A tragédia que fez parar o futebol em El Salvador, no passado sábado, resultou agora na detenção de cinco pessoas, entre as quais está o presidente do Alianza FC, Pedro Hernandez, apontado como um dos responsáveis pela debandada que causou doze mortos e centenas de feridos, num estádio de futebol da capital.

Além do presidente do Alianza, foram também detidos o chefe de segurança do clube, Edwin Abarca Ventura, a diretora financeira, Zoila Cordova, o diretor-geral da empresa Edessa, que gere o estádio de Cuscatlan, Reynaldo Avelar Contreras, e o funcionário responsável pelas chaves do recinto, Samuel Garcia Montano.

De acordo com o Ministério Público, os organizadores «tendo esgotado os bilhetes disponíveis para o jogo, decidiram vender ilegalmente bilhetes emitidos para jogos anteriores».

Além disso, os portões do estádio não tinham capacidade suficiente para acolher tantos espetadores e «não foram abertos com antecedência suficiente para permitir uma chegada ordenada e segura», acrescentou o Ministério Público na rede social Twitter.

Além das vítimas mortais, mais de uma centena de pessoas ficaram feridas e cerca de 500 tiveram de receber assistência médica.

O Presidente salvadorenho, Nayib Bukele, prometeu que ninguém ficaria impune. «A negligência na organização e a ganância, materializada pelo overbooking, conduziram a uma avalanche humana que provocou a perda de vidas, ferimentos e pôs em perigo a segurança dos participantes», lamentou Bukele.

No estádio, com capacidade para 35 mil pessoas, ia disputar-se a segunda mão dos quartos de final do torneio de Clausura 2023 entre o Alianza e o CD FAS, duas das equipas com mais adeptos do país.

A competição foi, entretanto, cancelada, sem definição de campeão.

As imagens da tragédia: