queria sair e acabei por ser prejudicado, o treinador foi buscar um guarda-redes da confiança dele e não joguei.»

Novo momento difícil na carreira com a má segunda época nos Açores e novamente Paulo Fonseca a aparecer como «anjo da guarda»: «Sempre ligado à minha carreira, grande pessoa para mim! Voltou a ligar e perguntou-me se eu estava interessado em ir para o Carregado. Eu disse que sim, a minha prioridade era voltar a Lisboa e relançar a minha carreira.»

Distinção atribuída pelo jornal Record

Desta vez não era Paulo Fonseca o treinador, mas um colega seu. Hugo acreditou que dava certo e novamente uma excelente temporada: «Foi dos melhores clubes por onde passei e das minhas melhores épocas.»

Só que novo revés no final da época e um regresso ao Madalena.

«Dependi sempre do futebol, o dinheiro que eu ganhei foi sempre no futebol. O Carregado reduziu o orçamento em 70 por cento e acabei por sair. O presidente do Madalena como gostava muito de mim, fez-me um contrato. Foi um ano em que me arrependo, os jogadores que foram postos lá era tudo de empresários, o treinador nem sabia a qualidade deles. Foi das coisas que mais me arrependi foi de ter regressado.»

Luís Boa Morte «ofereceu-o» a Marco Silva e a I Liga esteve à distância de uns euros

Foi então nesta altura que aparece um ex-colega a aconselhá-lo: «O meu colega do Sporting, que esteve no Génova, o Tiago Pires, aconselhou-me a ir para o Sindicato porque nos Açores as coisas não tinham corrido bem, descemos de divisão e o Madalena acabou. O Tiago estava sempre a chatear para ir porque ia mostrar às pessoas quem eu era.»

Foi ali que conheceu Luís Boa Morte e uma porta da I Liga abriu-se.

«Ele gostava muito de mim como guarda-redes, fizemos até um torneio na Holanda e as coisas correram muito bem, o Luís falou com o Marco Silva para eu ir ao Estoril e eu fui. Logo no primeiro treino disseram para eu continuar e que se fosse assim todos os dias seria o próximo guarda-redes do Estoril.»

Continuou assim e o contrato surgiu, mas não se concretizou.

«Apresentaram-me um contrato para assinar, mas eles queriam um ano de contrato e os valores... Falei com o senhor Mário Branco, que agora é o diretor do Hajduk Split, e disse que na minha opinião os valores eram injustos para um clube de I Liga. Decidi não aceitar», revelou.

Com Vágner, ex-guarda-redes do Estoril, e o treinador de guarda-redes Luís Henrique Morais

Fechou a terceira janela que se abriu na I Liga, mas explicou: «Não tenho obsessão por jogar na I Liga, quero claro, é um dos meus objetivos, mas não estou obcecado e não era por meia dúzia de tostões que eu ia para lá.»

Rumou à União de Leiria, que militava no Campeonato Nacional de Seniores. A época foi boa até... fevereiro!

«Até fevereiro era muito bom, fiquei espantado. Tínhamos um investidor, só que chateou-se com o João Bartolomeu e saiu. Deixou de haver dinheiro, na altura nós estávamos em segundo lugar. Lembro-me que recebemos o Farense, ganhámos e ficamos a dois pontos do primeiro lugar. Depois dá-se uma grande confusão e nunca mais vimos os ordenados. A partir daí piorou e caímos até ao quinto ou sexto»

O investidor até o queria vender, mas acabou por ficar «agarrado» com a sua saída do clube do Lis.

No final dessa época assinou pelo Atlético, mas nova carambola e nova mudança ainda antes do início de temporada: «Os investidores que nos levaram para lá saíram e entraram outros e os jogadores que eram da outra empresa tiveram de sair. Fiquei sem clube e como tinha um empresário do Norte, por ter jogado na zona norte pelo Madalena, mandou-me para a Suíça.»

Assinou pelo Bellinzona, clube que até tinha estado na Taça UEFA em 2008/09, mas que em 2013/14 estava mergulhado numa profunda crise: «Quando lá cheguei, o clube estava um caos e faliu. Vim outra vez e fui parar ao Montemor à terceira jornada.»

Foi o Facebook que o «safou»: «Foi através do meu colega Ricardo Ramos que jogava comigo na União de Leiria, que viu uma publicação minha no Facebook e perguntou: ‘Mas tu estás sem clube?’. Eu contei a história e ele disse que precisavam de um guarda-redes e disse que ia dar o meu nome.»

Assumiu-se apesar da entrada tardia e regressou a Lisboa para representar o Loures. Daqui foi para o outro lado do mundo, para Macau.

A passagem por Macau e o dérbi Sporting-Benfica asiático

No final de 2013/14 teve uma proposta do Benfica de Macau, mas não aceitou porque tinha acabado de ser pai.

Em 2015 surgiu nova investida de Macau, desta vez do rival Sporting. Aceitou para dar um novo rumo à carreira, que parecia estar a estagnar em Portugal.

«O que me levou a ir foi o poder ir à Liga dos Campeões Asiática, era o que mais me aliciava. Acabámos por não ir, o Benfica de Macau foi campeão, aliás nos últimos anos é a equipa mais forte. O Sporting é a equipa que mais consegue fazer frente, mas infelizmente não conseguimos o objetivo. A experiência em termos individuais correu super bem, adorei», começou por contar.

O futebol em Macau nada tem a ver com o português e começa logo pelos resultados que se verificam:

«Cá consegues ganhar um jogo 1-0, 2-1, 3-2, lá não. Tu consegues dar 8, 10 ,15 16 18. O Benfica de Macau ganhou 16-0 à Casa Portugal, senão me engano. O Benfica é muito evoluído, é a equipa mais forte. É desnivelado.»

A realidade é diferente e o jogo grande entre Benfica e Sporting leva cerca de... 200 pessoas.

«Era bonito quando havia o Sporting-Benfica a fazer relembrar Portugal. É o jogo que leva mais adeptos: 200 talvez, nem isso e em estádios com lotação de 15 a 20 mil pessoas», disse soltando uma gargalhada.

Foto ao serviço do Sporting de Macau

De imediato explica do que gostam os macaenses: «Eles estão mais interessados em jogos de casino do que em futebol. No desporto ligam mais ao Bolinha, é futebol 7. São fanáticos por esse campeonato, vão jogadores de Hong Kong e da China jogar para Macau, porque as equipas chegam a pagar 500 e 600 euros só por um jogo.»

Foi uma época positiva, frisou, e contou-nos o que mais o impressionou.

«Eu acordava todos os dias às 6 da manhã para poder falar com o meu filho, porque cá já era noite, e lembro-me, que quando ia para o ginásio às 7h, 7h30, que os casinos já estavam lotados. Todos os dias era assim, deixava-me maluco, não acreditava no que via.»

O guarda-redes explica também que todos os dias «havia milhões e milhões de entradas de pessoas entre Macau e China por causa do jogo de casino. Na China é proibido e então milhões de pessoas passam a fronteira para jogar».

10 meses depois, «sofridos» pela distância, voltou, assinando pelo Sacavenense, graças a Tuck, que o tinha treinado no Loures e que lhe voltou a dar alegria em jogar.

Agora já há novas sondagens para novo salto, mas ainda nada formal. Hugo Cardoso acredita que vai ser desta:

«Será mais merecido, vou mais experiente, com mais idade. Sinto-me mais capaz de competir ao alto nível do que há quatro anos.»

Aos 29 anos já leva esta história, talvez o futuro próximo revele novos capítulos. Para já continua como o menos batido de Portugal!

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