A atleta norte-americana Marion Jones submeteu-se na passada quarta-feira a um detector de mentiras, com o intuito de recolher provas em sua defesa. O advogado de Jones vai entregar os resultados à Agência Anti-dopagem dos Estados Unidos (USADA).
«O detector de mentiras desculpa por completo a minha cliente, que se considerou inocente desde o início do caso BALCO», afirmou o advogado da atleta. Jones respondeu «não» às perguntas se alguma vez tinha se dopado e se estava a mentir sobre a resposta que tinha dado à primeira questão que lhe foi colocada. O advogado da atleta já fez saber que pretende que a USADA retire as acusações de doping que recaem sobre a sua cliente.
A norte-americana, que procura, em Atenas, manter os cinco títulos olímpicos conquistados nos Jogos Olímpicos de Sydney, figura entre os atletas dos Estados Unidos que estão a ser ouvidos no âmbito de uma investigação aos laboratórios BALCO, suspeitos de terem criado a tetrahidrogestrinona (THG), um esteroide anabolisante sintético.
O regulamento da USADA prevê que sejam tomadas medidas disciplinares contra atletas, sem que hajam testes positivos, desde que se encontrem provas de terem existido violações do código antidopagem.
Marion Jones, que pretende que as suas amostras voltem a ser analisadas, anunciou recentemente a intenção de recorrer para os tribunais civis, caso a USADA a impeça de viajar para Atenas.