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Países Baixos: as jogadoras

1
SARI VAN VEENENDAAL (getty)

SARI VAN VEENENDAAL

Data de Nascimento: 03.04.1990

Posição: Guarda-redes

Clube: PSV

Sari van Veenendaal é capitã das Oranje Leeuwinnen há muitos anos e é alguém que o resto do grupo admira – dentro e fora do campo. Ela lidera pelo exemplo e pelas palavras, e quando fala no abraço de grupo, no pré e no pós-jogo, esta é invariavelmente a mensagem que passa: «Juntas somos fortes.»

Voltou em 2020 aos Países Baixos, para jogar no PSV, depois de cinco anos no estrangeiro (quatro no Arsenal e um no Atlético Madrid), para poder estar mais perto da família. «Prefiro estar nos Países Baixos», disse. «De outra forma não estamos presentes nos momentos que queremos partilhar. Isso por vezes é um grande sacrifício.» 

Vencedora da Luva de Ouro no Mundial 2019, ela continua a querer ser a melhor do mundo, mas não é uma daquelas jogadoras que acham que o futebol é tudo. No Arsenal, por exemplo, ela partilhou casa com pessoas de fora do meio, incluindo uma professora, para se manter em contacto com o resto da sociedade.

2
ANIEK NOUWEN (getty)

ANIEK NOUWEN

Data de Nascimento: 09.03.1999

Posição: Defesa Central

Clube: Chelsea (Inglaterra)

Uma de várias jogadoras talentosas que se afirmaram na seleção no último ano. É grande fã do PSV, o seu antigo clube, e do Chelsea, onde joga atualmente. Em criança, esteve em Stamford Bridge a ver jogar a sua equipa inglesa favorita – e Alex, o seu antigo ídolo no PSV.

«Sou defesa central e jogo à esquerda ou à direita. Sou uma jogadora física, forte, rápida e sei fazer um bom passe», disse quando assinou pelas Blues em 2021. A sua primeira época não podia ter corrido melhor, com a equipa de Emma Hayes a vencer a "dobradinha".

Opção permanente na seleção desde os Jogos Olímpicos, ela é uma grande fã do TikTok, embora admita que é má dançarina. “Não sou muito boa, é só para me divertir”, disse ao canal de Youtube do Chelsea.

@anieknouwen

Want ik ga tantoe lekker!!

♬ Tantoe Lekker - Antoon & Big2
3
STEFANIE VAN DER GRAGT (getty)

STEFANIE VAN DER GRAGT

Data de Nascimento: 16.08.1992

Posição: Defesa Central

Clube: Ajax

Uma das duas jogadoras da seleção com um filho a correr pela casa (a outra é Sherida Spitse). Van der Gragt é uma mãe orgulhosa da sua filha, Noé Linn. Ela cresceu numa família que adora futebol e todas as suas três irmãs jogaram também. Uma delas, Ashley, também tinha muito potencial, mas rompeu os ligamentos cruzados por cinco vezes e acabou por aceitar que tinha de parar. O pai, Fred, até treinou a equipa local, mas parou ao fim de um ano, aparentemente por ser um bocado “fanático de mais”.

De volta aos Países Baixos depois de uma passagem dececionante pelo Bayern Munique e outra experiência feliz no Barcelona, ela também trabalha com Ron Vlaar, antigo defesa do Aston Villa e da seleção do Países Baixos, na academia do AZ Alkmaar, onde treina a equipa masculina de sub-16.

4
MEREL VAN DONGEN (getty)

MEREL VAN DONGEN

Data de Nascimento: 11.02.1993

Posição: Defesa Central / Lateral esquerdo

Clube: Atlético Madrid (Espanha)

O desporto foi parte integrante da vida de Van Dongen e dos seus irmãos enquanto cresciam – e vejam-se os resultados. Merel é internacional no futebol, a sua irmã gémea é campeã neerlandesa no basquetebol e a irmã mais velha joga pela seleção de râguebi dos Países Baixos.

O futebol é claramente central na vida de Van Dongen, de tal modo que ela fez o pedido de casamento à namorada (a antiga futebolista profissional e companheira no Ajax Ana Romero) no círculo central do complexo de treinos do Ajax, De Toekomst. Quando lhe perguntaram qual a maior lição que aprendeu com os pais, ela disse à Vice: «Amar os filhos incondicionalmente. Lembro-me quando tinha 19 anos e beijei uma rapariga pela primeira vez. Fui ter com os meus pais e disse: ‘Ontem beijei uma rapariga.’ A resposta foi: ‘Boa! Foi divertido? Como é que ela se chama?’». 

