O advogado do hacker português Rui Pinto, que alegadamente roubou emails ao Benfica, acredita que a extradição do cidadão de 30 anos para Portugal vai ser um processo exigente, devido à colaboração daquele com a justiça francesa, em casos ligados ao «Football Leaks».

William Bourdon, defesa de Rui Pinto, confirmou, à AFP, que o hacker colabora de forma ativa com o Procurador Nacional de Finanças francês.

«O meu cliente está em ativa colaboração com o Procurador Nacional de Finanças [ndr: de França]. Também as autoridades suíças responsáveis pelas investigações relacionadas com a FIFA fizeram um pedido de colaboração ao Rui Pinto, sendo que ele deseja responder de forma positiva o mais rápido possível», notou Bourdon.

De acordo com a Rádio França Internacional (RFI), que cita o causídico, o hacker português tem sido alvo de ameaças por parte de quem o quer «silenciar», pelo que Bourdon crê que Rui Pinto «cumpre todos os critérios de proteção» dos ditos whistleblower, pessoas que dão a conhecer, às autoridades, informações sobre casos de índole criminal ou ilícitos civis.

Rui Pinto foi colocado em prisão domiciliária esta sexta-feira, em Budapeste, Hungria.