Pelo menos 39 pessoas ficaram esta quarta-feira feridas na sequência de confrontos entre adeptos do Al Ahly e Al Masry, na cidade egípcia de Port Said, onde há um ano 74 pessoas morreram num jogo entre ambas as equipas.

A agência estatal egípcia Mena informou que os confrontos tiveram início quando vários estudantes penduraram, nas janelas da residência universitária cartazes a apoiar o Al Ahly. O gesto provocou a ira dos adeptos do clube local, o Al Masry, que atacaram as instalações universitárias com pedras e cocktails molotov.

De acordo com a Mena, citada pela agência EFE, a intervenção das autoridades pôs um ponto final no incidente que causou ferimentos a, pelo menos 39 pessoas, a maioria delas com contusões. Mas na imprensa egípcia os números de feridos vão variando e já ascendem aos 55.

O incidente em Port Said fez recordar aquele em que, a 01 de fevereiro de 2012, morreram 74 pessoas, também na cidade (veja as imagens na galeria).

Nessa data, mal o árbitro deu por terminado o jogo em que o Al-Masry impôs a primeira derrota da temporada ao Al-Ahly (3-1), na 17.ª jornada do campeonato egípcio, começaram os confrontos, com os adeptos a atirarem pedras, tochas e garrafas. Os jogadores do Al-Ahly, na altura orientado por Manuel José, foram conduzidos ao balneário, depois de serem perseguidos pelos seguidores do adversário.

A tragédia levou a federação de futebol do Egito a suspender o campeonato durante um ano, tendo sido anunciado no domingo que a liga egípcia será retomada a 02 de fevereiro.