Maisfutebol

Jogos Olímpicos: a história

1
Atenas 1896

Atenas 1896

13 países
311 atletas
0 portugueses

O francês Pierre de Coubertin sonhou fazer renascer os Jogos Olímpicos da antiguidade e o sonho ganhou vida em 1896. Atenas foi o palco simbólico para a primeira edição daquele que viria a tornar-se o maior evento desportivo mundial e teve em James Brandon Connoly o primeiro campeão e em Spiridon Louis o primeiro herói.

O grego Louis foi o primeiro atleta a vencer a Maratona, prova criada para homenagear o soldado grego Fitipides, que, em 490 AC, percorreu os 40 quilómetros entre Maratona e Atenas para anunciar a vitória dos gregos sobre os persas. A sua preparação para a prova resumiu-se a duas noites de vigília e jejum, completando a prova em 2:58:50 horas.

Nuns Jogos apenas disputados por homens, o norte-americano James Brendan Connoly foi o primeiro campeão olímpico da Era Moderna, ao vencer a prova do triplo salto, com 13,71 metros, dando o primeiro de 11 ouros aos Estados Unidos

 

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Estados Unidos

11

7

2

 20

Grécia

10

17

19

46

Alemanha

6

5

2

13

França

5

4

2

11

Grã-Bretanha

2

3

2

7

Hungria

2

1

3

6

Áustria

2

1

2

5

Austrália

2

-

-

2

Dinamarca

1

2

3

6

Suíça

1

2

-

3

2
Paris 1900

Paris 1900

24 países

997 atletas

0 portugueses

A segunda edição dos Jogos Olímpicos ficou marcada pela estreia de mulheres nas competições, mas o que se sobrepôs foi a forma como a organização tornou o evento um verdadeiro fracasso.

Atenas pretendia acolher a prova permanentemente, mas como a edição de 1896 foi considerada desastrosa e decorria a Guerra de Creta, Paris foi a cidade escolhida. Nesse mesmo ano, Paris recebeu a Exposição Universal, um empreendimento devidamente planeado, organizado e publicitado, que tinha como uma das suas imagens de marca um monumento erguido nesse ano em Paris: a Torre Eiffel.

Os Jogos Olímpicos foram incluídos no programa da Exposição Universal mas foram mal organizados e divulgados e o público não compareceu. Não houve cerimónias de abertura e encerramento nem instalações com condições mínimas para os atletas. A competição arrastou-se durante cinco meses.

A figura foi um homem, mais precisamente um «homem-borracha» como ficou conhecido o norte-americano Ray Ewry, vencedor das provas de salto em altura, salto em comprimento e triplo salto, todas realizadas ainda sem a ajuda do balanço. Mas o seu compatriota Alvin Kraenzlein conseguiu levar mais ouro para casa: (60 e 110 metros, 200 metros barreiras e salto em comprimento com balanço).

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

França

26

41

34

101

Estados Unidos

19

14

14

47

Grã-Bretanha

15

6

9

30

Suíça

6

2

1

9

Bélgica

5

5

5

15

Alemanha

4

2

2

8

Austrália

2

-

3

5

Itália

2

2

-

4

Dinamarca

1

3

2

6

Hungria

1

2

2

5

3
Saint Louis 1904

Saint Louis 1904

12 países

651 atletas

0 portugueses

Quatro anos depois, nova edição dos Jogos Olímpicos desta vez em novo continente: a América do Norte. Só que os erros de Paris repetiram-se.

A competição voltou a integrar a Exposição Mundial e o fracasso foi o mesmo: quatro meses de prova e pouca adesão por parte do público.

Estes Jogos Olímpicos estavam até inicialmente previstos para Chicago, mas o Presidente Roosevelt usou o argumento da comemoração do centenário do Estado do Louisiana para levar a prova para St. Louis.

Para além da desorganização, fica ainda a «mancha» do racismo, já que os organizadores decidiram criar provas distintas para que os brancos não tivessem de se cruzar com os «outros».

Desportivamente, destaque para o maior exemplo de superação que veio do ginasta norte-americano George Eyser, o mais medalhado em St. Louis, com cinco medahas de ouro, apesar de a sua perna esquerda ser uma prótese de madeira.

 

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Estados Unidos

78

82

79

239

Alemanha

4

4

5

13

Cuba

4

2

3

9

Canadá

4

1

1

6

Hungria

2

1

1

4

Grã-Bretanha

1

1

-

2

Grécia

1

-

1

2

Suíça

1

-

1

2

Áustria

-

-

1

1

Equipas mistas

1

1

-

2

   

4
Londres 1908

Londres 1908

22 países

2.008 atletas

0 portugueses

Após duas edições fracassadas, o público reconciliou-se com os Jogos Olímpicos. Roma até era o palco previsto para 1908, mas a erupção do Vesúvio de 1906 mudou o local da competição, já que o governo italiano concentrou as verbas previstas para o evento na ajuda às vítimas.

Os ingleses afastaram os Jogos de qualquer exposição mundial e construíram de raiz e em apenas 10 meses um estádio olímpico.

O grande contra da competição foi o choque entre Inglaterra e Estados Unidos, com os segundos a colocarem em causa a imparcialidade dos juízes anfitriões. Graças a esta polémicas, nas edições seguintes os árbitros passaram a não ser apenas do país que recebia a prova.

A grande história desportiva das Olimpíadas de 1908 deu-se na Maratona. O italiano Dorando Pietri completou a prova no primeiro lugar, depois de vários esgotamentos físicos durante a corrida, mas viu a medalha ser-lhe retirada. Os juízes consideraram que o atleta foi auxiliado por populares para terminar a Maratona e deram a vitória ao norte-americano John Hayes. A raínha Alexandra, sensibilizada com o seu feito, homenageou o atleta no dia seguinte, entregando-lhe uma Taça de Ouro.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Grã-Bretanha

56

51

38

145      

Estados Unidos

23

12

12

47

Suécia

8

6

11

25

França

5

5

9

19

Alemanha

3

5

6

14

Hungria

3

4

2

9

Canadá

3

3

10

16

Noruega

2

3

3

8

Itália

2

2

-

4

Bélgica

1

5

2

8

5
Estocolmo 1912

Estocolmo 1912

28 países

2.407 atletas

6 portugueses

Estes foram os primeiros Jogos Olímpicos com a presença de atletas de todos os continentes e foi também a estreia portuguesa no maior evento desportivo mundial.

Ao contrário das outras quatro edições, a organização sueca foi quase perfeita e introduziu sistemas eletrónicos de cronometragem e medição - entre os quais o «photo finish» -, que evitaram problemas como os de 1908, em que os juízes foram acusados de parcialidade.

Muitas alterações marcaram estes Jogos, já que as mulheres puderam participar pela primeira vez em provas na água e foram medalhadas competições de arte – arquitetura, música, pintura e escultura –, que se mantiveram até 1948, embora não fossem oficialmente reconhecidas pelo Comité Olímpico Internacional.

