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V. Guimarães: os marcos de 100 anos de história

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Vitória Sport Clube (Foto Vitóriasc.pt)

As origens na Chapelaria Macedo

O Vitória nasceu do entusiasmo de um grupo de jovens estudantes que jogavam à bola e se reuniam em tertúlia na Chapelaria Macedo, propriedade de António Macedo Guimarães, comerciante que «tinha sido jogador, treinador e árbitro em Lisboa quando fez o serviço militar», como conta Raúl Rocha, autor do livro dos 75 anos do Vitória e antigo dirigente do clube, que faz com o Maisfutebol esta viagem por aqueles primeiros tempos. A loja ficava lado a lado com a Torre da Alfândega, a torre onde estão inscritas as palavras «Aqui nasceu Portugal». Em que dia foi formalmente criado o clube, não é claro até hoje. Nem sequer por que razão foi fixada a data de 22 de setembro. «Há umas comemorações em 1942 e essa é a primeira vez que se marca o 22 de setembro. São várias das pessoas que tinham feito a fundação em 1922 que terão referenciado essa data porque terá havido alguma decisão, alguma reunião informal. Mas não há nenhum documento», diz Raúl Rocha: «Eu costumo dizer que o Vitória não nasceu num dia, nem num mês, nem num ano claro. Foi-se criando nessa época. Até porque antes de 1922 já há relatos escritos de campos em que havia jogos do Vitória.» A primeira referência que se conhece na imprensa a um jogo do Vitória é de dezembro de 1922, quando o jornal Ecos de Guimarães fala de um «match» «com uma seleção poveira um tanto estrupiada». O equipamento branco e preto terá sido definido desde logo, a avaliar pelas primeiras imagens disponíveis.

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V. Guimarães

A casa às costas, o emblema e o primeiro distrital

Os primeiros jogos do Vitória aconteceram no Campo da Atouguia, mas desses anos fica ainda a memória de outros recintos com existência breve: o Campo José Minotes, convertido a partir de um hipódromo mas reclamado de volta pelo proprietário pouco tempo depois, e ainda o Campo da Perdiz. «Cinco anos, três campos. E há períodos no meio disto que não há campo nenhum, porque acaba um e não tem logo outro. Daí a casa às costas», observa Raúl Rocha. O clube passou também por várias fases, incluindo uma cisão e posterior fusão com o Atlético Sport Clube, dedicado a outras modalidades, antes de um período de inatividade, na transição para a década de 1930. «Entre 1928 e 1931 o Vitória não tem grande existência. Nem participou no campeonato da AF Braga», nota Raul Rocha. Depois, o clube ganhou nova vitalidade. Foi então que ganhou o emblema que perdura até hoje, criado por Mário Cardoso. «Era uma figura de Guimarães, capitão do exército e um artista, mais tarde arqueólogo, que resolve desenhar o emblema do Vitória. Define que é preto e branco, porque já achava que Portugal era um país de todas as raças, por causa das colónias, e desenha a figura do Afonso Henriques. Quando o Vitória se reorganiza, em 1931, aproveita esse desenho e passa a ser o emblema oficial.» Essa reorganização passou também pela construção de um novo campo: o Benlhevai, no centro de Guimarães, o recinto que ancorou a crescente paixão da cidade pelo clube e onde jogaria por muitos anos, até 1945. É lá que o Vitória vence o Sp. Braga por 1-0, em março de 1934, ganhando vantagem para, com o nulo no jogo da segunda mão, conquistar pela primeira vez o campeonato Distrital de Braga, logo frente ao vizinho e rival de sempre.

