Romário, 41 anos, acusou positivo numa análise antidoping em Outubro último, arrisca, agora, uma suspensão de 120 dias, defendeu que a finasteride detectada e proibida pela FIFA não é mais do que uma substância para tratar a queda de cabelo e, para já, tem a solidariedade de antigos craques brasileiros e do próprio seleccionador nacional, ainda que em jeito de brincadeira.
«Pelo menos ele não perdeu o cabelo, então está em vantagem [risos]. Não posso dar conselhos. Tenho é de pedir-lhe conselhos», brincou Dunga, esta quarta-feira, no primeiro dia da concentração da selecção olímpica, em Teresópolis, que no domingo, no Estádio João Havelange [Rio de Janeiro], vai defrontar o onze ideal do Brasileirão.
Por oposição ao baixinho, a quem o cabelo falta, foi pedida a opinião ao mais cabeludo da equipa olímpica, o lateral Apodi, do Vitória (série B). «Tem que cuidar, não é? [risos] Quando for mais velho talvez tenha esse problema também.»
Também Branco e Bebeto, tetracampeões e companheiros de Romário na conquista do Mundial de 1994, acreditam na inocência do veterano jogador do Vasco da Gama.
«Se ele me tivesse falado desse problema, eu ter-lhe-ia oferecido uma peruca. Mas o Romário é uma pessoa sensacional. Ele merece jogar a próxima época por tudo o que já fez. É um cara íntegro», defendeu Branco, actualmente dirigente do Fluminense.
«Tenho a certeza que vão rever a situação. Vejam só, por tomar remédios para crescer o cabelo. Aconteceu com o Marcão e não foi grave. Não podem conotá-lo com o doping. Fico até triste, tenho a certeza que ele não tem nada a ver com isso», assegurou Bebeto.