A nativa de Amesterdão também não tem medo de fazer ouvir a sua voz fora de campo quando o assunto é futebol feminino e surgem questões que afetam o desporto. Há uma grande probabilidade de, no futuro, virmos Van Dongen, que é formada em psicologia, como membro da direção de um clube ou da KVNB (Federação dos Países Baixos). «O futebol feminino está muito próximo do meu coração», diz.

5
LYNN WILMS (getty)

LYNN WILMS

Data de Nascimento: 03.10.2000 

Posição: Defesa Central

Clube: Wolfsburgo (Alemanha)

Há alguns anos ela era a mulher a jogar a nível mais alto no futebol masculino nos Países Baixos, representando o Sportclub Irene, na segunda divisão. Tal como Barbara Lorsheyd, Lynn tem um irmão gémeo, que se chama Rik. Não são nada parecidos, diz a mãe, acrescentando que Rik pensa cuidadosamente antes de fazer alguma coisa e Lynn é bem mais impulsiva e despreocupada. Não será surpresa então que um dos seus ídolos seja Zlatan Ibrahimovic. Em 2021 trocou o Twente pelo gigante alemão Wolfsburgo e, jogando na lateral-direita, venceu a dobradinha doméstica na sua primeira época na Alemanha.

6
JILL ROORD (getty)

JILL ROORD

Data de Nascimento: 22.04.1997

Posição: Médio

Clube: Wolfsburgo (Alemanha)

É incrível ainda só tenha 25 anos. Na altura em que este texto é escrito já soma 74 internacionalizações e 18 golos marcados pelos Países Baixos, além de uma medalha de ouro no Europeu e outra de prata no Mundial. Tem uma ligação tremenda com Vivianne Miedema, com quem jogou desde que ambas eram jovens. Foram colegas no Arsenal, mas no verão de 2021 Roord sentiu que precisava de um novo desafio e mudou-se para o Wolfsburgo.

Jill vem de uma família de desportistas: a mãe foi jogadora de basquetebol e o pai, René, jogou futebol na primeira divisão neerlandesa (jogou com Marco Van Basten nas seleções jovens).

«Ele manda-me mensagens todos os dias a perguntar: ‘Como vai isso?’ É assim há anos». O pai sempre analisou os seus jogos e é sempre muito franco. «Já tivemos algumas discussões. Agora não, porque eu sou mais realista. Sei quando não joguei bem e o que podia ter feito melhor. Mas quando eu era mais nova, sim, tivemos algumas discussões sobre isso.»

7
LINETH BEERENSTEYN (getty)

LINETH BEERENSTEYN

Data de Nascimento: 11.10.1996

Posição: Avançada

Clube: Bayern Munique (Alemanha)

Ala extremamente rápida, que ganhou a batalha da titularidade à direita a Shanice van de Sanden. Os seus pais são naturais do Suriname, onde a sua mãe, Linda, é uma conhecida velocista.

Beerensteyn mudou-se do FC Twente para a Alemanha e para o Bayern Munique aos 20 anos e, apesar de se ter sentido sozinha ao início, adaptou-se bem e venceu a Bundesliga em 2021. Vai deixar a Baviera ao fim de cinco anos, mas nesta altura ainda não se sabe qual será o seu novo clube.

Adora aparecer para visitar os pais e comer a sua sopa favorita - Soto Ayam – feita pela mãe. Ainda criança, Lineth disse a Linda que queria ser jogadora de futebol, mas a mãe pensou que isso não era possível. «Disse-lhe: ‘As mulheres não jogam futebol’. Não sabia que era possível, nunca tinha ouvido falar nisso.»

8
SHERIDA SPITSE (getty)

SHERIDA SPITSE

Data de Nascimento: 29.05.1990

Posição: Médio

Clube: Ajax

Deu os primeiros passos na seleção aos 16 anos, e há 16 anos que a representa. Sherida é a primeira futebolista neerlandesa a completar mais de 200 jogos pelo seu país, e é também uma pioneira em muitos outros aspetos. Em 2013 tornou-se a primeira futebolista neerlandesa a protagonizar uma transferência que envolveu uma quantia monetária, quando os noruegueses do LSK terão pago 25 mil euros para a contratar ao Twente.