A figura desta quinta edição foi o ‘índio’ Jim Thorpe. O norte-americano conquistou o ouro no pentatlo e no decatlo, mas ficou sem as medalhas no ano seguinte quando o Comité Olímpico Internacional (COI) descobriu que Thorpe não preenchia o requisito do amadorismo, então essencial para ser olímpico, por ter recebido um punhado de dólares para representar uma modesta equipa norte-americana de basebol. Em 1983, o COI reparou o erro e devolveu as medalhas.

A estreia de Portugal ficou manchada pela trágica morte de Francisco Lázaro. O atleta desfaleceu quando corria a Maratona, devido ao calor. Dos outros cinco atletas nenhum conseguiu uma medalha.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Estados Unidos

25

19

19

63

Suécia

24

24

17

65

Grã-Bretanha

10

15

16

41

Finlândia

9

8

9

26

França

7

4

3

14

Alemanha

5

13

7

25

África do Sul

4

2

-

6

Noruega

4

1

4

9

Canadá

3

2

3

8

Hungria

3

2

3

8

6
Antuérpia 1920

Antuérpia 1920

29 países

2.626 atletas

14 portugueses

Após um interregno de oito anos devido à I Guerra Mundial (a edição de 1916, prevista para Berlim, foi cancelada), os Jogos voltaram em Antuérpia, cidade «mártir» da guerra. Foi uma edição de estreias, que viu hasteada pela primeira vez a bandeira olímpica dos cinco anéis, símbolo da universalidade dos Jogos, e introduzido o juramento olímpico.

As marcas de guerra foram muito evidentes, antes de mais na escassez de espectadores. Na cerimónia de abertura estiveram 5 mil pessoas num estádio com capacidade para 35 mil e a ausência dos países derrotados na Grande Guerra e da recém-criada União Soviética contribuíram para a falta de qualidade dos Jogos Olímpicos.

Apesar da mediocridade dos atletas (alguns dos melhores tinham morrido em combate), destaque para Paavo Nurmi, o «finlandês voador», considerado um dos melhores fundistas mundiais de sempre e que arrecadou em Antuérpia o ouro nos 10.000 metros e no corta-mato, individual e coletivo. Mas aconteceu-lhe o mesmo que ao herói de 1912: foi impedido de participar nos Jogos de 1932, disputados em Los Angeles, sob a acusação de ter recebido dinheiro para participar nalgumas provas nos Estados Unidos.

A norte-americana Ethelda Bleibtrey tornou-se na primeira mulher a vencer três títulos olímpicos, ao conquistar três provas de natação, batendo por cinco vezes o recorde do mundo em Antuérpia. Para a história ficou o sueco Oscar Swahn, que, aos 72 anos, se tornou o mais velho medalhado de sempre, ao vencer a prata numa prova de tiro.

Relativamente aos portugueses, esta foi a segunda edição e pela primeira vez a comitiva nacional esteve perto das medalhas. Foi na espada e faltou apenas uma vitória para chegar ao pódio. A seleção de espada ultrapassou a primeira fase, iniciou a segunda com duas derrotas e uma vitória no último duelo com a França daria pelo menos o terceiro lugar, mas deu empate e Portugal foi quarto na classificação geral.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Estados Unidos

41

27

27

95

Suécia

19

18

24

61

Grã-Bretanha

15

15

13

43

Finlândia

15

10

9

34

Bélgica

14

11

11

36

Noruega

13

9

9

31

Itália

13

5

5

23

França

9

19

13

41

Holanda

4

2

5

11

Dinamarca

3

9

1

13

7
Paris 1924

Paris 1924

44 países

3.089 atletas

28 portugueses

Estes foram os Jogos Olímpicos em que Portugal conquistou a sua primeira medalha. Os cavaleiros Aníbal Borges de Almeida, Hélder de Sousa Martins, José Mouzinho de Albuquerque e Luís Cardoso de Menezes foram os primeiros heróis olímpicos portugueses, ao conseguirem o bronze nos saltos de obstáculos por equipas.

A equipa de espada voltou a ser quarta, mas a exibição ficou ofuscada pela medalha dos companheiros.

Esta foi a segunda oportunidade para Paris, que se redimiu da péssima organização em 1900. A organização foi exemplar e o público esteve presente em massa, enchendo logo na abertura o Estádio Colombes. Foi nesta edição que surgiu um protótipo de Aldeia Olímpica, num projeto que previa apenas algumas «cabanas» junto do estádio, ainda sem cozinhas e zonas de refeições.

Apesar de a Alemanha continuar impedida de participar, consequência da Primeira Guerra Mundial, houve um aumento significativo de países participantes, de 19 para 44. Estes foram ainda os primeiros jogos com transmissão ao vivo para o mundo, via rádio.

Pela segunda edição consecutiva, o finlandês Paavo Nurmi foi uma das grandes figuras dos Jogos e, se em Antuérpia 1920 já dera nas vistas, em Paris1924 tornou-se num ‘monstro’, com mais cinco medalhas de ouro.

Foram também os Jogos em que o americano Johnny Weissmuller ganhou três medalhas de ouro na natação, a que juntaria mais duas em 1928, antes de se tornar Tarzan, o rei da selva, no cinema.

A outra ligação cinematográfica de Paris 1924 é a história do atleta inglês Eric Liddell, contada no filme Chariots of fire (Momentos de glória).

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Estados Unidos

45

27

27

99

Finlândia

14

13

10

37

França

13

15

10

38

Grã-Bretanha

9

13

12

34

Itália

8

3

5

16

Suíça

7

8

10

25

Noruega

5

2

3

10

Suécia

4

13

12

29

Holanda

4

1

5

10

Bélgica

3

7

3

13

26º PORTUGAL

-

-

1

1

8
Amesterdão 1928

Amesterdão 1928

46 Países

2.883 Atletas

32 portugueses

O regresso da Alemanha, a segunda medalha de Portugal e a estreia nacional no torneio de futebol.

Depois de dois quartos lugares nos Jogos de 1920 e 1924, a equipa nacional de espada conseguiu a medalha de bronze com Paulo d’Eça Leal, Mário de Noronha, Jorge Paiva, Frederico Paredes, João Sasseti e Henrique da Silveira.

Foi nesta edição que ressurgiu a chama olímpica, um ritual recuperado da Antiguidade e cada vez com mais impacto e simbolismo. Para além disso passou a haver um desfile de nações com a Grécia a surgir em primeiro lugar, por ser o país dos Jogos da Antiguidade, e os Países Baixos a seguir-se, como país anfitrião.

Em Amesterdão bateu-se o recorde de mulheres presentes (277) e registou-se o primeiro campeão asiático, Mikio Oda, que venceu no triplo salto.

