Portugal não é indiferente a Éder Luís e Alecsandro: os dois passaram por cá pouco tempo, mas garantem que valeu muito a pena. O primeiro ainda permanece ligado ao Benfica, aliás, e Jorge Jesus não o deixa esquecer-se de Portugal nem que o avançado agora no Vasco da Gama quisesse muito.

«Ele telefona-me muitas vezes. Vê os jogos na televisão e fala comigo sobre o que fiz bem ou mal, corrige-me, dá-me moral», confessa. «Fui para o Benfica a pedido do Jesus. Não tenho raiva dele. Infelizmente, não apostou em mim. Mas não terei qualquer problema em voltar a trabalhar com ele.»

O regresso ao Brasil, após meia-época apenas no Benfica, destacou o melhor de Éder Luís. No Vasco da Gama, onde está por empréstimo, o avançado tem dado nas vistas ao ponto de ser considerado dos jogadores mais importantes na época de sucesso vascaíno, que pode acabar no título.

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Apesar de tudo, confessa Éder Luís em conversa com o Maisfutebol, Portugal deixou-lhe muito boas memórias. «Valeu a pena porque fui campeão de Portugal», confessa. «Recordo as ruas de Lisboa vermelhas, inundadas de pessoas. Foi um espectáculo maravilhoso e recompensador.»

Alecsandro não foi campeão no Sporting de Paulo Bento, mas guarda também ele boas recordações. «Foi uma grande experiência para mim. Pude jogar na Liga dos Campeões, vencer a Taça de Portugal e disputar a liga portuguesa. Foi um período especial na minha carreira que guardo com carinho.»

O jogador esteve em Alvalade emprestado pelo Cruzeiro e não sabe se um dia pode voltar. Não fecha essa porta, mas também não está para já nos planos imediatos. Já Éder Luís vive outra realidade: emprestado pelo Benfica ao Vasco da Gama, o avançado sabe que pode ser chamado a qualquer altura.

«Tenho contrato com o Benfica até Junho de 2014. Se um dia voltar a Portugal, vou mostrar o que sei. Tive 30 dias de férias, treinei quatro dias e fiz a minha estreia pelo Benfica. Foi demasiado cedo. Eu corria, os outros voavam. Estava sem condições físicas e joguei mal, muito mal», confessa.

Pelo caminho Éder Luís diz que tem uma dívida com Portugal: a dívida de mostrar o real valor. Por isso avisa que o Benfica ainda não viu tudo. «O meu futebol é feito de explosões, arrancadas e dribles. Sem condição física, fiz exibições banais. O treinador exigia muito e eu não consegui corresponder.»