O tobaguenho Dwight Yorke, que recentemente pendurou as botas, publicou uma autobiografia onde narra algumas histórias que ficaram sempre escondidas quando ainda jogava.
Uma das mais curiosas diz respeito ao seu treinador no Manchester United, Alex Ferguson. Yorke formou uma dupla atacante com o inglês Andy Cole que fez sensação, sobretudo na temporada de 1998/99, em que o Manchester venceu o campeonato e taça de Inglaterra e ainda a Liga dos Campeões. Ora, alguns anos mais tarde a estrela de Trindade e Tobago foi caindo de produção, sendo cada vez menos utilizado pelo técnico. Yorke conta, agora, que essa fase deixou marcas.
«A última temporada no Manchester United foi bastante má. O Ferguson disse-me que ia deixar de contar comigo no final da temporada e essa decisão não me caiu nada bem. Fiz grandes temporadas no Manchester, em que fui dos maiores goleadores, mas na última época deixou de contar comigo. Nesses momentos não via nada à minha volta, só tinha riqueza material. A decisão de Ferguson fez-me voltar a beber. O álcool contribuía para aliviar a minha solidão», contou no livro.
Yorke destacou, ainda, que tentou mudar a opinião do treinador, mas não conseguiu, o que o deixou «muito frustrado». O avançado diz ter sido vitima do temperamento de Ferguson, em várias ocasiões, dizendo mesmo que estava «na lista negra do treinador».