Em relação aos portugueses, a equipa de hipismo foi quarta, descendo um lugar em relação aos Jogos anteriores enquanto a seleção de futebol orientada por Cândido Oliveira foi até aos quartos de final, onde perdeu com o Egito por 2-1. Para chegar aqui bateu Chile e Jugoslávia.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Estados Unidos

22

18

16

56

Alemanha

10

7

14

31

Finlândia

8

8

9

25

Suécia

7

6

12

25

Itália

7

5

7

19

Suíça

7

4

4

15

França

6

10

5

21

Holanda

6

9

4

19

Hungria

4

5

-

9

Canadá

4

4

7

15

33º PORTUGAL

-

-

1

1

9
Los Angeles 1932

Los Angeles 1932

37 países

1334 atletas

6 portugueses

Os Estados Unidos viviam a Grande Depressão, depois do «crash» da Bolsa em 1929, mas mesmo assim avançaram para a organização, naquela que se tornou a mais grandiosa até à data. À semelhança de Paris, os norte-americanos redimiram-se da primeira organização em St. Louis e brilharam, embora tivesse existido uma grande redução de participantes.

Só na cerimónia de abertura estiveram 100 mil pessoas presentes, o que dá noção da dimensão da grandiosidade do evento.

Em termos desportivos, destaque para a norte-americana Mildred Didriksen e o argentino Juan Zabala.

A atleta da «casa» brilhou em várias modalidades: conquistando o ouro em disciplinas tão distintas como os 80 metros barreiras e o lançamento do dardo, além da prata no salto em altura. Já o argentino aproveitou a ausência do castigado Nurmi para se tornar o mais jovem campeão olímpico da maratona, estabelecendo ainda o recorde dos Jogos (2:31.36 horas).

Foi em Los Angeles que se construiu a primeira Aldeia Olímpica, depois do protótipo em Paris. Apesar disso só foi usada pelos homens, enquanto as mulheres foram hospedadas num hotel de luxo.

Esta foi ainda a edição mais curta da prova, com a duração de 16 dias. Entre 1900 e 1928 o evento durou sempre mais de 72 dias. Também a cerimónia de entrega de medalhas teve alterações, com os galardoados a subirem a um pódio e a bandeira do país do vencedor a ser hasteada.

Devido a dificuldades económicas, Portugal só conseguiu levar seis atletas e nenhum deles trouxe medalhas.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Estados Unidos

41

32

30

103

Itália

12

12

12

36

França

10

5

4

19

Suécia

9

5

9

23

Japão

7

7

4

18

Hungria

6

4

5

15

Finlândia

5

8

12

25

Grã-Bretanha

4

7

5

16

Alemanha

3

12

5

20

Austrália

3

1

1

5

 

10
Berlim 1936

Berlim 1936

49 países

3.963 atletas

19 portugueses

Isto é História. Os Jogos Olímpicos que Adolf Hitler usou para propagar a supremacia da raça ariana, mas em que um velocista afro-americano se tornou herói e deitou por terra a doutrina do ditador, que chegou mesmo a recusar-se a entregar medalhas.

Jesse Owens venceu quatro medalhas de ouro, nos 100m, 200m, na estafeta de 4x100m e no salto em comprimento, e estabeleceu novas marcas mundiais. Uma delas quando derrotou na última destas provas o atleta preferido de Hitler: Lutz Long. Owens saltou mais 19 centímetros que o rival (saltou 8 metros e 6 centímetros).

Nestes Jogos fez-se pela primeira vez o percurso da tocha olímpica e foi em Berlim que se estrearam modalidades como basquetebol, andebol e canoagem.

Portugal voltou às medalhas e logo no hipismo, a primeira modalidade que venceu uma medalha para o nosso país. Na prova coletiva de obstáculos, os portugueses conquistaram novo bronze.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Alemanha

33

26

30

89

Estados Unidos

24

20

12

56

Hungria

10

1

5

16

Itália

8

9

5

22

Finlândia

7

6

6

19

França

7

6

6

19

Suécia

6

5

9

20

Japão

6

4

8

18

Holanda

6

4

7

17

Grã-Bretanha

4

7

3

14

32º PORTUGAL

-

-

1

1

11
Londres 1948

Londres 1948

59 países

4.104 atletas

46 portugueses

O regresso dos Jogos 12 anos depois e apenas três anos após o fim da II Guerra Mundial. A grande vitória deste evento foi a organização e a forma como tudo correu na perfeição, com os efeitos da guerra ainda muito presentes. Além das ausências de Alemanha e Japão, os derrotados da guerra, e ainda da URSS, foram ainda uns Jogos com organização espartana, sem novas infra-estruturas e com dificuldades até na alimentação dos atletas. 

Nota para a primeira utilização de uma pisicina coberta e para a primeira vez que as pessoas puderam assistir aos Jogos a partir de casa, pela televisão, ainda que só a nível local. Desportivamente destaque para a holandesa Fanny Blankers-Koen, que se tornou na primeira mulher a conquistar quatro medalhas de ouro numa só edição, ao vencer os 100 e 200 metros, os 80 metros barreiras e a estafeta de 4x100 metros. E para o checo Emil Zatopek, o homem que viria a ser conhecido como a «Locomotiva humana», ouro nos 10000m e prata nos 5000m.

Quem também surpreendeu foi a comitiva portuguesa, que pela primeira vez alcançou duas medalhas: o segundo bronze consecutivo para o hipismo e a primeira prata da história. Foi na vela que se deu o feito, por intermédio de Duarte de Almeida Bello e Fernando Coelho, que só conheceram a sua embarcação já em Inglaterra.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Estados Unidos

38

27

19

84

Suécia

16

11

17

44

França

10

6

13

29

Hungria

10

5

12

27

Itália

8

11

8

27

Finlândia

8

7

5

20

Turquia

6

4

2

12

Checoslováquia

6

2

3

11

Suíça

5

10

5

20

Dinamarca

5

7

8

20

26º PORTUGAL

-

1

1

2

12
Helsínquia 1952

Helsínquia 1952

69 países

4.955 atletas

71 portugueses

Os verdadeiros Jogos globais. As estreias de Israel e da União Soviética marcaram a competição e temeu-se que as rivalidades da Guerra Fria levassem à existência de confrontos no evento. Não aconteceu, nem mesmo com os regressados Japão e Alemanha.

Apesar de não haver confrontos, o clima de «Guerra Fria» fez-se sentir, com a delegação russa e depois todo o Bloco de Leste a recusar a presença na Aldeia Olímpica, preferindo uma residência de estudantes. Em estreia, a União Soviética alcançou o segundo lugar no quadro de medalhas e só não conseguiu destronar os EUA.

Individualmente, destaque para a consagração do checolosvaco Emil Zatopek, que ganhou nos 5.000m, defendeu com sucesso o seu título nos 10.000 e, em seguida, levou sua terceira medalha de ouro na sua primeira vez na maratona, para completar um triplo que permanece único na história olímpica.

