Domingos Paciência, treinador do Sporting de Braga, mostrou-se naturalmente agastado com o desaire da sua equipa na final da Liga Europa, frente ao F.C. Porto (1-0). De qualquer forma, o técnico manifestou orgulho pelo percurso dos arsenalistas, falou de um lance que podia ter mudado o rumo do encontro e considerou ter merecido no mínimo o empate:

«Fica alguma tristeza por não termos conseguido fazer aquilo que poderíamos para ganhar. As diferenças fazem-se num pormenor. Este jogo decide-se em três /quatro momentos: primeiro, numa perda de bola nossa, o F.C. Porto marca e vai para o intervalo a ganhar. Logo após o intervalo, Mossoró podia ter feito o empate. É pena, o Sp. Braga merecia pelo menos o 1-1. O F.C. Porto foi eficaz e nós não»

Qual é o sentimento nesta altura? «Estamos tristes porque alguns destes jogadores têm dois anos de clube e vivemos momentos históricos. Quebra-se aqui um ciclo mas o Braga vai aproveitar para ficar mais forte. Não conseguimos mas estamos orgulhosos do que fizemos. A equipa começou a 29 de Junho, fez 19 jogos internacionais, é um orgulho muito grande pelo percurso que fizemos.»

Tem queixas da arbitragem? «Analisei um lance que podia ter mudado o jogo. O próprio Sapunaru, a partir do momento em que faz a falta, começa até a virar-se para o balneário, sabendo o que fez. O árbitro assim não entendeu.»

Acha que os bracarenses estão frustrados ou orgulhosos? «É natural que haja alguma frustração, porque era possível ganhar, mas as pessoas de Braga devem sentir muito orgulho pelo trajecto desta equipa. É uma prova de que, com grande ambição e muita crença, consegue-se fazer muito.»

Sobre a utilização de Rodriguez e as substituições ao intervalo: O Rodriguez saiu por lesão, sentiu um problema físico. A outra substituição ao intervalo foi por opção. O Hugo Viana era um jogador já com cartão amarelo e tínhamos naturalmente que jogar mais à frente. Não acho que tenha sido um erro colocar o Rodriguez. Até ao momento do erro no lance do golo, ele tinha estado bem. Ganhou os lances em velocidade, no jogo aéreo, não foi por aí.»