Um ano depois de nascer, o AVS deu à luz uma subida à Liga. Agora, perdeu o treinador responsável pela proeza, mas mantém a base da equipa, a que vai procurando juntar mais opções para corresponder às exigências do primeiro escalão.
O terceiro lugar na II Liga e a vitória sobre o Portimonense no play-off comprovou a ambição do AVS, a SAD que recorreu à licença do Vilafranquense para jogar a II Liga e montou sede em Vila das Aves, a procurar recuperar a herança do extinto Desp. Aves.
Por essa altura já se sabia que não iria continuar Jorge Costa, o treinador que liderou a campanha e saiu para assumir um cargo diretivo no FC Porto. Para lhe suceder, o AVS escolheu Vítor Campelos, um técnico com experiência de Liga.
Para já, o AVS perdeu apenas dois dos jogadores nucleares da época passada, o central Anthony Correia e o médio Benny. Mantém de resto as principais referências, lideradas pelo veterano goleador Nenê, que foi o melhor marcador da Liga na época passada e aos 41 anos continua aí para as curvas.
Quanto a reforços, o AVS promoveu os regressos a Portugal do médio Lucas Piazón e Aburjania, e ainda do lateral Kiki Afonso. Também «pescou» nos campeonatos nacionais, garantindo o lateral Rafael Rodrigues por empréstimo do Benfica e o central Devenish, ex-Rio Ave.
O foco principal foi até aqui na defesa, para onde chegaram ainda os centrais Baptiste Roux e Nacho Rodríguez. Vítor Campelos falou numa abordagem ao mercado feita de trás para a frente e ainda espera mais reforços no setor ofensivo. Entre os alvos que o AVS definiu está Pizzi, o internacional português que deixou Braga no final da época. Seria um nome sonante para juntar à «energia positiva» que Campelos diz ter sentido nas Aves.
Classificação da época passada: 3º II Liga/Vencedor play-off com Portimonense
Melhor classificação: -
Presenças na I Divisão: Estreia
Objetivo: Garantir a permanência na Liga
Vítor Campelos tem a missão difícil de substituir Jorge Costa, o treinador que levou o AVS à Liga na época de estreia do clube. Aos 49 anos, é um treinador com muita experiência, acumulada em vários anos como adjunto, onde trabalhou ao lado de Toni, e como treinador principal no Vitória Guimarães e Moreirense, nos sauditas do Al Taawon e sobretudo no Desp. Chaves, ao longo de três épocas em que levou os transmontanos de volta à Liga e garantiu um sétimo lugar no campeonato em 2022/23. Depois disso assumiu o Gil Vicente, onde não terminou a época. À chegada a Vila das Aves, disse que foi seduzido pelo projeto ambicioso do clube.
Entradas: Rafael Rodrigues (Benfica, empréstimo), Kiki Afonso (Ural) e Cristian Devenish (Rio Ave/Atlético Nacional), Giorgi Aburjania (Hatayspor), Lucas Piazón (Sp. Braga), Ignácio Rodríguez (Liverpool Montevideo, empréstimo), Baptiste Roux (Guingamp).
Saídas: Anthony Correia (Vizela), Fábio Pacheco (Varzim), Edson Farias (Fafe), João Amorim, Benny (Moreirense), Talles Wander (Torreense, empréstimo) e Carlos Daniel (Trofense, empréstimo).
É reforço para o lado esquerdo da defesa e chega à Vila das Aves por empréstimo do Benfica. Internacional sub-21, leva já três temporadas a jogar com regularidade na equipa B das águias, ele que faz parte da equipa que venceu a Youth League em 2022. Estava na órbita da equipa principal, chegou a ser convocado por Roger Schmidt, mas acabou por tomar outro rumo. Aos 22 anos, Rafael Rodrigues decidiu, como disse, que estava na hora de «dar um passo em frente» no objetivo de chegar à Liga e ganhar rodagem, de olho num regresso com mais estatuto à Luz no final da época. Isso significaria, como nota também, que a aposta foi ganha, para ele e para o AVS.