Na comitiva portuguesa destaque para a primeira presença de mulheres e para a medalha de bronze dos velejadores Joaquim Mascarenhas Fiúza e Francisco Rebello de Andrade na classe Star.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Estados Unidos

40

19

17

76

União Soviética

22

30

19

71

Hungria

16

10

16

42

Suécia

12

13

10

35

Itália

8

9

4

21

Checoslováquia

7

3

3

13

França

6

6

6

18

Finlândia

6

3

13

22

Austrália

6

2

3

11

Noruega

3

2

-

5

42º PORTUGAL

-

-

1

1

13
Melbourne 1956

Melbourne 1956

72 países

3.314 atletas

12 portugueses

A estreia dos Jogos Olímpicos no hemisfério Sul assistiu à confirmação da União Soviética como grande potência desportiva, líder no quadro de medalhas pela primeira vez.

Esta edição fica manchada pelo boicote de sete países por motivos de ordem política: Espanha, Holanda e Suíça falharam em protesto com a invasão da Hungria pela União Soviética, enquanto Egito, Iraque e Líbano censuravam a tomada do Canal do Suez por Israel, com ajuda de Grã-Bretanha e França, sendo que a China não viajou por ser contrária à presença de Taiwan.

Este clima de tensão refletiu-se no jogo de polo aquático entre a URSS e a Hungria, que se tornou numa verdadeira batalha na água. Este confronto simbolizou a luta dos magiares contra o opressor soviético.

Para além do cenário político, realça-se o facto das provas equestres terem sido realizadas em Estocolmo (Suécia), devido às rigorosas leis australianas de quarentena sobre a entrada de animais.

Quanto a Portugal, uma avaria na embarcação dos velejadores Duarte Almeida Bello e José Bustorff retirou-lhes o pódio, terminando no quarto lugar.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

URSS

37

29

32

98

Estados Unidos

32

25

17

74

Austrália

13

8

14

35

Hungria

9

10

7

26

Itália

8

8

9

25

Suécia

8

5

6

19

Alemanha

6

13

7

26

Grã-Bretanha

6

7

11

24

Roménia

5

3

5

13

Japão

4

10

5

19

14
Roma 1960

Roma 1960

83 Países

5.338 Atletas

66 Portugueses

Os primeiros Jogos com transmissão televisiva planetária tiveram como protagonista Abebe Bikila, o homem que correu descalço para a vitória na maratona e foi o primeiro africano a conquistar ouro olímpico. E assistiram ao nascimento de uma lenda: Cassius Clay, o pugilista adolescente que foi campeão olímpico aos 18 anos no peso meio-pesado, antes de se tornar Muhammad Ali, uma das personagens mais marcantes do séc. XX.

Os Jogos ficaram ainda manchados pela morte do ciclista dinamarquês Knut Jensen, que desfaleceu na estrada e não voltou a acordar. Um caso de ingestão excessiva de estimulantes, o primeiro conhecido de doping olímpico.

Portugal conquistou a sua segunda medalha de prata olímpica, com o segundo lugar dos irmãos Mário e José Quina na vela, classe Star. Foi a única medalha lusa, com a maior delegação até à altura.

Quadro de medalhas

 

Ouro

Prata Bronze Total
União Soviética 43 29 31 103
Estados Unidos 34 21 16 71
Itália 13 10 13 36
Alemanha 12 19 11 42
Austrália 8 8 6 22
Turquia 7 7 - 9
Hungria 6 8 7 21
Japão 4 7 7 18
Polónia 4 6 11 21
Checoslováquia 3 2 3 8
....        
Portugal - 1 - 1

 

15
Tóquio 1964

Tóquio 1964

93 países

5.151 atletas

21 portugueses

A primeira organização asiática dos Jogos, que começou com uma bela homenagem às vítimas das bombas atómicas de Hiroshima e Nagasaki. A bandeira dos Jogos foi transportada na cerimónia de abertura por um jovem que nasceu no mesmo dia em que a bomba de Hiroshima explodiu (6 de agosto de 1945).

Os Jogos que excluíram a África do Sul por causa da política do Apartheid foram marcados pela inovação, sobretudo nas cronometragens, que permitiram contabilizar o derrube de 55 recordes mundiais.

Desportivamente, uma vénia para o etíope Abebe Bikila, que se tornou no primeiro atleta a vencer a maratona olímpica duas vezes.

Portugal ficou novamente fora das medalhas, mas desta vez por...dois segundos. O fundista Manuel de Oliveira esteve quase a conquistar a primeira medalha para o atletismo nacional nos 3.000 metros obstáculos, mas falhou o bronze por dois segundos. Foi o melhor dos 21 discretos portugueses.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Estados Unidos

36

26

28

90

URSS

30

31

35

96

Japão

16

5

8

29

Alemanha

10

22

18

50

Itália

10

10

7

27

Hungria

10

7

5

22

Polónia

7

6

10

23

Austrália

6

2

10

18

Checoslováquia

5

6

3

14

Grã-Bretanha

4

12

2

18

16
México 1968

México 1968

112 países

5.516 atletas

20 portugueses

Foi controversa a decisão de entregar a organização à Cidade do México devido à altitude a que se encontra (2.300m), a qual condicionou algumas provas: recordes em corrida de curta distância, saltos, arremesso e levantamento do peso, mas um desastre nas provas de resistência. O mais extraordinário desses recordes foi o salto de Bob Beamon no comprimento, 8.90 metros que se mantiveram como recorde mundial durante 22 anos.

O evento, que pela primeira vez teve mais de cem países, fica marcado pela força do gesto de dois atletas norte-americanos. Tommie Smith conquistou o título olímpico dos 200 metros, com um recorde do mundo de 19,83 segundos, e o seu compatriota John Carlos foi terceiro. Na subida ao pódio: com o hino norte-americano a tocar no estádio, os dois atletas negros ergueram uma das mãos, de punho cerrado e com luvas pretas calçadas, símbolo do «Black power» (poder negro). Os dois atletas foram excluídos da comitiva norte-americana, mas acabaram por, mais tarde, serem reconhecidos como dois símbolos da resistência negra nos Estados Unidos.

Foi de resto a primeira vez que as duas Alemanhas competiram separadas: depois da guerra e da divisão da Alemanha, de 1956 a 1964, a RDA só tinha sido autorizada a participar integrada com a RFA.

A mais galardoada destes Jogos acabou por ser a ginasta checoslovaca Vera Caslavska, que amealhou seis medalhas - quatro de ouro e duas de prata.

