Domingos foi apresentado na manhã desta segunda-feira como treinador do D. Corunha. O técnico português disse que teve outras oportunidades desde que saiu do Sporting, mas preferiu esperar. E diz que quer orientar a equipa para sofrer poucos golos.

Domingos e os portugueses do Depor

A conferência começou com Augusto César Lendoiro, o presidente do Depor, a dizer que quis Domingos como jogador: «Tentámos contratá-lo com o jogador quando estava no Porto, adiantou-se o Tenerife nessa altura. Cumpre-se um pouco essa vontade. Agora conseguimo-lo como treinador, ele que também já é um veterano dos bancos portugueses. Espero que tenha toda a sorte necessária e que tudo dê sorte. Estou convencido de que terá sucesso. Acredito que será um momento difícil do clube, mas vamos superá-lo.»

A seguir, Domingos: «Para mim é um momento especial. Depois de tantos anos ter oportunidade de vir para o Depor é importante. O destino é assim. Venho para tentar fazer o que todos queremos, o nosso objetivo: fazer mais e melhor do que até agora. É importante ficar na primeira. Para isso precisamos do compromisso de todos. Estou aqui com toda a vontade, confiante de que tudo sairá bem.»

O treinador português fala de resto do seu estilo de jogo e do que quer para a equipa. «Gosto que a minha equipa jogue bem, assim estará mais perto de ganhar. Se virem o meu percurso como treinador, as minhas equipas marcam muitos golos, sofrem poucos», afirma: «Uma equipa equilibrada é saber quando tem de defender e atacar. Saber o que fazer quando tem a bola e quando a perde. Não queremos sofrer golos, temos de trabalhar nesse sentido. Precisamos que a equipa seja forte na defesa.»

«Temos de ganhar os próximos jogos, começando já pelo Málaga. Ainda não estive com jogadores, falaremos do próximo jogo a partir de amanhã. Sábado veremos se vou fazer muitas mudanças«, diz ainda domingo, que de resto evitou falar de mercado: «Não vamos falar de mercado agora. Estamos a conversar, estamos a trabalhar. Este não é o momento para conversar sobre isso. Temos de estar juntos neste momento, isso é o mais relevante agora.»

«A vida de um treinador é difícil em qualquer clube. É um orgulho treinar o Depor. Será um prazer fazer um bom trabalho neste clube. Ao aceitar vir é porque estou convencido de que teremos sucesso. Acredito no meu trabalho», diz ainda: «Quero trabalhar, quero estar no ativo numa equipa com história, uma equipa que nos habituou a ter nome em Espanha. Tive outras oportunidades, para outros campeonatos, mas preferi esperar. Quando dizem que o Depor é último, é preciso lembrar que estamos a poucos pontos de mudar para uma posição mais confortável.»