Dublin acordou com um clima de tensão, à espera da chegada da Rainha de Inglaterra. O medo não atinge a população, mas sim as forças policiais que tomaram medidas sem precedentes para combater ameaças reais ou não de represálias.

A capital da República da Irlanda, que vai receber o embate entre F.C. Porto e Sporting de Braga, está claramente dividida. De um lado, os mais liberais, os entusiastas pela visita da Rainha, a primeira da coroa britânica em 100 anos.

Do outro lado, estão os conservadores, a geração mais velha que recorda episódios sangrentos de luta pela independência. Muitos deles optam pela indiferença. Não protestam, mas também não aplaudem.

Estes irritam-se com as ruas cortadas, as excessivas medidas de segurança, os 30 milhões de euros gastos na operação, numa altura de crise, as 10 mil pessoas, entre polícias, militares e staff, envolvidas no processo.

A Rainha Isabel II chega nesta terça-feira a Dublin e parte no final da semana. Pelo meio, marcará presença em vários eventos com enorme peso simbólico. A visita ao Garden of Remembrance, para homenagear todos aqueles que perderam as suas vidas a lutar pela indpendência da Irlanda, é um deles.

Ainda hoje, durante a tarde, enquanto F.C. Porto e Sp. Braga realizarem as conferências de imprensa e treinos de adaptação à Arena de Dublin, a Rainha de Inglaterra estará a cerca de 1,5 quilómetros. Com ela, no Trinity College, toda a máquina de segurança e a tensão inerente.

Esse será o momento de maior proximidade entre as duas realidades: a final da Liga Europa e a visita da realeza britânica. Isabel II irá ficar alojada em Phoenix Park, já longe do centro e a norte da capital irlandesa, enquanto o estádio fica a sul. À hora do jogo de quarta-feira, estará a jantar no Castelo de Dublin, para as despedidas formais.

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