Classificação da época passada: 4º
Melhor classificação: 2º (2009/10)
Presenças na I Divisão: 68
Objetivo: Intrometer-se entre os três primeiros
Aos 39 anos, Daniel Sousa assume em Braga o maior desafio da sua carreira, que é curta como número 1 mas já leva muitos anos de experiência junto ao relvado e vem de um trabalho notável em Arouca. Formado em desporto na Universidade do Porto, o encontro com André Villas-Boas na Académica deu início a uma ligação de dez anos ao agora presidente do FC Porto. Primeiro como analista e depois como treinador-adjunto, Daniel Sousa acompanhou Villas-Boas em Inglaterra, na Rússia, na China e em França. A sua primeira experiência como treinador principal foi em Barcelos, de onde é natural, a garantir a manutenção do Gil Vicente na Liga. Na época passada, chegou em novembro a Arouca, quando a equipa estava em último lugar, com seis pontos em 11 jornadas, e terminou no sétimo lugar. Consumada a saída de Artur Jorge para o Brasil, o Sp. Braga rapidamente avançou, no decorrer da época passada, para aquele que é um dos mais promissores treinadores da nova geração nacional.
Entradas: João Marques (Estoril), Gabri Martínez (Girona), Robson Bambu (Nice), Bartlomiej Wdowik (Jagiellonia Bialystok), El Ouazzani (Guingamp), Thiago Helguera (Nacional Montevideo), Roberto Fernández (Málaga) e Bright Arrey-Mbi (Hannover).
Saídas: Cher Ndour (regressa ao PSG), José Fonte (Casa Pia), Cristian Borja (Club America), Rony Lopes, Pizzi, Abel Ruiz (Girona), Álvaro Djaló (At. Bilbao), Rodrigo Gomes (Wolverhampton), André Lacximicant (Estoril) e Lucas Piazón (AVS).
O Sp. Braga tem procurado olhar para cima e ser mais do que o líder do pelotão de perseguidores aos três eternos candidatos ao título. Depois do quarto lugar da época passada, que terminou também com a conquista da Taça da Liga, voltará a tentar este ano, partindo de muitas mudanças. Desde logo no banco, com a chegada de Daniel Sousa, mas também com muitas caras novas, depois de um número também alargado de saídas.
O projeto arsenalista passa por tentar equilibrar a ambição desportiva com a necessidade de gerar receita, o que levou uma vez mais às transferências de jogadores importantes como Álvaro Djaló ou Abel Ruiz e de promessas como Rodrigo Gomes. Também saiu Borja, que não renovou contrato, e há mais negócios iminentes, desde logo os de Banza e André Horta, embora no caso do médio tenha abortado a saída em definitivo para o Olympiakos. Deixaram igualmente Braga jogadores que foram apostas na época passada numa lógica de injetar experiência e estatuto na equipa, como José Fonte, Pizzi ou Rony Lopes.
Na abordagem desta época ao mercado, o clube seguiu até aqui uma linha diferente, apostando na contratação de jogadores mais jovens, potencial para Daniel Sousa trabalhar. Ele que ganhou experiência, sim, mas ao seu lado no banco, com a integração na equipa técnica de Maxi Pereira, o antigo lateral uruguaio com muitos anos de futebol português ao mais alto nível.
O Sp. Braga também resolveu o diferendo contratual com Roger Gomes que levou ao afastamento no final da época passada do jovem extremo, um «reforço» agora com contrato renovado.
Daniel Sousa preparou a época no contexto particular de um arranque prematuro. A entrada do Sp. Braga nas eliminatórias preliminares da Liga Europa tornará a temporada necessariamente muito longa, o que pode passar fatura mais à frente, como já admitiu o treinador. Para já, os primeiros sinais são positivos, com uma primeira eliminatória europeia muito competente.