A participação portuguesa foi um fracasso e esteve muito longe dos lugares de medalhas.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Estados Unidos

45

28

34

107

URSS

29

32

30

91

Japão

11

7

7

25

Hungria

10

10

12

32

RDA

9

9

7

25

França

7

3

5

15

Checoslováquia

7

2

4

13

RFA

5

11

10

26

Austrália

5

7

5

17

Grã-Bretanha

5

5

3

13

17
Munique 1972

Munique 1972

121 países

7.134 atletas

29 portugueses

Os Jogos de Munique ficam marcados por um ataque terrorista a seis dias do encerramento do evento. Oito palestinianos entraram na Aldeia Olímpica exigindo a libertação de 200 presos e mataram dois israelitas, fazendo mais nove reféns do mesmo país, que viriam todos a morrer no confronto que se seguiu, já no aeroporto. Um polícia e cinco dos terroristas também morreram.

A competição prosseguiu, depois de algumas horas de interrupção e de uma homenagem às vítimas.

Desportivamente, Mark Spitz, nadador norte-americano de origem judaica, foi a figura maior dos Jogos de Munique, ao conquistar sete medalhas de ouro, com outros tantos recordes do mundo. 

Estes foram também os Jogos que revelaram Olga Korbut, a jovem ginasta soviética de 17 anos que encantou o mundo e conquistou três medalhas de ouro.

Em tempo de Guerra Fria, Munique ficou marcado também pela polémica final do basquetebol masculino entre URSS e Estados Unidos. Uma vitória soviética no limite depois de várias repetições dos segundos finais e muita contestação dos norte-americanos, que recusaram receber as medalhas de prata.

Portugal estreou dois grandes nomes, Carlos Lopes e Fernando Mamede, mas ambos tiveram participações discretas nos seus primeiros Jogos Olímpicos. O melhor resultado da comitiva nacional foi o sexto lugar na vela, na classe Star.

 

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

União Soviética

50

27

22

99

Estados Unidos

33

31

30

94

RDA

20

23

23

66

RFA

13

11

16

40

Japão

13

8

8

29

Austrália

8

7

2

17

Polónia

7

5

9

21

Hungria

6

13

16

35

Bulgária

6

10

5

21

Itália

5

3

10

18

18
Montréal 1976

Montreal 1976

92 países

6.084 atletas

19 portugueses

O regresso de Portugal às medalhas aconteceu no Canadá, 16 anos depois da prata dos irmãos Quina. Carlos Lopes conseguiu a primeira medalha lusa no atletismo e Armando Marques fez o mesmo no tiro.

O fundista do Sporting protagonizou o primeiro grande momento no maior palco desportivo do mundo para o atletismo português nos 10 mil metros, superado apenas nos últimos metros pelo finlandês Lasse Viren. No fosso olímpico, Marques teve de disputar uma finalíssima com o italiano Ubaldesco Baldi (bronze) e somou 189 pratos, menos um do que o vencedor, o norte-americano Donald Haldeman.

Estes Jogos do Canadá ficam marcados pelo boicote de 22 países africanos, encabeçados pela Tanzânia, que decidiram não participar por o Comité Olímpico Internacional (COI) não ter excluído a Nova Zelândia, já que a sua seleção de râguebi furou o boicote à África do Sul, realizando vários particulares em pleno coração do Apartheid.

Desportivamente brilhou uma menina de 14 anos, Nadia Comaneci (Roménia), que conseguiu o primeiro 10 na história da ginástica artística, na prova de barras assimétricas e, posteriormente, na trave, a que juntou um terceiro ouro no concurso geral.

 

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

União Soviética

49

41

35

125

RDA

40

25

25

90

Estados Unidos

34

35

25

94

RFA

10

12

17

39

Japão

9

6

10

25

Polónia

7

6

13

26

Bulgária

6

9

7

22

Cuba

6

4

3

13

Roménia

4

9

14

27

Hungria

4

5

13

22

31º PORTUGAL

-

2

-

2

19
Moscovo 1980

Moscovo 1980

80 Países

5.179 Atletas

11 portugueses

A estreia dos Jogos na União Soviética em plena Guerra Fria assistiu a um boicote em massa liderado pelos Estados Unidos, que teve como pretexto a invasão soviética do Afeganistão. Os Jogos tiveram apenas 80 nações participantes, o número mais baixo desde 1956.

O presidente norte-americano Jimmy Carter proibiu os seus atletas de se deslocarem a Moscovo e mais 67 países subscreveram o boicote, enquanto outros, como a Grã-Bretanha ou a Austrália, deixaram a decisão na mão dos atletas.

Com estas ausências era expectável a supremacia de Leste, mas desportivamente estes foram uns jogos produtivos, com 37 recordes mundiais e 73 olímpicos a «caírem» na capital soviética.

Uma das grandes figuras dos Jogos foi o soviético Aleksandr Dityatin, que conquistou medalhas em todos os eventos de ginástica, tornando-se no primeiro atleta a receber oito medalhas numa só edição dos Jogos (três de ouro, quatro de prata e uma de bronze).

Destaque ainda para a equipa de hóquei em campo feminina do Zimbabué, que recebeu um convite tardio para participar, já que o boicote deixou apenas a URSS com participante nesta prova. Reuniu uma equipa em duas semanas e...ficou com a medalha de ouro.

Portugal levou uma pequena comitiva, sem Carlos Lopes lesionado, ficando longe dos lugares do pódio.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

União Soviética

80

69

46

195

RDA

47

37

42

126

Bulgária

8

16

17

41

Cuba

8

7

5

20

Itália

8

3

4

15

Hungria

7

10

15

32

Roménia

6

6

13

25

França

6

5

3

14

Grã-Bretanha

5

7

9

21

Polónia

3

14

15

32

20
Los Angeles 1984

Los Angeles 1984

140 países

6.829 atletas

38 portugueses

Finalmente «A Portuguesa» nos Jogos Olímpicos! Carlos Lopes regressava ao evento, depois da prata nos 10.000 em 1976 (em Moscovo estava lesionado), e levou o nome de Portugal ao lugar mais alto do pódio. Um país inteiro a ver pela televisão, madrugada dentro, o atleta do Sporting bater o recorde olímpico da maratona (2h09m21s), que se manteve até Pequim 2008, e trazer o primeiro ouro para terras lusas. Note-se que Lopes era o maratonista mais velho em prova.

Carlos Lopes foi o nome maior da comitiva portuguesa, mas não foi o único a trazer medalhas. Rosa Mota estreava-se em Jogos e trouxe o bronze na maratona feminina, sendo a primeira mulher portuguesa medalhada. Para além dos dois, António Leitão conquistou o bronze nos 5.000 metros.

E podiam ter vindo mais medalhas no atletismo, não fosse a desistência de Fernando Mamede na final dos 10 mil metros, ele que era recordista mundial da prova.

Estes Jogos ficam marcados pelo boicote soviético (mesmo assim bateu o recorde de presenças), tal como quatro anos antes os EUA não tinham voado para disputarem as Olimpíadas de Moscovo. Do Bloco de Leste apenas a Roménia furou o boicote e foi deste país que saiu uma das figuras do evento: Ecaterina Szabo.