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Vitória Sport Clube 1941 (Foto Blog Glorias do Passado)

A primeira de 78 épocas na I Divisão

Entre 1936 e 1947 o Vitória venceu onze vezes consecutivas o campeonato distrital. Pelo meio, tornou-se o primeiro clube minhoto a chegar à I Divisão. Conseguiu-o em 1942, época em que a prova foi alargada para 12 equipas. Depois de se sagrar campeão distrital, superou uma última barreira vencendo o União Lamas, campeão distrital de Aveiro, por 6-4, num jogo que se disputou no Campo da Constituição, no Porto. Estreou-se na I Divisão a 18 de janeiro de 1942, vencendo o Olhanense por 4-0 e terminando esse campeonato na 11ª posição. Manteve-se no primeiro escalão por 14 temporadas consecutivas, até descer em 1955. Regressou três anos depois, para continuar ininterruptamente por cinco décadas, até à bem mais recente despromoção em 2006. Tudo somado, é o quarto clube com mais presenças na primeira divisão, atrás apenas dos chamados três grandes. Logo em 1942 o clube chegou também pela primeira vez à final da Taça de Portugal, num percurso em que afastou Estoril, Sp. Espinho e venceu na meia-final o Sporting de Peyroteo, por 2-1. Na final, que se disputou no Estádio do Lumiar, em Lisboa, o Belenenses venceu por 2-0.

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Vitória Sport Clube (Foto Vitóriasc.pt)

Anos 60, década dourada e estreia europeia

Os anos 60 são o período «de grande consolidação» do Vitória, como observa Raúl Rocha. O clube atingiu nova dimensão, tirando também partido do filão brasileiro, que levou para Guimarães nomes como Ernesto Paraíso, Carlos Alberto, Caiçara e sobretudo Edmur, que se tornou em 1960 o primeiro jogador do clube – e o primeiro estrangeiro – a sagrar-se melhor marcador do campeonato. Foi um momento marcante, recorda Raúl Rocha. «Lembro-me dessa cerimónia, com as equipas perfiladas. No Campo da Amorosa, o Coronel Ribeiro dos Reis, do jornal A Bola, veio a Guimarães entregar a Bola de Prata ao Edmur.» Ao longo de três épocas no clube, Edmur marcou 60 golos em 73 jogos pelo Vitória. Saiu para o Celta Vigo e voltou no final da carreira à cidade. Em 2007, a sala de troféus do Vitória foi batizada em sua homenagem. Na temporada 1960/61, o Vitória chegou pela primeira vez ao quarto lugar. E esse foi também um marco na história do clube, diz Raul Rocha: «Durante muitos anos o futebol português era dominado por Benfica, Sporting, Porto e Belenenses. Nessa altura o Belenenses está a cair e havia uma grande discussão sobre quem ia ser o quarto grande. Quando o Vitória chega ao primeiro quarto lugar é uma coisa muito marcante.» Seguiu-se nova presença na final da Taça de Portugal, perdida para o Sporting, em 1962/63, e ainda mais dois quartos lugares, em 1963/64 e 65/66. Em 1968/69, o Vitória chegou pela primeira vez ao terceiro lugar na Liga, atrás apenas de Benfica e FC Porto. O que lhe valeu, na época seguinte, a estreia nas competições europeias. Os empresários da cidade deram tolerância de ponto aos trabalhadores para que pudessem apoiar o clube. Naquela tarde de 10 de setembro de 1969, o Vitória equipou de preto para receber os checos do Banik Ostrava na primeira eliminatória da Taça das Feiras, antecessora da Taça UEFA. Venceu em casa por 1-0, com golo do avançado Carlos Manuel. Três semanas mais tarde, em Ostrava, o empate a uma bola e confirmou o apuramento. Seguiu-se o Southampton e, apesar do empate a três golos em Guimarães, a derrota por 5-1 em Inglaterra ditou o fim da primeira aventura europeia do clube.

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Vitória Sport Clube (Foto Vitóriasc.pt)