Apelidada de “Canhão Orange” por causa do seu remate feroz, está agora de volta aos Países Baixos e ao seu clube favorito, o Ajax, em parte para estar mais perto da família. Spitse tem dois filhos – Jens e Mila – e está ansiosa pelo Europeu, após ter falhado os Jogos Olímpicos por causa de uma lesão no treino, em vésperas da competição. Foi a primeira vez desde 2009 que a seleção laranja jogou um grande torneio sem Spitse.

9
VIVIANNE MIEDEMA (getty)

VIVIANNE MIEDEMA

Data de Nascimento: 15.07.1996

Posição: Avançada

Clube: Arsenal (Inglaterra)

Uma grande jogadora, com uma grande estatística: aos 18 anos, Miedema já tinha 18 internacionalizações e 18 golos pela seleção. Nesta altura tem 108 jogos e 92 golos pelos Países Baixos.

Uma verdadeira máquina goleadora, ela é também recordista de golos da Women’s Super League, com 64. Houve rumores de que poderia deixar o Arsenal neste verão, mas renovou e disse ao clube: «Temos de fazer melhor». 

Nunca vai de viagem com a seleção sem o seu urso de peluche. Flip já é uma espécie de mascote de toda a equipa, mas uma vez ficou esquecido num hotel. Miedema contactou o hotel e lá o encontraram, depois de ter sido lavado com a roupa de cama, e foi reencaminhado para a casa dos pais da jogadora.

Ganhou muitos troféus individuais, mas durante muito tempo não sabia o que queria dizer GOAT (Greatest of All Time, Melhor de sempre). Em 2020 disse ao Guardian: «Até há um ano nem sabia o que queria dizer GOAT. Pensava: ‘Não é muito simpático as pessoas chamarem-me cabra. Não é o melhor animal para se ser.’»

 

 

Textos originais de Lars van SoestSteven Kooijman , que escrevem para o De Telegraaf.

 

10
DANIËLLE VAN DE DONK (getty)

DANIËLLE VAN DE DONK

Data de Nascimento: 05.08.1991

Posição: Médio

Clube: Lyon (França)

Foi uma corrida contra o tempo para Van de Donk estar apta para o Europeu, depois de ter sofrido, em novembro de 2021, frente à Rep. Checa, uma rara lesão muscular na canela. Inicialmente estimou-se que ela estaria parada por quatro meses, mas acabou por ficar de fora a época inteira, pelo que falhou a vitória do Lyon na Liga dos Campeões, frente ao Barcelona, embora já estivesse disponível para estar no banco. «Não me atrevi a pensar na final da Liga dos Campeões. Sempre sonhei jogar esse jogo», disse. Ela faz agora parte da equipa que venceu o troféu, mas um dia ainda quer jogar a final.

É, há anos, uma força motriz da seleção, tendo-se estreado em 2010 e celebrado a 100.ª internacionalização em 2019. A alegre médio venceu o Europeu em casa em 2017. Passou seis anos no Arsenal, onde manteve uma relação com a companheira de equipa Beth Mead. Separaram-se, permanecendo boas amigas, há meio ano.

11
LIEKE MARTENS (getty)

LIEKE MARTENS

Data de Nascimento: 16.12.1992

Posição: Avançada

Clube: FC Barcelona (Espanha)

O rosto da geração de ouro da seleção que venceu o Europeu de 2017. Nesse ano foi eleita melhor jogadora da Europa e tornou-se uma das desportistas mais famosas dos Países Baixos. O que não é nada bom, se formos a Lieke Martens. Ela não quer ter nada a ver com a fama, é como uma dor de dentes para ela. No entanto, deem uma bola a Martens, que vai casar-se com o antigo guarda-redes do Ajax, Benjamin van Leer, e ela está no seu elemento.

O pai dela adorava Johan Cruyff, pelo que o Barcelona foi uma escolha óbvia quando ela deixou as suecas do Rosengård, em 2017. «Cruyff é uma lenda, um verdadeiro herói», disse ela ao El País em 2017. «Fez tanto pelo nosso país no mundo».

Quando crescia, Ronaldinho era um dos seus jogadores favoritos, e Martens foi fundamental quando o Barcelona venceu a Liga dos Campeões em 2021.

12
VICTORIA PELOVA (getty)

VICTORIA PELOVA

Data de Nascimento: 03.06.1999

Posição: Médio

Clube: Ajax

Uma número 10 soberbamente dotada, com raízes búlgaras, Pelova também é uma jovem muito esperta, que combina o futebol com uma licenciatura em matemática aplicada em Delft. Aos 11 anos participou no Campeonato Nacional de Xadrez dos Países Baixos. Terminou a meio da tabela, mas pelo caminho bateu o futuro campeão. Também praticou snowboard e ténis.

Jogou ao lado de rapazes no clube Amador Concordia até aos 17 anos, antes de rumar ao ADO Den Haag. «Passei de treinar duas vezes por semana a treinar quase todos os dias», disse à RTL Nieuws. «Na altura não tinha cuidado com a minha dieta, por isso foi muito duro fisicamente.» 

Para dar uma ideia do tipo de jogadora que ela é, podemos dizer que preferia Andrés Iniesta a Lionel Messi. E se isso não for suficiente, talvez isto seja: «Jogo com o número 23 porque é o número que usa o meu ídolo, Christian Eriksen. Sempre o vi jogar.»

13
RENATE JANSEN (getty)

RENATE JANSEN

Data de Nascimento: 07.12.1990

Posição: Avançada

Clube: FC Twente

E assim Mark Parsons optou pela experiência de Jansen em vez da sua companheira no Twente, Fenna Kalma, que marcou uns notáveis 33 golos em 24 jogos no campeonato, em 2021/22.

Jansen tem pedigree, no entanto, e soma mais de 50 internacionalizações, o que provavelmente influenciou o pensamento do selecionador. Já não sendo titular, no entanto, é um pouco como se ela fosse demasiado grande para o guardanapo e pequena de mais para a toalha de mesa.

Está no Twente desde 2015, venceu o campeonato por cinco vezes e foi eleita jogadora mais valiosa da Liga em várias ocasiões. A sua carreira começou no ADO Den Haag em 2012, lançada pela atual selecionadora da Inglaterra, Sarina Wiegman.

14
JACKIE GROENEN (getty)

JACKIE GROENEN

Data de Nascimento: 17.12.1994

Posição: Médio

Clube: Manchester United (Inglaterra)

Como múltipla campeã nacional júnior de judo, a médio do Manchester United sonhou em tempos participar nos Jogos Olímpicos. Em 2021 esse sonho tornou-se realidade, mas como futebolista. Chegando a Tóquio entre as favoritas, a seleção dos Países Baixos perdeu nos penáltis com os Estados Unidos, nos quartos de final. A carreira de Groenen no judo chegou ao fim quando ela tinha 17 anos e se lesionou na anca, na véspera de um jogo de futebol.

Ela é filha de pais neerlandeses, mas cresceu do lado de lá da fronteira, em Poppel, e esteve perto de representar a Bélgica, pois os Países Baixos demoraram muito tempo a contactá-la. Ela queria jogar pela Bélgica, mas a FIFA impediu-o, porque na altura em que representava as seleções jovens dos Países Baixos não tinha passaporte belga.

Sempre teve interesse em jogar em Inglaterra, onde representou o Chelsea em 2014/15 e chegou ao Manchester United em 2019, depois de quatro anos com o FFC Frankfurt. «Gostei muito de estar aqui até agora, mas honestamente não consigo habituar-me ao clima», disse ao site do United. «Muda mesmo depressa. Aqui, quando chove, cai a potes! Não é só chuva… afogamo-nos!».

15
CAITLIN DIJKSTRA (getty)

CAITLIN DIJKSTRA

Data de Nascimento: 30.01.1999

Posição: Defesa

Clube: FC Twente

Teve um percurso notável até chegar aqui. Quando tinha seis anos, ela começou a sentir problemas para andar, com dificuldade em pôr um pé à frente do outro. Foi levada para o hospital e os médicos descobriram que tinha uma inflamação na base da coluna. Teve de permanecer deitada durante três semanas até poder aprender a voltar a andar. «Aprendi desde muito cedo que a saúde não é garantida», disse.

Fez a formação no Ajax, mas ficou de fora da primeira equipa. Primeiro por causa do regresso de Stefanie van der Gragt e, depois, tendo passado a jogar no meio-campo, com a chegada de Sherida Spitse. Tomou a decisão de deixar o Ajax no verão de 2021 e depois de uma época forte no FC Twente, ganhou um lugar entre as opções de Mark Parsons para o Europeu.

16
DAPHNE VAN DOMSELAAR (getty)

DAPHNE VAN DOMSELAAR

Data de Nascimento: 06.03.2000

Posição: Guarda-redes

Clube: FC Twente

Só tem 22 anos, mas já venceu três campeonatos dos Países Baixos com o Twente. Ela é natural de Oudkarpsel, em Westfriesland, uma região que é conhecida como “reino das mil ilhas” por causa da sua colcha de retalhos de fossos e quintas, e no inverno gosta de esquiar. Tirando isso, é muito focada no futebol, e raramente sai de casa. Pode contar-se provavelmente com duas mãos a quantidade de vezes em que ela foi vista no pub.

Antes do Mundial 2019, em França, ela fez a coleção de cromos da Panini, desta vez prepara-se para entrar na própria competição. No futuro gostava de jogar na Women’s Super League inglesa. Jogou com rapazes até ao escalão de sub-15.

17
ROMÉE LEUCHTER (getty)

ROMÉE LEUCHTER

Data de Nascimento: 12.01.2001

Posição: Avançada

Clube: Ajax

Em retrospetiva, a noite de 16 de fevereiro de 2022, em Caen, foi histórica. Leuchter estreou-se pela seleção, frente ao Brasil, junto com outra grande promessa, Esmee Brugts, mas quando elas se abraçaram, após o jogo, não imaginávamos que ambas fariam parte da convocatória de Mark Parsons para o Europeu. Mas assim é, e no caso de Leuchter isso significa que a decisão de trocar o PSV pelo Ajax, em 2021, compensou.

Começou a jogar futebol aos quatro anos, e sempre deu a ideia de ser alguém que chegaria ao topo, mas em 2020 teve de fazer uma pausa. «Estava a ser sobrecarregada com treino», contou ao nti.nl. «Isso quer dizer que tinha muitas vezes uma frequência cardíaca alta durante os treinos, e já não conseguia recuperar. A certa altura foi tão mau que tiveram de me mandar parar de treinar. Precisei de um longo período de descanso para recuperar.» 

Leuchter admitiu que o Barcelona seria um destino de sonho: «Quem não quer jogar futebol ali?».

18
KERSTIN CASPARIJ (GETTY)

KERSTIN CASPARIJ

Data de Nascimento: 19.08.2000

Posição: Médio

Clube: FC Twente

Um dos elementos mais jovens da seleção, Casparij ganhou lugar na convocatória de Mark Parsons, para o Europeu, depois de uma época impressionante no FC Twente. Só tem 21 anos, mas na última temporada venceu o campeonato neerlandês, estreou-se na Liga dos Campeões e fez o seu primeiro jogo pela seleção.

De acordo com a sua conta no Instagram, ela gosta de comprar CDs e vinis antigos. A palavra Ubuntu tem um significado especial para ela: uma filosofia que a guiou e às companheiras na conquista do título no ano passado. «É uma coisa nossa no Twente. Quer dizer: ‘Eu sou porque nós somos.’ É uma coisa mágica. É difícil de explicar. Já todas tentámos em casa, mas ninguém compreende. É preciso senti-lo.»

19
MARISA OLISLAGERS (getty)

MARISA OLISLAGERS

Data de Nascimento: 09.09.2000

Posição: Lateral esquerdo

Clube: FC Twente

Pode ser a grande surpresa no onze inicial de Mark Parsons. O selecionador procura desesperadamente uma lateral-esquerdo e Olislagers, que começou a jogar no meio-campo, pode bem ser a resposta. Como muitas das suas companheiras de seleção, Olislagers formou-se numa equipa de CTO (Centro para o Desporto e Educação de Elite). Jogou pelo CTO Amsterdam, uma equipa formada apenas por jovens internacionais, numa competição masculina. Venceu o campeonato neerlandês com o FC Twente, nos últimos dois anos, e parece estar pronta para uma experiência no estrangeiro depois do verão.

20
DOMINIQUE JANSSEN (getty)

DOMINIQUE JANSSEN

Data de Nascimento: 17.01.1995

Posição: Defesa Central

Clube: Wolfsburgo (Alemanha)

Usou o nome de Dominique Bloodworth durante dois anos, entre 2018 e 2022, depois de se casar, mas voltou ao nome de solteira, Janssen, após a separação do antigo velocista Brandon Bloodworth. Agora numa relação com o treinador de guarda-redes do seu clube atual, o Wolfsburgo, Janssen fez parte da seleção que venceu o último Campeonato da Europa em casa.

