Data de nascimento: 18/04/1990
Clube: Juventus
Posição: Guarda-Redes
O indiscutível número 1 na baliza. O antigo jogador do Arsenal está na posição desde que Czeslaw Michniewicz assumiu a seleção, e tem revelado grande confiança. Aos 32 anos já tem o recorde de internacionalizações de um guarda-redes (66), número ao qual chegou contra Gales, em setembro, com uma grande exibição. Há espaço para melhorar, no seu quinto torneio, especialmente no que toca ao primeiro jogo. No Euro 2012 foi expulso, quatro anos depois lesionou-se, e no Mundial da Rússia cometeu um erro terrível.
Data de nascimento: 8/8/1997
Clube: Aston Villa
Posição: Lateral Direito
Houve muito ceticismo quando saíram notícias de que Cash queria jogar pela Polónia. Seria aceite pelos colegas, já que não falava a língua e nunca tinha visitado o país? É verdade que conhecia a gastronomia, como o pierogi polaco, dado a conhecer pela mãe, Barbara, e a verdade é que a integração foi melhor do que alguém podia esperar. Antes da estreia, sob o comando de Paulo Sousa, visitou alguns jovens jogadores na embaixada polaca, e ele e a sua família impressionaram toda a gente. Sempre a sorrir – como na ocasião em que visitou o estádio nacional pela primeira vez – , aumentou o estatuto desde de um início algo nervoso.
Data de Nascimento: 4/11/1987
Clube: Legia Varsóvia
Posição: Defesa
Agora com 35 anos, o versátil defesa dá muito à equipa, na opinião do selecionador: «Acredito nas suas qualidade, na sua experiência e no seu carisma, mas acima de tudo acredito que ainda pode ajudar a equipa. Trabalhei com ele e nunca me desapontei. Haverá muitos jogadores mais velhos no torneio. A idade não é um problema, para mim», justificou. Jedrezejczyk assinou inicialmente pelo Legia em 2006, mas após vários empréstimos e uma passagem pelo Krasnodar, da Rússia, regressou ao fim de uma década. Estreou-se pela seleção em 2010, e pode desempenhar qualquer tarefa na defesa, se a oportunidade assim surgir.
Data de nascimento: 11/2/1997
Clube: Clermont Foot 63
Posição: Defesa Central
Adaptou-se bem à Ligue 1, no Clermont Foot, proveniente do Legia Varsóvia. O selecionador nacional é um admirador seu, depois de se terem conhecido nos sub-21 da Polónia. Michniewicz gosta particularmente do facto de Mateusz ser bom com a bola nos pés. Mostra a sua melhor versão quando joga numa linha de três centrais, mas ainda há reservas quanto à sua capacidade para jogar ao mais alto nível. O seu único jogo pela seleção antes do Mundial foi a desastrosa derrota por 6-1 frente à Bélgica, em Bruxelas, em junho. Será suplente no Qatar.
Data de nascimento: 12/4/1996
Clube: Aston Villa
Posição: Defesa Central
Após cinco anos no Southampton, sentiu que precisava de novo desafio. Tem mais de 100 jogos na Premier League – mais do que qualquer outro polaco na história da competição –, mas a sua relação com o treinador Ralph Hassenhüttl tinha-se tornado um pouco difícil. Teve duas ofertas – do Aston Villa e West Ham – e escolheu o primeiro, convencido pelos planos de Gerrard. Algumas semanas depois Gerrard foi despedido e Bednarek tem agora de impressionar o novo treinador, Unai Emery. Um titular certo na Polónia junto de Glik, se estiver em boas condições físicas.
Data de nascimento: 4/1/1998
Clube: Birmingham
Posição: Médio
A maior parte dos polacos concorda que, em boa condição física, Bielik devia ser titular. Infelizmente as lesões perseguem o talentoso médio desde os seus dias no Arsenal, mas está no Mundial depois de uma boa sequência de jogos. No último verão foi praticamente forçado a mudar de clube, caso quisesse jogar o Mundial, uma vez que o selecionador disse que não o convocaria se estivesse no Derby County, da terceira divisão. Médio moderno, bom a receber e distribuir, juntou-se ao Birmingham por empréstimo, até ao fim da época.
Data de nascimento: 28/2/1994
Clube: Juventus
Posição: Ponta-de-lança
Aclamado na Europa, Milik tem uma impressionante carreira. Marcou 47 golos pelo Ajax, 48 pelo Nápoles e 30 pelo Marselha. E esta época tem sido um dos melhores jogadores de uma Juventus em dificuldades. Mas a sua carreira internacional é outra história. Perdeu o Euro 2020 por lesão e jogou apenas uma vez no Mundial 2018. Milik foi importante na qualificação para o Euro 2016, mas desde o torneio disputado na França marcou apenas um golo por ano pela Polónia. «Espero que o azar tenha acabado», disse o avançado canhoto. Por vezes demasiado criticado, ainda tem muito a provar.
