Treinador
Ainda sem treinador oficializado, depois da saída de Tozé Marreco a dois dias da estreia na Liga. Carlos Cunha, treinador da equipa sub-23, deve orientar a equipa no sábado no Dragão, frente ao FC Porto, na 1ª jornada da Liga.
O Gil Vicente vai para a sexta temporada consecutiva na Liga e, se esse percurso inclui o histórico quinto lugar de 2021/22, nas restantes épocas ele ficou marcado por muitas contas até ao fim. O clube propôs-se fazer agora um campeonato mais tranquilo, mas a saída abrupta do treinador Tozé Marreco a dois dias do arranque da Liga, em casa do FC Porto, passa tudo menos a ideia de tranquilidade.
O treinador que terminou a época passada no banco bateu com a porta, aparentemente em discordância com a política de contratações do clube, que passou também por um período de mudanças na direção, com Rui Silva eleito como presidente em junho.
As notícias dos últimos dias não foram animadoras quanto à estabilidade do plantel. Além da saída do central Gabriel Pereira, um encaixe significativo de 5 milhões de euros mas também uma baixa relevantes, também o extremo Murilo, uma das figuras das últimas épocas, deixou Barcelos. Por outro lado, ficou sem efeito a contratação de Umaro Embaló.
Antes disso tinham deixado Barcelos opções como Leonardo Buta, Martim Neto, Alex Pinto, Pedro Tiba ou Alipour.
Na construção do plantel, o Gil Vicente começou por garantir a continuidade de jogadores nucleares, a começar por Félix Correia, agora gilista em definitivo depois de uma época por empréstimo da Juventus. O clube voltou ainda a apostar no mercado espanhol, com opções ofensivas como Santi García, Diego Collado e Javier Aguirre, mais o jovem lateral Marco Fernández. Na defesa, o Gil acrescentou experiência de Liga com as chegadas de Sandro Cruz e Josué Sá, além da aposta no ex-vitoriano Jonathan Mutombo. De Tondela chegou o médio Yaya Sithole, que trabalhou na época passada com Tozé Marreco.
Na pré-época, Tozé Marreco procurou consolidar o trabalho com o plantel, mas esse processo terá de ser feito agora com novo treinador e já com o comboio em andamento.
Classificação da época passada: 12º
Melhor classificação: 5º (em 2021/22 e 1999/00)
Presenças na I Divisão: 23
Objetivo: Permanência, com uma época mais tranquila
Entradas: Marco Fernández (Maiorca), Jonathan Mutombo (Vitória), Diego Collado (Villarreal), Jorge Aguirre (Osasuna), Santi García (Getafe), Sandro Cruz (Desp. Chaves), Josué Sá (Rio Ave, a custo zero), Yaya Sithole (Tondela) e Facundo Cáseres (Farense).
Saídas: Martim Neto (regressa ao Benfica), Leonardo Buta (regressa à Udinese), Afonso Moreira (regressa ao Sporting), Alex Pinto (Arouca), Pedro Tiba (Desp. Chaves), Murilo de Souza, Stanislav Kritsyuk, Ali Alipour (Persepolis), Lucas Barros (Vojvodina), Kiko Pereira (Desp. Chaves), Miguel Monteiro (Oliveirense), Thomas Luciano (Ponte Preta, por empréstimo), Miro (Tondela), Gabriel Pereira (Copenhaga), Murilo (Kyoto Sanga).
O Gil Vicente voltou a explorar o filão espanhol, onde foi buscar vários reforços. A nacionalidade traz a Jorge Aguirre uma associação inevitável com Fran Navarro, o goleador que rumou ao FC Porto no início da época passada e que o clube ainda não conseguiu substituir. O Gil ainda procura mais alternativas, mas nas opções entra agora Aguirre, avançado que fez a formação na Real Sociedad, onde cumpriu várias temporadas na equipa B, tendo ainda uma passagem pelo Mirandés, na II Liga espanhola. Na época passada representou o Osasuna, com cinco golos em 36 jogos.