Defesa de classe, que pode jogar na defesa ou no meio-campo, ela também é uma nutricionista qualificada. Grande adepta de um smoothie matinal, com o qual presenteia às vezes as suas companheiras de equipa, esta é a sua receita favorita (segundo contou à Women’s Health): «Misturo fruta congelada, meia banana, uma colher de manteiga de amendoim – dos Países Baixos, claro – e suplementos nutricionais da Herbalife, com muesli, sementes e fruta como topping, tal como mirtilos, morangos, framboesas ou kiwi (basicamente o que estiver disponível na altura no frigorífico).»

21
DAMARIS EGURROLA (getty)

DAMARIS EGURROLA

Data de Nascimento: 26.08.1999

Posição: Médio

Clube: Lyon (França)

Nascida na Flórida e criada no País Basco pela mãe neerlandesa, Egurrola podia ter escolhidos os Estados Unidos, a Espanha ou os Países Baixos para a sua carreira internacional a nível sénior. Durante muito tempo parecia que iria escolher a Espanha, com quem venceu o Europeu sub-19 em 2017. Seguiu-se um jogo particular pela Roja, mas foi aí que parou, por causa da persistência do selecionador neerlandês, Mark Parsons, e de Daniëlle van de Donk, companheira de equipa de Egurrola no Lyon. Em março de 2022 ela anunciou que ia passar a representar os Países Baixos, e um mês mais tarde estreou-se na cidade natal da mãe, Groningen. Ambos os pais estavam lá, com lágrimas nos olhos. «Não me surpreendeu», disse ela. «Ainda os comove quando falamos sobre isso. Eles nunca o esquecerão». 

Na sua segunda internacionalização marcou dois golos, mostrando aos adeptos neerlandeses a razão pela qual o Lyon pagou 100 mil euros para a contratar ao Everton, em 2021. Ela percebe neerlandês, mas tem dificuldades em falar o idioma.

22
ESMEE BRUGTS (getty)

ESMEE BRUGTS

Data de Nascimento: 28.07.2003

Posição: Avançada

Clube: PSV Eindhoven

Há um ano, o maior talento do futebol feminino dos Países Baixos tinha em mente o Mundial sub-20 na Costa Rica, mas agora ela pode esquecer essa competição, uma vez que vai com as seniores para Inglaterra. Desde a sua estreia pela seleção, durante o Torneio de França, em fevereiro, a jogadora de 18 anos, que pode jogar como número 10 ou como extremo, causou tal impressão que o selecionador Mark Parsons pura e simplesmente não podia deixá-la de fora da convocatória.

Tem sangue do Feyenoord nas veias, mas escolheu o PSV há dois anos, porque na altura o clube de Roterdão não tinha uma equipa na Eredivisie. É uma grande fã de Lieke Martens, com quem espera brilhar agora no Europeu.

23
BARBARA LORSHEYD (Getty)

BARBARA LORSHEYD

Data de Nascimento: 26.03.1991 

Posição: Guarda-redes

Clube: ADO Den Haag

Uma guarda-redes experiente, que se tornou recordista de jogos pela equipa feminina do ADO Den Haag quando ultrapassou os 187 jogos de Renate Jansen em abril de 2019.

Tem dois irmãos, incluindo o irmão gémeo Sander, com quem jogava enquanto cresciam. Começou como avançada, mas foi aconselhada a deixar de fazer desporto por causa de problemas persistentes no joelho. Em vez disso, foi para a baliza – e tornou-se internacional. Ganhou a dobradinha com o Den Haag em 2011 e também foi notícia em 2021, quando deixou a companheira de seleção Sherida Spitse de fora dos Jogos Olímpicos, na sequência de uma entrada acidental.

«Todos os dias de trabalho fecho a porta de casa em Loosduine às seis da manhã”, disse Barbara, que é professora de natação, ao Den Haag Centraal. «Depois, ao final da tarde conduzo da piscina até ao ADO para treinar e regresso a casa à noite. Nessa altura estou bastante cansada. É exigente física e mentalmente, mas volto sempre a casa a sentir-me bem. Faço o que gosto, de outra forma não teria durado 200 jogos.»

 

Textos originais de Lars van Soest e Steven Kooijman, que escrevem para o De Telegraaf.

 

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