A Rabobank, equipa holandesa extinta no final do ano passado, fez uma utilização continuada do doping entre 1996 a 2012. A revelação foi feita por 11 ex-membros do conjunto, ao diário «NRC Handelsblad».

Dos entrevistados, apenas Thomas Dekker aceitou falar em «on». Thomas garantiu que em 2007 aceitou transfusões de sangue, enquanto competia pela equipe. Admitiu também ter usado EPO durante a carreira, facto pelo qual foi suspenso por dois anos em 2009. 

«Era fácil ser influenciado. O doping estava disseminado. Não houve um voto contra ao uso. O doping sempre foi algo generalizado e fazia parte do nosso trabalho. Sempre pensei que as transfusões de sangue eram o caminho para o sucesso. Todos os grandes competidores faziam isso. Por três vezes, recebi uma transfusão de sangue», revelou Dekker, que competiu pela Rabobank de 2004 a 2008 e hoje compete pela Garmin-Barracuda.

Sob anonimato, outro ciclista disse ao jornal holandês que a Rabobank havia começado a prática em 1996 porque todo a equipa trabalhava com a EPO. No último ano, após as denúncias da USADA contra Lance Armstrong, o banco que patrocinava a equipa decidiu retirar a sua presença no desporto, após alegar que não «estava convencido de que o ciclismo profissional era um esporte justo e limpo». A equipa passou a chamar-se Blanco Pro Cycling Team.