Royston Drenthe veio pedir desculpas publicamente devido ao comportamento pouco profissional perante o treinador, companheiros de equipa e adeptos do Hércules, de Espanha. O jogador holandês não aparecia no treino há oito dias, reclamando salários em atraso.

«O mister tem toda a razão. O Djukic está aqui há uma semana e cheguei quatro vezes atrasado, quatro ou cinco minutos. Peço perdão aos meus companheiros, porque sei que isto não pode acontecer. Estamos numa situação complicada e tenho que pensar no clube. Estamos todos nervosos porque o ambiente está difícil, disse Drenthe.

Face à conduta do holandês, cedido pelo Real Madrid, o novo técnico, Djukic, não deixou o jogador treinar. «O treinador disse que me deixava voltar a treinar com a equipa se pedisse perdão perante a imprensa e assim o fiz. Eu estou sempre no campo à hora marcada, mas entendo que se me atraso cinco minutos posso incomodar alguns companheiros e treinador. Isto é algo que tem que mudar, tenho que sair um pouco mais cedo de casa. Com o Esteban (técnico anterior), se te atrasavas um pouco, ele deixava treinar com normalidade. Mas cada técnico tem uma forma diferente de trabalhar e devo adaptar-me ao Djukic», garantiu.

O novo técnico do emblema espanhol, há uma semana no cargo, reagiu à declaração do extremo holandês. «Royston desculpou-se publicamente e no balneário diante os companheiros. A situação voltou a ser totalmente normal», disse, Djukic, acrescentando: «Esperamos que se volte a falar do Drenthe, mas pelo que acontece dentro do terreno de jogo e não por outras coisas.»

Drenthe irritou os adeptos do Hércules, que o criticaram veemente nos últimos jogos. Muitos chegaram a esperar o holandês à porta do treino, bloqueando a porta das instalações. Posteriormente, decidiram esperar o jogador no acesso ao campo, mas o clube espanhol, apercebendo-se da situação, chamou a polícia, que evitou qualquer incidente mesmo antes de Drenthe chegar ao centro de treino.