Casa definitiva, ribanceira abaixo

O Vitória tornava-se definitivamente um símbolo da cidade e consolidava o seu lugar no futebol português, numa década de 60 dividida por dois estádios. A partir de 1946, o Campo da Amorosa sucedeu ao Benlhevai, que já era literalmente curto para a dimensão do clube. «Os jornais desportivos criticavam a Federação por autorizar jogos no Benlhevai, porque era muito estreito, tinha as linhas laterais muito coladas à grande área. Por causa também da seleção, diziam que os jogadores portugueses habituavam-se a jogar em campos daqueles e depois iam para os estádios da Europa, que eram mais largos, e perdiam», conta Raul Rocha. A Amorosa começou por ser uma solução provisória mas durou 20 anos, até à construção do então Municipal de Guimarães. Que resulta também, diz Raul Rocha, da pressão para o clube ter um campo relvado. É inaugurado em 1965, com uma vitória sobre o Belenenses. Mas ainda a meio gás. Tanto que os jogadores tinham de continuar a equipar-se na Amorosa, um pouco mais acima. «No primeiro jogo só há relvado. Nem há bancada ainda, nem balneários. Os jogadores equipavam-se na Amorosa, desciam a ribanceira e iam jogar abaixo. As bancadas vão sendo construídas e só em 1970 ou 1971 é que há balneários no estádio. O próprio árbitro tinha de subir a ribanceira ao intervalo para ir descansar para a cabina.» No início dos anos 90 a autarquia cedeu o estádio ao clube. E em 1995 os sócios aprovaram o nome definitivo do estádio. Dom Afonso Henriques foi a designação vencedora, entre quatro propostas. Mais tarde, o estádio foi remodelado para ser um dos palcos do Euro 2004.

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Paulinho Cascavel (Foto Vitóriasc.pt)

As grandes memórias de 1986/87

A década de 80 é de boas memórias na afirmação do Vitória como referência no futebol português, com ponto alto em campo na temporada 1986/87. Com Marinho Peres no banco e uma equipa que tinha referências como Costeado, Ademir, Basaúla, NDinga e, claro, Paulinho Cascavel lá na frente, o clube chegou ao terceiro lugar na Liga e avançou eliminatória a eliminatória na Taça UEFA, até aos quartos de final. Superado o primeiro obstáculo, os checos do Sparta Praga, seguiu-se o Atlético Madrid. Em Guimarães, um penálti de Paulinho Cascavel e um golo de Roldão nos minutos finais garantiram uma vitória histórica (2-0). Milhares de adeptos viajaram até Madrid, onde a derrota no Vicente Calderón (1-0), com o guarda-redes Jesus no papel de herói a defender um penálti e o Vitória reduzido a dez, não impediu o apuramento e uma receção da equipa em apoteose. Nos oitavos de final o adversário foi o Groningen e o Vitória deu a volta à derrota por 1-0 trazida dos Países Baixos, vencendo em casa por 3-0. Nos quartos de final, a derrota na Alemanha (3-0) abriu caminho à eliminação do Vitória frente ao Borussia Moenchengladbach, selada com um empate a duas bolas na segunda mão. No campeonato, o Vitória andou a discutir a liderança nessa época e para a memória fica a visita às Antas com 20 mil adeptos do clube, a dobrar a primeira volta, num jogo que terminou empatado a dois golos. O clube assegurou o terceiro lugar e Paulinho Cascavel foi o melhor mercador desse campeonato, além de ter figurado entre os melhores marcadores da Taça UEFA nessa temporada, com cinco golos. Leia aqui as memórias do avançado que tinha chegado a Portugal para o FC Porto e saiu no final dessa temporada para o Sporting, depois de marcar 60 golos em duas épocas no Vitória.

 

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Supertaça: V.Guimarães venceu há 25 anos

A Supertaça nas Antas em 1988

O Vitória voltou a chegar à final da Taça de Portugal em 1987/88. O vencedor foi o FC Porto, também campeão nacional, pelo que em setembro as duas equipas voltaram a defrontar-se na Supertaça. Na sua estreia na competição, o Vitória venceu por 2-0 em casa, com golos de Décio e NDinga. Foi num Estádio das Antas apinhado que defendeu a vantagem na segunda mão e segurou a conquista do primeiro troféu nacional da sua história, depois do 0-0 final. Protagonista nessa decisão foi Neno, dono da baliza vimaranense e referência de sempre do clube a que voltou, depois de representar o Benfica, e a que ficou ligado até falecer prematuramente, no ano passado. Em 2013, o antigo internacional português falou ao Maisfutebol sobre as emoções dessa Supertaça, destacando o enorme apoio dos adeptos nas Antas e a forma como não guardou qualquer recordação daquele momento, porque ofereceu a camisola do jogo e no meio da euforia atirou as luvas para a bancada. Recorde também aqui as memórias do capitão António Carvalho.