Data de Nascimento: 16/6/1995
Clube: AEK Atenas
Posição: Médio
Fez as manchetes em setembro do ano passado, quando um cabeceamento em período de compensação evitou a vitória inglesa e deu um ponto à Polónia, em jogo de apuramento disputado em Varsóvia. O jogador de 27 anos selou a presença no Qatar com exibições consistentes no AEK. «Tem jogado muito bem, recentemente, e a sua equipa está em segundo lugar na Grécia», justificou. Damian está na Grécia desde 2020, sendo que anteriormente representava o Akhmat Grozny, da Rússia. Estreou-se pela seleção em setembro de 2018.
Data de nascimento: 21/8/1988
Clube: FC Barcelona
Posição: Ponta-de-lança
O melhor jogador polaco do século XXI, e para muitos o melhor de sempre. Pode ser comparado apenas a Wlodzimierz Lubanski, Kazimierz Deyna e Zbigniew Boniek, e é o recordista de presenças e golos pela Polónia. O capitão estreou-se há 14 anos, sob o comando de Leo Beenhakker, e tornou-se na figura mais importante e influente do futebol polaco, ainda que lhe falte saborear o sucesso na seleção. O seu maior êxito foi chegar aos quartos de final no Euro 2016. É também o estrangeiro com mais golos na Bundesliga (312). Após oito anos no Bayern de Munique mudou-se para o Barcelona, no verão passado. O seu sonho é ganhar a Liga dos Campeões com os catalães e conquistar a Bola de Ouro. Foi quarto este ano e segundo no ano anterior.
Data de nascimento: 29/1/1990
Clube: Al Shabab
Posição: Médio defensivo
Um dos mais experientes na seleção: este será o seu quarto grande torneio. Está à beira da centésima internacionalização. Antigo jogador do PSG, venceu a Liga Europa pelo Sevilha, mas, após abandonar a liga russa, passou os últimos meses com os sauditas do Al Shabab. Isto trouxe preocupações relativamente ao rendimento do Mundial. Fora dos relvados tem grande interesse em moda e tem a sua própria loja de roupa.
Data de nascimento: 8/6/1988
Clube: Pogon Szczecin
Posição: Médio/Extremo
Um dos melhores extremos polacos do século, e um dos mais experientes da seleção. Grosicki jogou por 86 vezes na seleção, até entrar na lista para o Mundiall, e marcou 17 golos e fez 24 assistências. Depois de muitos anos em França e Inglaterra (Rennes, Hull e West Brom), cumpriu a promessa de voltar ao 'seu' Pogon Szczecin. Joga pelo clube desde 2021 e ainda é um dos melhores jogadores do campeonato. Na seleção tem agora, porém, um papel mais reduzido. O Mundial no Qatar será o último grande torneio para o carismático 'Grosik'.
Data de nascimento: 5/5/1991
Clube: Bolonha
Posição: Guarda-Redes
Teve azar, na medida em que surgiu numa altura em que a Polónia tem uma grande escolha de guarda-redes, com Artur Boruc, Wojciech Szczęsny e Łukasz Fabiański. Mas depois da retirada de Fabianski tornou-se no número 2 da seleção, e não desilude quando tem oportunidade, tal como no último jogo na Liga das Nações, frente aos Países Baixos, no qual as suas defesas valeram um ponto. De todos os polacos na Serie A, é talvez o que se tornou mais 'italiano'. Alguns dos colegas dizem que é mais fácil falar com ele em italiano do que em polaco. Raramente faz manchetes nos jornais, mas é apreciado em Itália, e a 'Gazzetta dello Sport' uma vez escreveu: «Numa colina perto de Bologna está a basílica de São Lucas e o clube também confia num santo com o mesmo nome na sua baliza». Será o seu primeiro grande torneio.
Data de nascimento: 5/6/2002
Clube: Wolfsburgo
Posição: Médio
Outro produto da formação do Lech Poznan. Extremo esquerdo destro,o Wolfsburgo pagou 10 milhões de euros por ele no verão passado. Fez a sua estreia na seleção com Paulo Sousa, em setembro de 2021, frente a São Marino. Pareceu nervoso, no entanto, e teve de esperar até junho por outra oportunidade. Contra Gales, na Liga das Nações, saiu do banco e marcou um golo muito importante, no jogo que a Polónia acabou por vencer por 2-1. «Sonho jogar contra o Messi, que, na minha opinião, é o melhor jogador da história», disse, antes do Mundial.