A ginasta romena foi a mais medalhada dos Jogos com quatro ouros e uma prata, superando os quatro ouros do norte-americano Carl Lewis, que venceu os 100, 200, 4x100 metros e o salto em comprimento, repetindo o feito de Jesse Owens em Berlim 1936.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Estados Unidos

83

61

30

174

Roménia

20

16

17

53

RFA

17

19

23

59

China

15

8

9

32

Itália

14

6

12

32

Canadá

10

18

16

44

Japão

10

8

14

32

Nova Zelândia

8

1

2

11

Jugoslávia

7

4

7

18

Coreia do Sul

6

6

7

19

23º PORTUGAL

1

-

2

3

21
Seoul 1988

Seoul 1988

159 países

8.391 atletas

66 portugueses

De novo tudo reunido nos Jogos: Estados Unidos, União Soviética e as duas Alemanhas. Não houve boicote de nenhuma das potências, mas houve quatro países a falhar o evento por razões extradesportivas. Cuba, Etiópia e Nicarágua juntaram-se à Coreia do Norte na renúncia aos Jogos na Coreia do Sul, que se tinha democratizado recentemente.

Mas o que fica de Seul para Portugal é o triunfo de Rosa Mota. Depois do bronze em 1984, a atleta portuense conseguiu chegar ao lugar mais alto do pódio no final de uma prova que dominou por completo, vencendo com sete minutos de avanço e confirmando o seu estatuto de favorita, já que era campeã do mundo em título.

Estes Jogos ficam marcados pela «batota» de Ben Johnson. O canadiano venceu os 100 metros, batendo o recorde mundial, mas perdeu a medalha por ter acusado positivo no teste anti-doping.

O ténis regressou ao programa olímpico 64 anos depois, permitindo a entrada de profissionais, com a alemã Steffi Graf a «fechar» um ano perfeito em que juntou o ouro olímpico aos quatro torneios do Grand Slam.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

União Soviética

55

31

46

132

RDA

37

35

30

102

Estados Unidos

36

31

27

94

Coreia do Sul

12

10

11

33

RFA

11

14

15

40

Hungria

11

6

6

23

Bulgária

10

12

13

35

Roménia

7

11

6

24

França

6

4

6

16

Itália

6

4

4

14

29º PORTUGAL

1

-

-

1

22
Barcelona 1992

Barcelona 1992

169 países

9.356 atletas

102 portugueses

Os Jogos de Barcelona, os primeiros sem boicotes desde 1972, foram um enorme sucesso desportivo e de organização, numa cidade vibrante que se reinventou para receber o evento e num mundo em mudança profunda e acelerada.

Nos Jogos que se seguiram à queda do muro de Berlim a Alemanha surgiu reunificada, a União Soviética em desagregação deu lugar à Comunidade dos Estados Independentes (CEI), uma designação de transição,  e a África do Sul regressou, após o fim do Apartheid.

Os atletas da Jugoslávia, em plena guerra civil, só puderam participar individualmente, nos Jogos de estreia para algumas nações saídas do novo mapa político mundial, como a Croácia, a Lituânia ou a Letónia.

Para a história fica a «Dream Team» norte-americana no basquetebol, que conquistou o ouro e que teve na diferença de 26 pontos frente a Porto Rico o jogo mais equilibrado. Na final os EUA bateram a Croácia por 117-85.

Com ‘Magic’ Johnson no comando, os norte-americanos tinham ainda no plantel Michael Jordan – vindo do segundo dos seus seis títulos na NBA -, Larry Bird, Charles Barkley, Pat Ewing, Karl Malone, Scottie Pippen, John Stockton, David Robinson, Clyde Drexler, Chris Mullin e o «desconhecido» Christian Laettner, único universitário do conjunto.

Carl Lewis venceu mais duas medalhas de ouro e chegou às oito medalhas na sua conta pessoal.

A comitiva portuguesa, apesar de ter ultrapassado pela primeira vez a centena de atletas, desiludiu e depois dos ouros de Carlos Lopes e Rosa Mota nenhuma medalha veio para Portugal. Numa edição que teve o hóquei em patins como modalidade de exibição, a melhor prestação nacional foi de José Garcia, o primeiro a atingir uma final na canoagem, terminando no sexto lugar em K1 1000m.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

CEI

45

38

29

112

Estados Unidos

37

34

37

108

Alemanha

33

21

28

82

China

16

22

16

54

Cuba

14

6

11

31

Espanha

13

7

2

22

Coreia do Sul

12

5

12

29

Hungria

11

12

7

30

França

8

5

16

29

Austrália

7

9

11

27

23
Atlanta 1996

Atlanta 1996

197 países

10.318 atletas

107 portugueses

Foi polémica desde a atribuição da organização até às falhas quotidianas a edição centenária dos Jogos, que juntou pela primeira vez os 197 comité olímpicos nacionais reconhecidos. A Grécia quis ser a anfitriã, mas ganhou Atlanta, a cidade norte-americana que é sede de uma das grandes patrocinadoras dos Jogos Olímpicos. Ficou célebre a frase de Melina Mercouri, antiga ministra grega do desporto: «A Coca Cola ganhou ao Partenon.» 

E Atlanta deixou muito a desejar. Má rede de transportes, falhas no sistema informático que atrasaram a divulgação de resultados e excesso de zelo da polícia, que mesmo assim não conseguiu evitar um atentado. Uma bomba artesanal explodiu no Parque Centenário, principal local de recreação dos Jogos, matou duas pessoas e feriu mais de cem. O responsável, um radical de extrema-direita, só foi apanhado sete anos depois.

Nuns Jogos Olímpicos que acolheram mais de duas dezenas de novos países, entre eles os que saíram da desagregação da União Soviética, desportivamente os EUA foram os melhores, com destaque para Michael Jonhson e Carl Lewis.

O primeiro venceu os 200m e os 400m, algo que nunca ninguém tinha conseguido na mesma edição, batendo mesmo o recorde da prova mais curta, com 19,32 segundos. Só Bolt derrubou esta marca em 2008. Lewis conquistou pela quarta vez consecutiva o ouro olímpico no salto em comprimento, uma proeza incrível, terminando o seu percurso olímpico com nove medalhas, o máximo no atletismo até esta altura a par do finlandês Nurmi.

Portugal voltou ao lugar mais alto do pódio olímpicos através do ouro de Fernanda Lopes nos 10 mil metros, ela que era campeã da Europa e do Mundo na distância. A maior comitiva nacional de sempre conseguiu ainda um bronze por intermédio de Hugo Rocha e Nuno Barreto, na vela, na classe 470.

O futebol português voltou a ser olímpico depois de uma única presença em 1928 e ficou no quarto lugar, perdendo por 5-0 com o Brasil no jogo de atribuição da medalha de bronze. Na estreia do voleibol de praia, a dupla Miguel Maia/João Brenha também ficou muito perto do pódio, terminando no quarto lugar.

