O presidente do Sporting foi questionado nesta quinta-feira sobre o futuro de Domingos e disse que não iria cometer «disparates» como afastar o técnico, apesar do mau arranque de época. O treinador, em reacção, garante que está cada vez mais confiante no sucesso da equipa.

«Quem acredita no seu trabalho, nas apostas que faz, tem que as levar até ao fim. Se eu um dia decidi treinar este grande clube foi para ter sucessos. Ainda estou, ou melhor, estou cada vez estou mais convencido, de que vamos ter sucesso. É questão de acreditar», disse Domingos, na conferência de imprensa de antevisão da visita ao P. Ferreira.

O próximo desafio é difícil, diz o treinador, e para já o Sporting tem que se concentrar apenas nele, na primeira vitória na Liga, deixando para trás outros objectivos. «O Sporting tem que pensar é que há um jogo para ganhar. Ninguém está contente com o que aconteceu no passado, mas sei que há uma maioria de adeptos que, perante o que se passou nestas três jornadas, sabe que dentro de alguma falta de eficácia, de alguns erros, tudo podia ser diferente. Acho que há muitos sócios que acreditam nesta equipa e que ela pode ser mais forte.»

No mesmo sentido, Domingos comentou palavras de José Mourinho elogiando o seu trabalho, congratulando-se por o treinador do Real Madrid perceber as suas ideias para a equipa: «É evidente que fico contente, porque há uma parte que entende o que foi pensado para esta época. O Mourinho está atento ao futebol português, ainda bem, sabe perfeitamente que um problema destes qualquer jogador um pode passar. Ainda hoje o Scolari disse que estava com dificuldades para fazer a equipa, e tem muito mais anos de experiência que eu. Não é tão fácil como parece.»

«Bom seria que nesta altura tudo fosse diferente, se tivéssemos concretizado algumas oportunidades estaríamos a falar de outras coisas. É uma equipa em construção, com várias nacionalidades, jogadores de vários pontos do mundo, mas estou confiante», prossegue.

De resto, na análise ao P. Ferreira, que mudou de treinador nesta paragem da Liga (Luís Miguel sucedeu a Rui Vitória, que foi para Guimarães), Domingos lembra as dificuldades tradicionais na Mata Real: «O P. Ferreira foi uma equipa que sofreu alterações em relação à última época. Está a consolidar uma equipa. Mas toda a gente sabe que jogar em P. Ferreira é sempre difícil, não pela dimensão do campo, mas pela atitude e entrega que a equipa põe sempre nos jogos em casa e pela mentalidade dos seus jogadores.»