Data de nascimento: 15/2/2000
Clube: Spezia
Posição: Defesa Central
Colega de Dragowski no Spezia, o central de 22 anos faz parte da nova geração de defesas polacos. Cresceu na Bélgica e formou-se no Anderlecht, mas o clube dispensou-o, e pelo que Jakub chegou a Itália via MSK Zilina, da Eslováquia, onde rapidamente ganhou fama de 'novo Milan Skriniar'. Tal como este último, está agora em Itália, e a levantar ondas no Spezia, despertando interesse de clubes como AC Milan, Juventus e West Ham, pelo que o Mundial pode proporcionar a revelação a nível internacional.
Data de nascimento: 3/2/1988
Clube: Benevento
Posição: Defesa Central
Agora no Benevento, na Serie B, o veterano defesa ainda pode ser influente e jogar a um nível alto pela seleção. De facto, é insubstituível em termos de liderança e mentalidade, como mostrou no play-off de março, no qual a Polónia derrotou a Suécia, por 2-0. Foi muito graças a Glik que a Polónia não sofreu golos, tendo em conta que foi magnífico, apesar de jogar quase todo o jogo lesionado. Mas Glik é assim mesmo, e a piada na Polónia é que alguém teria de lhe cortar as pernas para o tirar do campo. Mesmo aos 34 anos parece indestrutível. Não fala muito, mas as suas ações falam muito alto no campo.
Data de nascimento: 23/1/1997
Clube: Charlotte FC
Posição: Ponta-de-lança
Um dos 'jogadores designados' da MLS (pelos quais os clubes estão permitidos a exceder o teto salarial), Swiderski marcou 10 golos em 30 jogos esta época, pelos Charlotte FC. Antes disso passou três anos no PAOK, marcando 35 vezes em 134 jogos. Na seleção, contudo, é bem mais prolífico. Tornou-se uma figura importante sob o comando de Paulo Sousa, e manteve a veia goleadora com o atual selecionador, Czeslaw Michniewicz. Alguns dos seus oito golos em 17 jogos foram muitos importantes para garantir o Mundial. 'Swiderek' é um dos favoritos dos adeptos, que acreditam que a sua parceria com Lewandowski no ataque será crucial.
Data de nascimento: 25/9/1997
Clube: Fiorentina
Posição: Médio
Estreou-se pela Polónia em março deste ano, após anos difíceis. É o tipo de jogador que corre 90 minutos por jogo e, se lhe pedissem, corria mais 90 depois. A eficácia é uma das suas maiores forças, mas depois de um empréstimo de sucesso ao Empoli, na época passada, está a ter dificuldades em conquistar a titularidade na Fiorentina. É justo dizer que será melhor na ajuda à defesa do que a atacar.
Data de nascimento: 12/7/1992
Clube: Sampdoria
Posição: Lateral Direito
Um dos mais experientes da seleção, teve bastantes altos e baixos ao longo dos anos. Era titular frequente com Paulo Sousa, mas Matty Cash apareceu e tirou-lhe o lugar. Significa isto que Bereszynski se tornou o bombeiro da seleção, tapando os buracos quando tem de o fazer, como no jogo decisivo do play-off, em março, no qual jogou na esquerda e manteve Dejan Kulusevski ofuscado na vitória por 2-0. Está com a Sampdoria desde 2017, mas há rumores frequentes de que pode rumar a um clube maior, como a Roma. Pode estar pronto para um novo desafio no verão.
Data de nascimento: 10/5/1999
Clube: Feyenoord
Posição: Médio
Foi sempre identificado como um grande talento, desde que começou no Legia, e parece que se sente em casa nos Países Baixos, tendo abandonado o Dínamo de Moscovo e a Rússia após o início da guerra na Ucrânia. A liga neerlandesa parece perfeita para a sua criatividade. É naturalmente ofensivo, um criativo que gera oportunidades com a sua grande capacidade de passe. Com o bónus de jogar em várias posições. Fez parte da seleção que jogou o Euro sub-21 há uns anos, com Czeslaw Michniewicz no comando.
Data de nascimento: 20/5/1994
Clube: Nápoles
Posição: Médio/Médio ofensivo
«Talvez um dia as coisas mudem e Zielinski comece a mostrar todo o seu potencial», foi o veredito do antigo selecionador, Jerzy Brzęczek. E talvez isso esteja a acontecer. O jogador de 28 anos está a fazer uma época tremenda com o Nápoles, e é o criativo do país. De facto, tem sido tão importante que se tornou difícil perceber onde estaria a seleção sem ele. Os adeptos adoram a sua habilidade. Os seus pais gerem um orfanato e Zielinski ajuda sempre que pode.
