O segundo golo do Benfica contra o Sp. Braga foi marcado por Pizzi e levantou muitas dúvidas sobre a sua legalidade. O jogador do Benfica fez o remate adiantado em relação ao penúltimo defesa bracarense, mas a bola veio de um atleta adversário [Douglas Coutinho].

Deliberadamente ou por um ressalto? Aqui reside a chave para a questão.

O Maisfutebol recorda aos leitores o que diz a Lei do Fora de Jogo geral e sobre estes lances específicos. Alguns pormenores da regra foram alterados em março de 2013 pelo International Board.

Uma das mudanças nos textos passou por afinar a definição do que é «tirar vantagem» da posição.

O texto anteriormente em vigor dizia simplesmente «jogar a bola depois que a mesma ressalta num poste ou no travessão quando em posição de fora de jogo; ou jogar uma bola que ressalta de um adversário quando em posição fora de jogo».

A nova formulação manteve a primeira parte, relativa a postes ou travessão, mas quando o ressalto provém de um adversário é atualmente mais precisa.

Assim, a posição de fora de jogo deve ser assinalado quando a bola «desvia, ressalta, ou é jogada por um adversário que deliberadamente realiza uma 'defesa' *».

NOTA: * uma 'defesa' ocorre quando um jogador detém a bola que se dirige para a baliza ou está muito próxima da mesma com qualquer parte do corpo exceto as mãos (a não ser que se trate do guarda-redes dentro da área de penálti) - retirado das Leis de Jogo no site da FPF

É apenas isto que refere a Lei. Nada é dito sobre o passe do último atleta ser feito para trás. É indiferente.

Em conclusão, neste lance em concreto, a grande dúvida é esta: Douglas Coutinho desviou a bola de forma deliberada ou não? O árbitro Jorge Sousa considerou que sim.