Domingos Paciência, treinador do Sp. Braga, em declarações na sala de imprensa no final da derrota caseira frente ao P. Ferreira, por 1-2:

«Depois de estar a perder 2-0 ao minuto 17 e da forma como foi, fica muito complicado. Como se não bastasse, tivemos a lesão do Custódio, que acaba por mudar a estratégia de jogo. Não fomos felizes de maneira nenhuma neste jogo. Se há jogo em que se pode falar de sorte e azar é este. Tivemos muito azar e o Paços muita sorte. Demos a vitória ao Paços. Também eu, inclusive, dei a vitória ao Paços. A ansiedade e o nervosismo têm sido prejudiciais. Mas há momentos do jogo em que podemos ser mais felizes. Isso trabalha-se, é verdade. Mas há situações em que a bola vai para entrar e nós a tirámos da baliza. Resta-me como líder e treinador desta equipa continuar a acreditar.»

[Porque assume a culpa?] «Sou eu que os ponho lá dentro. Mesmo havendo lesões e infelicidades, sou eu que escolho os jogadores e assumo a minha quota-parte de responsabilidade. Enquanto estiver aqui defenderei os interesses do clube. Dou o meu máximo para ganhar.»

[Sobre a adaptação de Guilherme] «Tinha mais uma opção, que era o Marco Ramos, que chegou há pouco e não tinha processos assimilados. Também há um jogo importante na quinta-feira. Se o Custodio não puder jogar, só nos resta o Salino. Não tenho nada a apontar aos jogadores, infelicidades acontecem todos. É tão responsável o Guilherme ou o Sílvio, como o Mossoro ou o Meyong, pelos golos que falharam. Também falhei muitos golos e deixei de dar muitas vitórias à minha equipa quando era jogador.»

[Sobre o momento do clube] «Quem segue o Sp. Braga, sabe as dificuldades que temos tido. Não sou milagreiro. A minha luta é fazer com que os jogadores que estão disponíveis e querem alcançar os objectivos, venham comigo. Nem tudo são rosas no futebol. Há momentos menos bons e muitos têm acontecido a este Braga. Quero pedir aos adeptos que continuem a acreditar que é possível ganhar e fazer com que o braga seja maior.»

[Continua com apoio de António Salvador] «Eu acho que sim. O presidente olha pelos interesses do clube. Ele continua a acreditar. É um momento triste para os sócios, mas estamos a seis pontos do 3º lugar. Está muita coisa em aberto. Há 10 jogos para fazer e espero que continuem a acreditar. Os azares não vão acontecer a época toda.»