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Estádio do Guimarães

2006, o pesadelo da descida

Ao longo dos anos 90, o V. Guimarães somou várias presenças nas competições europeias e um novo terceiro lugar, em 1997/98, potenciando de caminho muitos jovens talentos para o futuro do futebol português, uma longa lista que inclui nomes como Paulo Bento, Pedro Barbosa, Fernando Meira ou Pedro Mendes. Foi um período em que o clube concluiu também a aposta em infraestruturas, com a inauguração do complexo desportivo ou do pavilhão, um espaço para as modalidades que contribuíram também para o palmarés do Vitória, nomeadamente com o título nacional no voleibol, em 2008, ou as conquistas da Taça de Portugal de basquetebol. No futebol, a viragem do século trouxe uma fase de maior irregularidade. E em 2006 aconteceu a descida à II Liga. O quinto lugar na época anterior colocara o Vitória na fase de grupos da Taça UEFA, mas essa participação terminou sem qualquer vitória e no último lugar, atrás de Sevilha, Zenit, Bolton e Besiktas, numa temporada em que a espiral negativa resultou mesmo na despromoção. Ela ficou consumada numa última jornada de enorme pressão, com várias equipas a lutar pela permanência. O Vitória, que precisava de vencer e dependia de outros resultados, sofreu uma derrota caseira frente ao Estrela Amadora. Foram horas de muita tensão, com adeptos a visarem a equipa e intervenção policial ao longo da noite. Recorde aqui como se viveu essa jornada de pesadelo em Guimarães

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Flávio Meireles (V. Guimarães) em luta com Derdyok (Basileia) na luta pelo acesso à Champions

2008, o sonho desfeito da Champions

Durou apenas uma época a passagem pela II Liga. Impulsionado pelos adeptos - teve de longe a maior assistência do segundo escalão, com mais de 20 mil espectadores em média no Dom Afonso Henriques – o Vitória terminou o campeonato no segundo lugar e garantiu o regresso à Liga. Em estilo. Na época seguinte arrancou para uma campanha que só terminou no terceiro lugar, o quarto da história do clube, e valeu a primeira presença no acesso à Liga dos Campeões. O adversário na terceira pré-eliminatória foi o Basileia, que saiu de Guimarães com um nulo. Na Suíça, o Basileia liderava por 2-1 quando aos 86m um desvio de cabeça de Roberto introduziu a bola na baliza. O árbitro não validou, depois de o assistente apontar um fora de jogo que não existiu, num tempo em que ainda não havia VAR. O Vitória foi eliminado de forma amarga, depois de um lance que motivou até um lamento de Michael Platini, então presidente da UEFA, e envolveu ainda um encontro tenso entre a comitiva vitoriana e os elementos da equipa de arbitragem na manhã seguinte, no aeroporto. Terminava assim aquela que é até hoje a única presença do Vitória no caminho para a Liga dos Campeões.

 

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A longa noite branca de Guimarães

2013: a Taça de Portugal chega a Guimarães

Esta viagem termina com a maior conquista dos 100 anos do Vitória. Em 2012/13, a equipa orientada por Rui Vitória não conseguiu melhor que um nono lugar no campeonato, mas no final festejou como nunca. Depois de superar Vilaverdense, V. Setúbal, Marítimo, Sp. Braga e Belenenses, marcou lugar no Jamor para disputar pela sexta vez a final da Taça de Portugal. Pela frente tinha o Benfica de Jorge Jesus. A fechar uma época em que perderam o campeonato na reta final e também a final da Liga Europa, os «encarnados» adiantaram-se no marcador à meia hora de jogo, num golo de Nico Gaitán. Mas nos dez minutos finais o Vitória deu a volta, com golos de Soudani e Ricardo Pereira. Foi longa a espera, mas o clube conquistava finamente a prova-rainha do futebol português. A festa tinha começado na romaria à mata do Jamor e só terminou madrugada dentro, com a equipa a percorrer a cidade num autocarro panorâmico e recebida por um mar de gente no Largo do Toural. Recorde aqui como foi essa noite branca em Guimarães.

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