Data de nascimento: 23/1/2002
Clube: AS Roma
Posição: Extremo
«Nicola é um dos jogadores mais talentosos da próxima geração, em Itália», disse a lenda polaca, Boniek, depois da temporada-revelação do jogador de 20 anos, na Roma. Surgiu do nada para criar impacto na equipa de José Mourinho que venceu a Liga Conferência. Depois disso o selecionador, Paulo Sousa, deu-lhe a estreia na Polónia, e após os mais recentes jogos, em setembro, Czeslaw Michniewicz admitiu que montou a equipa de forma a beneficiar as virtudes de Zalewski. Um jogador direto e bom no drible, que pode causar o caos na maior parte das defesas.
Data de nascimento: 8/1/1999
Clube: Copenhaga
Posição: Guarda-Redes
Um dos favoritos do treinador e talvez, daqui a alguns anos, o Liverpool se arrependa de ter aberto mão dele. Depois de alguns empréstimos com o Aarhus, o guarda-redes de 23 anos juntou-se ao Copenhaga e foi parte integral – com 25 jogos sem sofrer golos – da equipa que ganhou o campeonato e jogou na Liga dos Campeões. Falou-se de uma transferência para o Nápoles, no verão, mas uma grave lesão no rosto impediu isso. Brilhou duas vezes contra o Manchester City na Liga dos Campeões esta época: no primeiro jogo fez 12 defesas e no segundo impediu a máquina de Pep Guardiola de marcar, o que não acontecia desde abril. Faz parte da nova geração polaca de guarda-redes e não será surpresa se um dia voltar à Premier League com um papel mais importante.
Data de nascimento: 1/7/1995
Clube: Salernitana
Posição: Ponta-de-lança
Conhecido como o 'pistoleiro', Piatek tem as características de um «one-season wonder». Em 2018/2019 marcou 30 golos em 42 jogos pelo Génova, que tinha investido 4.5 milhões de euros nele. Seis meses depois foi vendido ao AC Milan por 35 milhões de euros (talvez o melhor negócio na história do Génova). Mas as coisas só pioraram para Piatek: marcou 16 golos pelo AC Milan antes de ser vendido ao Hertha Berlim, no qual as coisas não lhe correram bem. Está a tentar reinventar-se na Salernitana, em Itália, onde se sente mais feliz do que na Alemanha. Na seleção é suplente de Lewandowski, pelo que raramente joga, mas se tiver uma oportunidade raramente desilude.
Data de nascimento: 5/6/2002
Clube: Lens
Posição: Médio/Ala
Joga no Lens com dois compatriotas: Adam Buksa e Lukasz Poreba. O ala dinâmico pode jogar em qualquer um dos flancos. Nascido em Gdansk, 'Franek' passou cinco anos no Jagiellonia Bialystok, antes de ser vendido aos Chicago Fire. Após dois anos e meio na MLS, regressou à Europa em 2021. Teve um início impressionante pelo Lens e tornou-se importante na equipa da Ligue 1. Pela seleção teve muitos minutos sob o comando de Paulo Sousa, e assistiu um dos golos de Lewandowski contra a Suécia, no Euro 2020.
Data de nascimento: 4/6/1998
Clube: Augsburgo
Posição: Lateral Direito
Depois de Lewandowski sair para o Barcelona, Gummy tornou-se o primeiro polaco a marcar nesta edição da Bundesliga, apesar de ser lateral direito. Estabeleceu-se no Augsburgo depois de um início difícil, como ele próprio admite. É titular no clube e contribui com golos e assistências, sendo muito versátil. Pode jogar na direita, na esquerda e no centro da defesa, o que são boas notícias para o selecionador Czeslaw Michniewicz.
Data de nascimento: 15/2/2000
Clube: Lech Poznan
Posição: Médio/Extremo
Tem sido uma das revelações do futebol polaco. Antes, estava na sombra de Jakub Kamiński, que marcava mais golos, e era o líder do meio-campo do Lech Poznan. Depois da chegada do novo treinador, John van der Brom, a carreira de Skoras disparou. O extremo de 22 anos já tem mais golos esta época do que em todas as outras, no Lech. «Depois do Kuba sair, pensei ‘ok, é a minha vez’, mas ainda não jogo ao nível que espero de mim próprio», diz o jogador que se estreou pela seleção em setembro, saindo do banco frente aos Países Baixos.
Textos de Tomasz Wlodarczyk, Radoslaw Przybysz e Maciej Luczak, que escrevem para o Meczyki.