No próximo dia 10 de Novembro assinala-se o primeiro aniversário da morte de Robert Enke. Um ano depois, «nada mudou». O lamento é de René Adler, guarda-redes do Leverkusen que foi colega do antigo jogador do Benfica na selecção alemã.

«Nada mudou, e lamento muito isso. Após a sua morte atirou-se muita coisa para o ar, mas nada mudou», referiu Adler, atribuindo essa responsabilidade ao negócio em que se tornou o futebol: «As pessoas vão aos estádios todas as semanas, pagam muito dinheiro e querem ver luta e paixão. Não há espaço para a fraqueza. Não dá audiência. Podes ser Messias um dia, e três dias depois és um perdedor. Só há preto e branco. Não há cinzento.»

Na entrevista ao site «ran.de», Adler assume mesmo que se procura desligar do futebol sempre que possível: «Sou apaixonado pelo futebol e tenho a melhor profissão do mundo, mas quando entrou no carro e vou para casa, procuro distanciar as coisas. Vejo muito pouco futebol, quando estou em casa. Prefiro estar com a família e os amigos, dedicar-me aos meus hobbies