Esta é a terceira vez que a Ucrânia participa no Campeonato da Europa, mas a primeira que vence o grupo e que garante o apuramento direto, sem precisar de passar por um playoff. Conseguir isso ficando à frente dos campeões da Europa, Portugal, torna tudo ainda mais marcante.
Foi um grande passo em frente da Ucrânia, que agora quer continuar a fazer história e passar a fase de grupos. Existe a convicção de que isso é possível, tendo em conta a evolução tática da equipa. O selecionador, Andriy Shevchenko, apostou num 4x4x3 na fase de apuramento, mas após a pandemia começou a testar um sistema de três centrais, que pode também ser opção.
Todo o modelo de jogo é construído em redor de dois médios criativos: Oleksandr Zinchenko (que joga como defesa no Manchester City) e Ruslan Malinovskyi (Atalanta). Contam ainda com a companhia do rochedo Taras Stepaneko, do Shakhtar Donetsk.
Na frente tudo dependerá muito da inspiração de Roman Yaremchuk, do Gent.
A baliza talvez seja o setor mais forte, com Georgiy Buschan, do Dinamo de Kiev, a perfilar-se como provável titular, apesar da concorrência do experiente Pyatov, ou do jovem Trubin, que roubou a titularidade a Pyatov no Shakhtar.
Os adeptos têm elevadas expectativas, mas o selecionador insiste na ideia de que isso não se consegue da noite para o dia: «O objetivo mínimo é passar o grupo. Temos equipa boa, jovem, e se tivermos a equipa preparada, sem lesões, podemos consegui-lo.»
Existem algumas nuvens no horizonte, contudo: a Ucrânia empatou os três primeiros jogos da fase de apuramento para o Mundial2022, e o futuro de Shevchenko parece incerto. Ele já admitiu, de resto, que gostaria de treinar em Itália, no futuro. «Quando a minha experiência com a seleção terminar, gostaria de treinar um clube. Agora estou no focado na seleção e na preparação do Euro, mas depois vou ver, viu pensar», assumiu.
Para já o foco está nos Países Baixos, Áustria e Macedónia do Norte. A Ucrânia sente a possibilidade de fazer história.