O Movimento Servir o Benfica solicitou à Mesa da Assembleia-Geral do Benfica a convocação de uma AG extraordinária para deliberar sobre a realização de uma auditoria às eleições de 28 de outubro de 2020 e a proposta e um novo regulamento eleitoral.

O movimento encabeçado por Francisco Benitez, João Pinheiro e Nuno Leite considera legítimas as dúvidas sobre os resultados da eleições. Pede esclarecimentos relativos ao «procedimento de recolha e transporte das urnas das secções de voto e o local ou locais onde têm estado depositadas», à certificação da empresa contratada para o serviço e denuncia aquilo que diz ser uma discrepância entre os números de votantes anunciados e votantes contados em várias secções de votos. Por exemplo, em Braga o número de votantes anunciados é superior ao número de votantes contados e em Mem Martins o número de votantes contados é superior ao número de votantes anunciado. Há ainda discrepâncias nas secções de voto de Vila Nova de Gaia, Coimbra, Leiria, Évora e Faro.

«Estas discrepâncias carecem de ser esclarecidas, identificadas as causas e apurado o impacto nos resultados anunciados», refere-se.

O Movimento Servir o Benfica fala em «indefinições graves no funcionamento de secções de voto» e contesta ainda os argumentos apresentados no sábado pela Mesa da AG do Benfica para negar uma recontagem dos votos das eleições. «Não existe nenhuma decisão no seio do Sport Lisboa e Benfica que não possa ser revista pelos seus órgãos sociais, no exercício das respetivas competências, nomeadamente aquelas que se apresentam erradas, suportadas em ilegalidades, violações estatutárias, ou em procedimentos que contenham indícios de outro tipo.»

Recorde que a MAG do Benfica referiu que a apreciação do pedido de recontagem de votos não era da sua competência. «(...) não versa sobre nenhuma matéria prevista no artigo 54.º dos Estatutos e diz respeito a um processo eleitoral prévio à sua entrada em funções, que culminou com a sua tomada de posse», justificou.