A Agência Mundial Antidopagem (AMA) abriu um inquérito à agência russa antidoping (RUSADA) após ter encontrado dados «incoerentes» nos registos eletrónicos dos controlos do antigo laboratório de Moscovo.

«Os especialistas examinaram e há sinais de alerta do que obtivemos. Existem algumas incoerências, estudámos as diferenças e há questões que necessitam de ser respondidas», referiu o diretor-geral da AMA, Olivier Niggli, esta segunda-feira, em Tóquio, Japão, no final de uma reunião do comité executivo.

A informação, avançada pela AMA, explica que os registos, entregues no início do ano pela agência russa, apresentam incoerências. Agora, Moscovo tem três semanas para dar explicações. A abertura do inquérito e o prazo para resposta já foram confirmadas pela vice-presidente da RUSADA, Margarita Pakhnotskaya, à Associated Press (AP).

A AMA pretende apurar as razões pelas quais os dados entregues não correspondem à cópia antes entregue por um denunciante do esquema. Tudo isto a cerca de dez meses dos Jogos Olímpicos 2020.

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Em janeiro, a entrega dos dados eletrónicos permitiu a saída de uma crise com mais de três anos, a que ditou a suspensão da Rússia após o escândalo vindo a público de esquema generalizado de doping, com conivência estatal. Antes, a AMA exigira à RUSADA a disponibilização dos dados até 31 de dezembro de 2018 – algo que só aconteceu em meados de janeiro – depois de, em setembro de 2018, ter sido levantada a suspensão à agência nacional russa.

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A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) mantém a suspensão da Rússia desde novembro de 2015, com os atletas do país proibidos de participar em competições, com as exceções de participantes com bandeira neutra.