As carreiras de Ljubinko Drulovic e Zlatko Zahovic voltaram a cruzar-se esta segunda-feira quando os dois «amigos» e antigos companheiros no F.C. Porto e no Benfica entraram no Centro de Estágios de Rio Maior para o primeiro dia de aulas do Curso de Treinadores de III Nível. Ambos guardam a ambição de um dia virem a treinar um dos clubes onde solidificaram as respectivas carreiras.
«Já comecei há dois anos quando comecei o II Nível, mas esta escola marca uma nova etapa porque quero ser treinador e, para isso, tenho de tirar este curso e estou aqui para aprender. A experiência que adquiri como jogador é sem dúvida uma grande vantagem, mas há diferenças para a carreira de treinador. É claro que vou tentar fazer o meu melhor e aprender cada vez mais para um dia chegar a treinar clubes grandes onde joguei», contou Drulovic que, actualmente, já trabalha com os juniores A do Penafiel.
Zahovic prefere olhar para o curso como um «novo início» de uma carreira que quer cumprir passo a passo. «É uma nova etapa e mais uma opção para o meu futuro. Estou no final da minha carreira e estou aqui com professores que têm mais experiência nesta área do que nós. Tenho de dar passo a passo. Primeiro tenho de terminar este curso e depois se verá. Tive esta oportunidade, mas se seguir a carreira é claro que as ambições são grandes», referiu.
Os dois já têm um nome no futebol português, um factor que poderá facilitar a abertura de algumas portas nas novas carreiras. «Espero que sim, mas o importante é terminar este curso e depois esperar por uma boa oportunidade para começar a trabalhar. Fiz uma excelente carreira como jogador e espero fazer o mesmo percurso como treinador. A experiência que tenho vai-me ajudar um pouco, mas o mais importante vai ser o meu trabalho e os conhecimentos que tenho no futebol», destacou Drulovic bem mais optimista do que o seu amigo esloveno.
«O que facilita é o trabalho, é o estudo, isso é que facilita numa carreira em que é muito mais difícil do que a de ser jogador. Acho que sou capacitado, tenho vontade de trabalhar, o futuro dirá se vou ser compensado», acrescentou Za.
O curso conta com quarenta candidatos a treinador num mercado que já está saturado, como muitos técnicos no desemprego. Drulo e Za defendem que há espaço para todos. «Hoje em dia há muitos jogadores que querem ser treinadores, há uma concorrência muito grande, mas vai haver trabalho para todos. Agora depende daquilo que formos capazes. Claro que a concorrência é grande, mas estou preparado para isso, foi uma vida que escolhi. Quando comecei como jogador também foi assim, também havia uma grande concorrência, mas consegui cumprir os meus objectivos», atirou Drulovic, seguido de uma análise mais objectiva de Zahovic. «Estou convencido que há espaços para todos, mas depois como se vai desenvolver a carreira de cada um depende daquilo a que o treinador está sempre sujeito que são os resultados», acrescentou.