 

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Estados Unidos

44

32

25

101

Rússia

26

21

16

63

Alemanha

20

18

27

65

China

16

22

12

50

França

15

7

15

37

Itália

13

10

12

35

Austrália

9

9

23

41

Cuba

9

8

8

27

Ucrânia

9

2

12

23

Coreia do Sul

7

15

5

27

47º PORTUGAL

1

-

1

2      

24
Sydney 2000

Sydney 2000

199 países (mais quatro timorenses como Atletas Individuais)

10.651 atletas

62 portugueses

O regresso dos Jogos ao hemisfério Sul, depois de Melbourne em 1956, para uma edição vibrante. Este evento tem um momento marcante logo a abrir, já que foi a descendente de aborígenes Cathy Freeman a acender a tocha olímpica, num ato encarado com um pedido de desculpas dos australianos pela dominação e quase extinção da etnia indígena do continente. A atleta ganharia o ouro nos 400m dias depois.

É em Sydney que nasce o fenómeno da natação Ian Thorpe, que aos 17 anos venceu três medalhas de ouro. A atleta norte-americana Marion Jones conquistou cinco medalhas (três de ouro e duas de bronze nas provas de velocidade e no comprimento), mas viria a perdê-las, depois de se ter visto envolvida num escândalo de doping nos EUA que ficou conhecido como o caso Balco e de ter confessado que usou o esteróide tetrahidrogestrinona (THG) entre setembro de 2000 e julho de 2001.

Estes foram os maiores Jogos de sempre, com a entrada de três novos comités em relação a 1996: Palau, Micronésia e Eritreia. Comparando com Atlanta 96, só o Afeganistão, sob o regime talibã, ficou de fora.

Portugal trouxe duas medalhas para casa, igualando o registo de 1996, mas sem chegar ao ouro. Desta vez, Fernanda Ribeiro ficou-se pelo bronze nos 10 mil metros, enquanto Nuno Delgado conquistou o mesmo galardão no judo, na categoria de -81 kg. Foi a primeira medalha portuguesa nesta modalidade.

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Estados Unidos

40

24

33

97

Rússia

32

28

28

88

China

28

16

15

59

Austrália

16

25

17

58

Alemanha

13

17

26

56

França

13

14

11

38

Itália

13

8

13

34

Holanda

12

9

4

25

Cuba

11

11

7

29

Grã Bretanha

11

10

7

28

68º Portugal

-

-

2

2

25
Atenas 2004

Atenas 2004

201 Países

10.625 atletas

82 portugueses

«Welcome home» era o slogan de Atenas 2004. As Olímpiadas regressavam à casa-mãe 108 anos depois da edição inaugural e ditaram um recorde de audiências televisivas.

A Grécia escolheu adequadamente os locais das provas. Lembra-se da história de Fidípides, o soldado que deu origem à Maratona? Nesta edição os atletas percorreram o mesmo percurso que ele tinha feito para anunciar a vitória dos gregos sobre os persas. Este foi apenas um exemplo.

Novamente todos os Comités participaram, com o regresso do Afeganistão e a inclusão da Sérvia e Montenegro, que sucedeu à Jugoslávia. Apesar dos atrasos na construção das infra-estruturas, o evento foi um sucesso.

Foi em 2004 que apareceu Michael Phelps. Com as suas seis medalhas de ouro e mais duas de bronze o nadador norte-americano fixou um recorde de medalhas ganhas em apenas uma edição.

Uma referência para a Argentina, que voltou a conquistar medalhas de ouro 52 anos depois: as seleções de futebol e de basquetebol venceram os respetivos torneios, e logo no mesmo dia.

A comitiva nacional trouxe três medalhas: Francis Obikwelu ganhou a prata nos 100m, Sérgio Paulinho conquistou também prata no ciclismo e Rui Silva, nos 10 mil metros, garantiu o bronze.

Portugal voltou a estar representado no futebol, numa equipa que tinha o então adolescente Cristiano Ronaldo mas caiu logo na primeira fase. 

Países

Ouro

Prata

Bronze

Total

Estados Unidos

36

39

26

101

China

32

17

14

63

Rússia

28

26

36

90

Austrália

17

16

17

50

Japão

16

9

12

37

Alemanha

13

16

20

49

França

11

9

13

33

Itália

10

11

11

32

Coreia do Sul

9

12

9

30

Grã Bretanha

9

9

12

30

60º Portugal

-

2

1

3

26
Pequim 2008

Pequim 2008

204 países

10.942 Atletas

77 portugueses

A China acolheu mais uma edição espetacular dos Jogos e construiu duas belas infra-estruturas para receber as competições: o estádio «Ninho de Pássaro» para o atletismo e o «Cubo de Gelo» para a natação.

Duas belas obras que serviram de palco para duas enormes proezas, as de Michael Phelps e Usain Bolt. O nadador tinha conquistado oito medalhas em 2004 e melhorou a sua marca no Oriente, ganhando oito medalhas de ouro, batendo de caminho sete recordes mundiais e um olímpico. Tornou-se assim o atleta que mais medalhas de ouro conquistou numa só edição.

O velocista jamaicano tornou-se o «homem mais rápido do mundo» ao vencer os 100m e os 200m, batendo os recordes mundiais em ambas as distâncias. Bolt ganhou ainda o ouro na estafeta de 4x100m.

Foi também em Pequim que a Argentina, com Lionel Messi, revalidou o título de campeã olímpica de futebol.

Portugal trouxe do Oriente duas medalhas. Nélson Évora voltou a levar o hino nacional aos Jogos com o ouro no triplo salto, tornando-se o quarto campeão olímpico português, depois de Carlos Lopes, Rosa Mota e Fernanda Ribeiro.  Vanessa Fernandes ficou com a prata no triatlo.

País

Ouro

Prata

Bonze

Total

China

51

21

28

100

Estados Unidos

36

38

36

110

Rússia

23

21

29

73

Grã Bretanha

19

13

15

47

Alemanha

16

10

15

41

Austrália

14

15

17

46

Coreia do Sul

13

10

8

31

Japão

9

6

10

25

Itália

8

9

10

27

França

7

16

18

41

46º Portugal

1

1

-

2

27
Londres 2012

Londres 2012

204 países

10.768 atletas

76 portugueses

Quatro anos depois e a história repetiu-se: Michael Phelps e Usain Bolt foram as figuras!

O atleta norte-americano saiu da reforma para os seus quartos Jogos da carreira e tornou-se o mais medalhado de sempre ao alcançar o incrível registo de 22 medalhas, superando a marca que perdurava há quase 50 anos e que pertencia à ginasta soviética Larissa Latinyna.

Phelps conquistou em Londres o ouro nos 200 metros estilos e nos 100 metros mariposa (terceira vez consecutiva a ganhar estas provas). Depois ajudou os EUA a vencer os 4x200 metros livres e os 4x100 metros estilos e estreou-se a vencer medalhas de prata nos 200 metros mariposa e nos 4x100 metros livres. Anunciou nova reforma mas... voltaria em 2016.

Quanto a Bolt, o jamaicano voltou a ganhar três medalhas de ouro, nas mesmas provas de 2008, com recorde olímpico nos 100 metros (9,63) e um recorde mundial na estafeta (36,84).

Em Londres, Portugal voltou a desiludir e só trouxe uma medalha: a dupla de canoístas Fernando Pimenta e Emanuel Silva conquistou a prata em K2 1.000 metros. Conseguiu de resto nove posições de diploma (até ao oitavo lugar), três delas na canoagem. Destaque ainda para os quintos lugares no remo  no ténis de mesa por equipas

Pos

País

Ouro

Prata

Bronze

Total

1

Estados Unidos

46

29

29

104

2

China

38

27

23

88

3

Grã-Bretanha

29

17

19

65

4

Rússia

24

26

32

82

5

Coréia do Sul

13

8

7

28

6

Alemanha

11

19

14

44

7

França

11

11

12

34

8

Itália

8

9

11

28

9

Hungria

8

4

5

17

10

Austrália

7

16

12

35

69

Portugal

-

1

-

1

28
Rio 2016

Rio 2016

207 países*

11.238 atletas

92 portugueses

Os primeiros Jogos Olímpicos na América do Sul assistiram ao último capítulo de duas das maiores lendas da história olímpica, Michael Phelps e Usain Bolt. Viram nascer outra estrela, Simone Biles. E deram ao anfitrião Brasil o título que lhe faltava no futebol – o ouro olímpico, conquistado por uma seleção liderada por Neymar.

Depois de meses de controvérsia em torno da organização, num país a atravessar mudanças sociais e políticas, os Jogos Olímpicos do Rio ficaram também marcados pela exclusão de mais de uma centena de atletas russos por doping, bem como pela estreia de uma equipa de refugiados.

No fim de contas foram uma enorme festa, com grande nível desportivo – foram batidos 27 recordes do mundo e houve muitos momentos memoráveis. Michael Phelps voltou atrás na decisão de abandonar a competição, para se despedir em grande. O nadador norte-americano conquistou seis medalhas, cinco de ouro, que o deixaram isolado no mais alto lugar do Olimpo. Desde a estreia em 2000, aos 15 anos, somou 28 medalhas, 23 de ouro, mais do que qualquer outro atleta na história.

A pista do Rio também foi o palco das últimas corridas olímpicas de Usain Bolt. O relâmpago jamaicano venceu uma vez mais os 100m, 200m e 4x100m, provas de que é ainda hoje o recordista mundial. Tornou-se o único atleta a ganhar o ouro nas disciplinas de velocidade em três Jogos Olímpicos consecutivos.

Foram ainda os Jogos que revelaram Simone Biles, a ginasta que venceu quatro medalhas de onze e uma de bronze, outra das estrelas da delegação norte-americana, que liderou o quadro de medalhas.

Portugal teve uma delegação de 92 atletas, a segunda maior de sempre depois de Atlanta 1996, mas conseguiu apenas uma medalha, o bronze ganho por Telma Monteiro no judo. Ainda assim somou 11 lugares de final, correspondentes aos oito primeiros e a diploma olímpico, numa edição em que esteve presente também no futebol, onde ficou pelos quartos de final.

*Incluindo Equipa de Atletas Independentes e Equipa de Refugiados

Pos

País

Ouro

Prata

Bronze

Total

1

Estados Unidos

46

37

38

121

2

Grã-Bretanha

27

23

17

67

3

China

26

18

26

70

4

Rússia

19

17

20

56

5

Alemanha

17

10

15

42

6

Japão

12

8

21

41

7

França

10

18

14

42

8

Coreia do Sul

9

3

9

21

9

Itália

8

12

8

28

10

Austrália

8

11

10

29

78

Portugal

0

0

1

1

29
Tóquio 2020

Tóquio 2020

206 países*

11.319 atletas

92 portugueses

Os melhores Jogos Olímpicos de sempre para Portugal foram vividos sob a sombra da pandemia. A competição foi adiada por um ano e decorreu com fortes restrições e sem espectadores nas bancadas, mas Tóquio não deixou de fazer a festa.

O caso de doping a envolver a Rússia, acusada de um plano estatal de promoção da dopagem, teve novas repercussões. Acabou por ser permitida a presença de atletas russos, mas sem poderem usar o nome do país, substituído pela sigla do Comité Olímpico Russo, ROC.

Tóquio introduziu várias modalidades, mas para lá do basebol, do softbol e do karaté foram os desportos urbanos as apostas ganhas, com estreias de sucesso para o skate, o surf e a escalada.

No atletismo, sem Usain Bolt, foi o italiano Marcell Jacobs o homem mais rápido na pista, vencedor dos 100m, enquanto a jamaicana Elaine Thompson-Herah fez história ao tornar-se a primeira mulher a revalidar os títulos olímpicos dos 100m e 200m. A competição ficou ainda marcada pelo gesto de desportivismo do italiano Gianmarco Tamberi e do qatari Mutaz Barshim, que optaram por partilhar o outro no salto em altura.

Na natação, já não houve Michael Phelps e houve outro norte-americano a brilhar - Caeleb Dressel somou cinco medalhas de ouro – mas a grande protagonista foi a Emma McKeon, que liderou a consolidação da Austrália como grande potência da modalidade, ao somar sete medalhas e igualar o recorde de uma mulher numa única edição dos Jogos Olímpicos, que pertencia à ginasta soviética Maria Gorokhovskaya.

Os Jogos de Tóquio ficaram marcados também pela decisão da ginasta Simone Biles, a grande estrela da modalidade, de abandonar a meio da competição, em nome da sua saúde mental, levando o mundo a debater o tema.

Portugal ganhou quatro medalhas, mais do que em qualquer outra edição dos Jogos Olímpicos. Pedro Pichardo foi ouro no triplo salto, a disciplina onde Patrícia Mamona levou a prata. Fernando Pimenta subiu ao pódio pela segunda vez em Jogos Olímpicos, com o terceiro lugar em K1 1000m, enquanto Jorge Fonseca levou também o bronze no judo. Destaque ainda para a seleção de andebol, que garantiu o primeiro apuramento português numa modalidade coletiva de pavilhão e terminou no nono lugar.

*Incluindo ROC (Equipa do Comité Olímpico Russo), Equipa de Atletas Independentes e Equipa de Refugiados 

Pos

País

Ouro

Prata

Bronze

Total

1

Estados Unidos

39

41

33

113

2

China

38

32

19

89

3

Japão

27

14

17

58

4

Grã-Bretanha

22

20

22

64

5

ROC

20

28

23

71

6

Austrália

17

7

22

46

7

Países Baixos

10

12

14

36

8

França

10

12

11

33

9

Alemanha

10

11

16

37

10

Itália

10

10

20

40

56

Portugal

1

1

2

4

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