Não consta do boletim clínico, entra quase sempre nas listas de convocado, mas a intensidade não é a mesma de outros períodos. Falamos de André André, um dos melhores do FC Porto até novembro e que nas últimas semanas tem sido gerido com pinças por José Peseiro.

Nas últimas 15 partidas do FC Porto, o internacional português só fez os 90 minutos contra o Rio Ave e o Moreirense, em casa. Foi substituído dez vezes, entrou duas e na receção ao Dortmund não saiu do banco.

Perante este quadro, e a visível perda de influência no futebol da equipa, o Maisfutebol perguntou a José Peseiro se André André anda a jogar limitado ou se o atleta apenas faz parte do normal ciclo de rotatividade do técnico.

«O André é um caso como os outros. Não é só o André que não tem jogado a cem por cento. Não posso falar individualmente sobre ele, porque isso tem acontecido a outros jogadores», respondeu José Peseiro, antes de deixar informações interessantes.

«Um profissional de futebol joga sempre com dores e está sujeito a tratamento sistemático. Se calhar, dos 11 que vão jogar, seis podem ter algumas queixinhas. É normal no futebol profissional. É normal um jogador ter de viver com stress, pressão e dores».

«Eles estão no limite do treino e do descanso, por isso não têm o bem estar que vocês têm», continuou o técnico do FC Porto, preferindo não colocar o foco em André André.

«Os atletas têm de fazer recuperações, chegam aqui cedo e saem tarde para ajudar na recuperação. Não é só a densidade e a intensidade dos jogos. Há também o envolvimento emocional que tem de ser cumprido quando se está no FC Porto. Um jogador tem de ter ajudas. Temos um departamento bom para essas recuperações. Há alguns atletas que vocês pensam que não estão a fazer esse trabalho e estão».

André André está no lote de convocados para o jogo contra o Gil Vicente.