O médio brasileiro Eduardo Teixeira está em rota de colisão com o Sp. Braga, depois de falhada a saída para o Brasil. O empresário do jogador, Ivan Suarez, revelou ao Maisfutebol que o jogador não fazia parte dos planos de Carlos Carvalhal para esta temporada e foi aconselhado a procurar outro clube.

«O Eduardo fez uma temporada muito boa e para nossa surpresa não foi aproveitado pelo Sp. Braga, mas a opção é do mister e temos de respeitar. Ele disse que o jogador não ia ser aproveitado e pediu que arranjássemos um clube. Fizemos isso, inicialmente trouxe algumas possibilidades com o Sp. Braga a participar nos salários, mas recusaram e pediram que procurássemos um clube que pagasse o salário na totalidade. E isso foi feito», contou ao nosso jornal.

O jogador brasileiro esteve perto de rumar ao Goiás por empréstimo, mas o empresário diz ter sido apanhado de surpresa pelas exigências de última hora dos minhotos.

«Trouxe a proposta do Goiás, foi tudo acertado e o clube pagava o salário a partir do momento em que fosse assinado o contrato, inclusivamente o jogador ia receber um salário menor. O Sp. Braga autorizou o atleta a viajar e ficamos dois dias em Goiânia. Ele fez exames médicos e, para minha surpresa, quando fomos assinar o contrato, o Sp. Braga mandou uma minuta já assinada com uma cláusula não acordada, de que o atleta devia abrir mão dos valores atrasados [referentes ao mês de setembro e outubro que não tinham sido pagos]», explicou.

O empresário brasileiro considerou «absurda» a decisão do Sp. Braga, que vê como um «assédio moral e uma pressão para que o jogador saia». «Não podem deixar um jogador viajar vinte e cinco horas, do Porto para Madrid e depois até ao Brasil, com expetativa de ir para outro clube e agir desta forma. Não é correto», frisou.

Ivan Suarez recordou que a janela de transferências no Brasil fecha dentro de dias e que será muito complicado negociar a transferência do médio de 27 anos. Por isso, crê que a atitude dos arsenalistas foi «pouco inteligente».

«Em vez de dois meses, podem ter que pagar quatro», alertou, falando nas dificuldades em encontrar uma solução para o jogador até janeiro. Ainda assim, Eduardo está disponível para treinar à parte no Sp. Braga e, por isso, volta este sábado para Portugal.

Contactada pelo Maisfutebol, fonte do Sp. Braga negou as acusações do empresário do jogador e explicou que o Goiás pretendia que o clube minhoto pagasse metade do salário do atleta, algo que foi rejeitado pelo clube português.

A esse propósito, refira-se que na oferta enviada por email ao Sp. Braga, a que o nosso jornal teve acesso, datada de 26 de outubro, o Goiás fala de pagar o salário do jogador por completo.

Algo que o clube minhoto diz não ser inteiramente verdade. A mesma fonte garante que foi o clube que exigiu que o jogador regressasse a Portugal, depois de este não ter chegado a acordo com o emblema brasileiro.

 Foi-nos ainda referido que o empresário e jogador dificultaram a saída do clube, e que o Sp. Braga apresentou uma proposta para sair, durante o mercado de transferências, mas o jogador recusou por considerar que iria ter melhores ofertas de outros clubes.

A referida fonte do Sp. Braga nega ainda que o clube tenha salários em atraso, e diz tratar-se de uma verba em dívida, existente porque o jogador foi negociar com o emblema brasileiro. Ainda assim, a mesma fonte garante que esta verba será saldada, já que o jogador não chegou a entendimento com o Goiás, e que o mesmo será colocado a treinar à parte do plantel quando regressar a Portugal.

Eduardo Teixeira chegou ao Sp. Braga em 2018, vindo do Estoril Praia e, na temporada passada, esteve cedido ao Xanthi, da Grécia. O contrato com os arsenalistas é válido até junho de 2023.